Raised On Vegas
Selo:
Memory Records [CD MR 2057-2]
Formato:
CD
Número de faixas:
25
Duração:
62:00
Vinculado a:
Discografia não-oficial
Ano:
2008
Gravação:
6 de agosto de 1973 OS
Lançamento:
2008
Singles:
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O ano de 1973 foi uma grande montanha russa para Elvis. Em janeiro, o sucesso do Aloha From Hawaii foi mais uma vitória em sua carreira e o LP da atração seguiu o caminho das vendas dos anteriores com grandes números alcançados.
- 20. Bridge Over Troubled Water: "Sim, vamos fazer, uh... Esta é a noite de estreia, podemos fazer o que quisermos." Um fã pede "If I Can Dream" e Elvis nega imediatamente: "Não. Vamos fazer 'Bridge Over Troubled Water'."
- 25. Closing Vamp: Elvis se despede e sai do palco sob a já famosa fanfarra.
Raised On Vegas é um CD bootleg da Memory Records. Ele contém o show completo da abertura da temporada de agosto/setembro de 1973 em Las Vegas, no dia 6 de agosto. O CD está atualmente fora de catálogo na gravadora.
O ano de 1973 foi uma grande montanha russa para Elvis. Em janeiro, o sucesso do Aloha From Hawaii foi mais uma vitória em sua carreira e o LP da atração seguiu o caminho das vendas dos anteriores com grandes números alcançados.
Porém, sua vida pessoal estava em frangalhos com a separação de Priscilla, a descoberta do relacionamento com Mike Stone e a inevitável oficialização do divórcio que se daria em 9 de outubro daquele ano.
Para piorar, Stone estava tentando limitar judicialmente o acesso de Elvis a Lisa Marie e o cantor vivia uma rotina de ameaças de morte que culminou em uma briga com quatro homens que subiram ao palco em Las Vegas com o intuito de, no mínimo, feri-lo.
Todo esse estresse se refletia em sua voz, aparência, físico e estado mental. No decorrer de 1973, Elvis foi perdendo o interesse pelas gravações em estúdio, pelas turnês e, principalmente, pelas extensas temporadas em Las Vegas.
Todo esse estresse se refletia em sua voz, aparência, físico e estado mental. No decorrer de 1973, Elvis foi perdendo o interesse pelas gravações em estúdio, pelas turnês e, principalmente, pelas extensas temporadas em Las Vegas.
O jeito que o Coronel encontrou para acalmar um pouco os ânimos de seu protegido foi ressuscitar o contrato de 1971 com o Sahara Tahoe Hotel e arranjar uma temporada no local o mais rápido possível. Elvis estava mais entusiasmado durante a maior parte das apresentações de maio de 1973 em Lake Tahoe, brincando muito com a plateia, se entrosando com a banda e proporcionando a todos momentos raros e fantásticos, mas nem isso o impediu de cancelar os shows dos últimos três dias - os quais não foram compensados em outras ocasiões, uma vez que Elvis só voltaria a Tahoe no ano seguinte.
Com todos os problemas na vida e carreira de Elvis, a RCA acabou por não conseguir encontrar shows com qualidade suficiente para lançar naquele ano. Depois do Aloha, a única gravação oficial de um show de 1973 a ser lançada foi "Takin' Tahoe Tonight!", da FTD, exatos 30 anos mais tarde.
Com todos os problemas na vida e carreira de Elvis, a RCA acabou por não conseguir encontrar shows com qualidade suficiente para lançar naquele ano. Depois do Aloha, a única gravação oficial de um show de 1973 a ser lançada foi "Takin' Tahoe Tonight!", da FTD, exatos 30 anos mais tarde.
A decisão da RCA de não gravar todos os shows continuou na segunda metade de 1973. Poucas apresentações foram capturadas em soundboard ou soundbooth, o que levou os fãs a perderem a oportunidade de ouvir concertos fabulosos como os de julho e agosto daquele ano. Havia um entendimento por parte de Parker e da gravadora de que, por mais que tentasse, Elvis jamais conseguiria reproduzir a aura fascinante criada pelo Aloha From Hawaii no início de 1973 e por isso nada que fosse apresentado posteriormente teria um valor parecido.
O caso do show de abertura da nona temporada em Las Vegas, na noite de 6 de agosto de 1973, é um dos que mais servem de exemplo de todas as coisas maravilhosas que a RCA e os fãs perderam. Se a gravadora soubesse do que seria presenciado nesta apresentação, com certeza teria ligado seus equipamentos e capturado o show em todos os detalhes.
Abaixo está nossa análise deste concerto.
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- 1. Also Sprach Zarathustra: A abertura do show se anuncia com a fanfarra, mas aqui ela tem um tom bem mais puxado ao funk do que estamos acostumados a ouvir.
- 2. See See Rider: Esta é uma versão bastante energética. Pode-se notar que a voz de Elvis está forte, sem arrasto ou embargada, e que a banda está certamente se divertindo. Também podemos ouvir claramente o chickin pickin' de James Burton.
- 2. See See Rider: Esta é uma versão bastante energética. Pode-se notar que a voz de Elvis está forte, sem arrasto ou embargada, e que a banda está certamente se divertindo. Também podemos ouvir claramente o chickin pickin' de James Burton.
- 3. Trouble: O medley "I Got a Woman/Amen" é substituído de surpresa pela primeira versão ao vivo do clássico de 1958 presente em "King Creole". A plateia fica verdadeiramente extasiada com a performance, que traz um solo matador de James Burton e vocais poderosos por parte de Elvis.
- 4. Raised On Rock: Pulando a rotina do striptease, Elvis vai direto à canção que seria lançada como single em 1 de setembro de 1973 e se tornaria a faixa-título e abertura do LP homônimo, que chegaria às lojas em 1 de outubro. A promoção dos novos trabalhos de Elvis traz um aplauso sincero da plateia no final da rendição. Esta seria a única versão ao vivo da canção.
- 5. Love Me: A música transcorre como de costume, com Elvis entregando lenços e beijos para as fãs.
- 6. Steamroller Blues: As coisas começam a esquentar e todos parecem como se estivessem realmente se divertindo. Elvis dá seu máximo nos vocais e a banda soa simplesmente fantástica (especialmente James e Ronnie).
- 7. What Now My Love: Do ponto de vista de execução e interpretação, esta pode não ser a versão mais perfeita, mas os agudos de Kathy Westmoreland e a performance dramática de Elvis são seus pontos fortes. A finalização com uma magnífica modulação vocal de Elvis faz a experiência realmente valer a pena.
- 8. Blue Suede Shoes: Elvis está mais centrado no hit de 1956 do que de costume e a versão é muito boa.
- 9. Memphis Tennessee: O sucesso de Chuck Berry é a próxima surpresa da noite. Elvis já a havia rendido no passado, em 1970 e 1971, e mais recentemente cerca de um mês antes. Esta é uma versão mais relaxada, com um excelente solo de James Burton.
- 10. Long Tall Sally / Whole Lotta Shakin' Goin' On / Mama Can't Dance / Flip, Flop and Fly / Jailhouse Rock / Whole Lotta Shakin' Goin' On: Este medley é diferente em muitos aspectos daquele que ouviríamos no LP "Elvis as Recorded Live On Stage in Memphis" de 1974. Executada em um ritmo mais rápido do que a versão do Aloha, que trazia apenas "Long Tall Sally" e "Whole Lotta Shakin' Goin' On", esta versão já incorpora "Mama Can't Dance", "Flip, Flop and Fly" e "Jailhouse Rock", além da rara repetição de "Whole Lotta Shakin' Goin' On". "Hound Dog" entraria somente em 1974.
- 11. Love Me Tender: "Meu primeiro filme foi 'Love Me Tender'. Eu gostaria de cantar um pouco dela." Elvis se dedica às fãs, mas canta bem. A orquestra soa deliciosamente divina.
- 12. Hound Dog: Versão rápida e sem novidades, mas que ainda utiliza os arranjos de 1972. Elvis começa a soar cansado e arrasta algumas partes da letra.
- 13. Fever: O showroom do Hilton fica em silêncio inicialmente, mas logo as mulheres começam a enlouquecer com os movimentos pélvicos de Elvis. O cantor faz alguns trocadilhos e brinca bastante com a banda e a plateia.
- 14. My Boy: Esta é a primeira versão ao vivo do que viria a ser um clássico imortal na voz de Elvis. O cantor se mostra nervoso e erra algumas partes da letra, mas nada que tire o brilho desta fantástica rendição.
- 15. Suspicious Minds: Elvis se poupa nesta versão, cantando-a de forma bem menos exigente do que o normal. A sequência de golpes de karatê e o famoso "I hope this suit don't tear, oh baby!" agradam o público.
- 16. Band Introductions: Elvis apresenta JD Sumner e os Stamps, The Sweet Inspirations, Kathy Westmoreland, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Emory Gordy, Jr., Glen Hardin, Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra.
- 17. Celebrity Introductions: O Rei do Rock apresenta celebridades na plateia: a cantora Petula Clark, o ator e cantor Guy March, a cantora Phyllis McGuire e a também atriz e cantora Liza Minelli. No fim, Elvis ri e comenta o fato de que ele gastou tempo para apresentar todos e a luz da plateia nem sequer estava acesa.
- 18. I Can't Stop Loving You: Uma versão padrão e muito bem executada, mas com um final diferente e eletrizante.
- 16. Band Introductions: Elvis apresenta JD Sumner e os Stamps, The Sweet Inspirations, Kathy Westmoreland, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Emory Gordy, Jr., Glen Hardin, Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra.
- 17. Celebrity Introductions: O Rei do Rock apresenta celebridades na plateia: a cantora Petula Clark, o ator e cantor Guy March, a cantora Phyllis McGuire e a também atriz e cantora Liza Minelli. No fim, Elvis ri e comenta o fato de que ele gastou tempo para apresentar todos e a luz da plateia nem sequer estava acesa.
- 18. I Can't Stop Loving You: Uma versão padrão e muito bem executada, mas com um final diferente e eletrizante.
- 19. An American Trilogy: Gritos de um fã despertam comentários passivo agressivos de Elvis: "O que foi aquele maldito barulho? Tem um cachorro latindo." Isso basta para que o cantor perca a seriedade que a música exige, o que piora quando dizem a ele que o homem estava gritando porque a lua cenográfica sobre o palco estava caindo. "Ah, a lua está caindo. Não me diga essas coisas!"
A versão retoma o tom de seriedade logo no início e é bem executada até o fim.
- 20. Bridge Over Troubled Water: "Sim, vamos fazer, uh... Esta é a noite de estreia, podemos fazer o que quisermos." Um fã pede "If I Can Dream" e Elvis nega imediatamente: "Não. Vamos fazer 'Bridge Over Troubled Water'."
A canção, que não era executada desde 23 de junho daquele ano, mostra que o show chegou a um ponto em que Elvis estava querendo dar espontaneidade ao seguimento. Além da grande harmonia entre o piano de Glen Hardin e o baixo de Emory Gordy, os vocais de Kathy Westmoreland são excepcionalmente magistrais.
- 21. How Great Thou Art: Percebendo que sua voz está boa depois do teste com "Bridge...", Elvis interpreta um de seus Gospels preferidos. Novamente temos uma versão espetacular da gravação de 1966, com Elvis mostrando toda a potência de sua voz no final.
- 21. How Great Thou Art: Percebendo que sua voz está boa depois do teste com "Bridge...", Elvis interpreta um de seus Gospels preferidos. Novamente temos uma versão espetacular da gravação de 1966, com Elvis mostrando toda a potência de sua voz no final.
- 22. A Big Hunk O' Love: A rendição da canção é bastante rápida e divertida, com Glen Hardin e James Burton fazendo solos fenomenais.
- 23. Help Me Make it Throught the Night: Fãs continuam a pedir clássicos como "In the Ghetto", mas Elvis opta pelo sucesso de Kris Kristofferson em 1970. No geral, é uma versão gostosa de se ouvir.
- 24. Can't Help Falling in Love: É hora de encerrar a apresentação, então nada melhor do que o hit de 1961. Elvis distribui beijos e lenços durante a rendição, rindo da interação com as fãs mais afoitas.
- 24. Can't Help Falling in Love: É hora de encerrar a apresentação, então nada melhor do que o hit de 1961. Elvis distribui beijos e lenços durante a rendição, rindo da interação com as fãs mais afoitas.
- 25. Closing Vamp: Elvis se despede e sai do palco sob a já famosa fanfarra.
Coronel sempre proibindo acesso das magina e câmeras fotográficas.. perdemos mto com isso. 😢
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