Royal Gambit in Richfield
Selo:
Straight Arrow [2008-9-02]
Formato:
CD
Número de faixas:
33
Duração:
80:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia não-oficial
Ano:
2008
Gravação:
23 de outubro de 1976
Lançamento:
Setembro de 2008
Singles:
---
Royal Gambit in Richfield foi um CD da Straight Arrow, lançado em 2008. Ele cobre o show de 23 de outubro de 1976 em Richfield, Ohio. O trabalho encontra-se atualmente fora de catálogo.
O ano de 1976 tinha sido de mais altos do que baixos e Elvis estava contente com o andamento das coisas. Sua vontade de gravar ainda era pouca, mas as sessões na Jungle Room de Graceland em fevereiro foram divertidas e bastante produtivas. Ele já não parecia interessado em Las Vegas - e Vegas era recíproca -, fazendo o Coronel escalá-lo para apenas uma temporada de 2 a 12 de dezembro no Hilton; esta, como sabemos hoje, seria a última de sua carreira na cidade.
Ao invés do ar seco do deserto de Nevada, o Rei do Rock preferiu fazer apenas mais uma temporada em Lake Tahoe, onde se apresentara pela última vez dois anos antes, entre 30 de abril e 9 de maio de 1976.
Na metade daquele ano, não parecia que Elvis tinha voltado à antiga forma ou que isso fosse possível. Suas apresentações ainda eram inconstantes, e ele se mostraria lento e por vezes confuso no início dos concertos, embora nada como as terríveis apresentações de agosto do ano anterior em Las Vegas. De fato, o cantor melhoraria em muito sua performance a partir de junho, culminando no ótimo show de 31 de dezembro de 1976 em Pittsburgh, mas era claro que ele já não tinha mais aquela chama que queimava em seu âmago.
Na metade daquele ano, não parecia que Elvis tinha voltado à antiga forma ou que isso fosse possível. Suas apresentações ainda eram inconstantes, e ele se mostraria lento e por vezes confuso no início dos concertos, embora nada como as terríveis apresentações de agosto do ano anterior em Las Vegas. De fato, o cantor melhoraria em muito sua performance a partir de junho, culminando no ótimo show de 31 de dezembro de 1976 em Pittsburgh, mas era claro que ele já não tinha mais aquela chama que queimava em seu âmago.
No ano de 2000, a FTD teve que ser totalmente elogiada quando lançou o soundboard de 1º de junho de 1976 em Tucson, mas infelizmente não porque foi um grande show - apenas porque anunciou o início de uma nova era de lançamentos oficiais de soundboards. Uma performance sem brilho, "Tucson" foi salvo puramente pela extraordinária performance única de "Danny Boy".
Um verdadeiro sinal dos tempos em 1976 foi que, desde a turnê de abril até a de agosto, Elvis basicamente se mostrava um artista entediado. O FTD "New Haven '76", de 2009, com a performance de 30 de julho, é um dos casos em questão. Lançado por causa da excelente qualidade de áudio, Elvis soa abatido, medicado e apático e, no geral, é uma experiência de audição dolorosa.
No entanto, como em tudo que se refere a Elvis, sempre há contradições, mudanças e às vezes uma luz no fim do túnel. Apenas três meses depois, as coisas de alguma forma melhorariam. Elvis havia perdido bastante peso, e quando pisou no palco em Chicago, na primeira noite da turnê de outubro, ele parecia um homem rejuvenescido. O FTD "Chicago Stadium", com os shows de 15 e 16 de outubro, demonstram um desempenho muito melhor.
Neste trabalho a Straight Arrow traz a apresentação de 23 de outubro de 1976 em Richfield, Ohio. A qualidade de áudio da gravação é realmente impressionante, especialmente considerando o fato de que foi gravada da plateia em um grande estádio. Os produtores conseguiram obter uma FITA ORIGINAL gravada pela mesma pessoa que gravou os shows de Johnson City e Orlando em 1977, lançados pela Straight Arrow em 2006 como "Tennessee Starlight" e "Going Back in Time", respectivamente.
Abaixo segue nossa resenha deste trabalho.
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- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra anuncia o início do espetáculo.
- 2. See See Rider: Depois de ouvirmos a fanfarra, o Richfield Coliseum explode em euforia com a entrada de Elvis no palco. Ele demora um pouco mais do que o normal para começar a cantar, o que é um ótimo sinal de que está de bom humor e disposto. A rendição é padrão, mas excelente.
- 3. I Got a Woman / Amen: "Sabe, é engraçado quando sua própria banda grita para virar." Elvis faz sua rotina do "well, well, well" e a plateia vai à loucura. A rendição é bastante empolgante para 1976 e sua voz está clara, apesar de começar a mostrar um certo cansaço. "Amen" é extra longa e finaliza com o "striptease" padrão e os dive bombs de JD.
- 4. Love Me: "Muito obrigado, senhoras e senhores. Gostaria de dizer que é um prazer estar aqui." Notando a total histeria, Elvis comenta: "Meu Deus! Cara, o que é isso, o Astrodome?" Tanto a voz de Elvis quanto sua rendição são satisfatórios e ele se diverte - e realmente canta! enquanto abre as interações diretas com seus fãs.
- 5. Fairytale: No repertório desde março de 1975, a música sempre foi uma das preferidas de Elvis e da plateia, mas o cantor esquece parte da letra e perde o tempo em um determinado trecho. A banda também perde o momento correto da finalização. Após a música, ele se desculpa: "Desculpem por isso. Não a cantamos há algum tempo, esqueci a letra."
- 6. You Gave Me a Mountain: Elvis se concentra totalmente na letra e se entrega em uma versão sólida.
- 7. Jailhouse Rock: Elvis começa seu medley de hits dos anos 1950 com o clássico de 1957 e canta do início ao fim sem perder o tempo.
- 8. All Shook Up: Elvis faz uma versão mediana, mas bastante boa.
- 9. Teddy Bear / Don't Be Cruel: No geral, a versão é mediana, mas Elvis está mais centrado nas fãs.
- 10. And I Love You So: Presente em boa parte dos shows desde meados de 1975, a canção é apresentada aqui com um arranjo simplesmente fantástico.
- 11. Little Darlin': A banda começa a tocar "Little Darlin'", mas Elvis os para e pede que façam "Fever".
- 12. Fever: As fãs enlouquecem com os movimentos pélvicos de Elvis, e ele reconhece que sabe o que elas querem. A versão do clássico de 1960 é mediana.
- 13. America the Beautiful: Como em quase todos os shows desde dezembro de 1975, Elvis faz uma versão excelente da canção em homenagem ao bicentenário dos EUA.
- 14. Polk Salad Annie: Elvis começa uma que seria das melhores de outubro e, talvez, até de 1976. O ritmo mais puxado ao funk do que o normal é uma adição interessante e muito bem-vinda que é maravilhosamente ajudada pela bateria de Tutt e a guitarra rítmica de Wilkinson. Elvis mais uma vez arrisca alguns golpes de karatê mais elaborados.
- 15. Band Introductions: As introduções da banda seguem como de costume. The Sweet Inspirations, JD Sumner e os Stamps, Sherrill Nielsen e Kathy Westmoreland são os primeiros.
- 16. Early Morning Rain: John Wilkinson vem na sequência com seu solo e Elvis canta junto.
- 17. What'd I Say / 18. Johnny B. Goode / Solos: James Burton faz seus solos de costume - e Elvis canta também.
- 19. Drum Solo: Em seguida, vem o solo de Ronnie Tutt
- 20. Bass Solo: Jerry Scheff faz seu solo.
- 21. Piano Solo: É a vez do solo de Tony Brown.
- 22. Electric Piano Solo: David Briggs termina os solos individuais.
- 23. Love Letters: "A primeira vez que David e eu trabalhamos juntos, foi a primeira sessão de gravação dele e fizemos uma música chamada "Love Letters"." Sem novidades, é uma versão lenta, um pouco mais longa que de costume e e bastante sincera.
- 24. School Days: Terminando com as introduções, Elvis apresenta Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra.
- 25. Hurt: "Nossa mais nova gravação se chama 'Hurt'." A plateia enlouquece com a rendição romântica e coordenada. Os aplausos efusivos ecoam pela arena e Elvis compensa o público com uma ótima repetição da última estrofe.
- 26. Hound Dog: Elvis introduz o clássico de 1956 com energia e levanta a plateia. Durante a curta rendição, o cantor interage mais com seus fãs.
- 27. Danny Boy / 28. Walk With Me: Elvis pede a Sherrill Nielsen que cante um pouco enquanto descansa.
- 29. Heartbreak Hotel: Elvis escolhe o clássico de 1956 entre os muitos que os fãs gritam. A versão é excelente para 1976 e traz um Rei do Rock obviamente de bom humor e disposto a agradar a plateia.
-30. How Great Thou Art: Elvis decide fazer uma versão da música que lhe rendeu um Grammy em 1967. Aqui, ela já aparece em um estado quase parecido com o que ouviríamos no In Concert, com Elvis já tentando alcançar as notas mais altas.
- 31. Mystery Train / Tiger Man: Elvis chega a iniciar o discurso sobre "acender as luzes da casa" que sempre fazia antges de "Funny How Time Slips Away", mas a plateia pede o famoso medley de gravações dos tempos do Sun Studio. A versão é boa, mas Elvis já começa a perder o ritmo em algumas partes. Ele canta bem e sem desafinar ou parecer cansado, enquanto a banda dá um empurrão a mais em sua performance.
- 32. Can't Help Falling in Love: Elvis agradece à plateia e a todos que ajudaram no show antes de encerrar sua apresentação com mais uma versão encantadora da música de 1961.
- 33. Closing Vamp / Announcements: A fanfarra final e os anúncios pós-show são ouvidos.
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