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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Last Time in Portland (CD - Memory Records, 2003)

Título:
Last Time in Portland
Selo:
Memory Records [CD MR 2035]
Formato:
CD
Número de faixas:
33
Duração:
80:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia não-oficial
Ano:
2003
Gravação:
26 de novembro de  1976
Lançamento:
2003
Singles:
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Last Time in Portland foi um CD bootleg lançado pela Memory Records em 2003. Ele apresenta o último show de Elvis em Portland, Oregon, no dia 26 de novembro de 1976.

Em 1976, Elvis estava satisfeito com o rumo das coisas, pois o ano havia começado com mais altos do que baixos. Seu desejo de gravar ainda era baixo, mas as sessões na Jungle Room de Graceland foram divertidas e muito produtivas. De fato, as gravações realizadas entre 3 e 8 de fevereiro renderam 8 faixas utilizáveis para um álbum – 9 se contarmos "America", que foi apagada acidentalmente da fita. Elvis também ensaiou "Feelings", um grande sucesso do cantor e compositor brasileiro Morris Albert.

Nos primeiros dias do ano, Elvis já não parecia interessado em Las Vegas; mal sabia ele que Vegas também não demonstrava entusiasmo. Em vez de uma temporada de 28 dias no antigo e monótono Hilton Showroom, ele preferiu descansar em sua mansão e gravar antes de partir para as turnês nacionais em março e abril. Depois, decidiu fazer uma temporada de 10 dias em Lake Tahoe, que seria sua última naquele local, no início de maio. Seu retorno às turnês nacionais logo depois parecia indicar que Elvis se sentia perdido ou entediado com a mesma rotina que vinha suportando nos últimos seis anos.

Mas, no meio daquele ano, não parecia que Elvis havia recuperado sua antiga forma—nem que isso fosse possível. Suas performances continuavam irregulares, e ele estava lento e às vezes confuso no início dos shows, embora nada comparado às terríveis apresentações de agosto de 1975 em Las Vegas. De fato, o cantor melhorou bastante a partir de junho, culminando em um grande show em Pittsburgh, na virada do ano, em 31 de dezembro de 1976. Ainda assim, estava claro que a chama que ardia dentro dele não era mais a mesma.

Infelizmente, as performances de Elvis foram muito questionáveis durante grande parte do verão e do outono de 1976. O show de 30 de junho em Greensboro pode ser uma exceção, com alguns grandes momentos, mas o de 31 de agosto em Macon não teve esse mesmo brilho. Os fãs vibravam de qualquer forma, apenas por terem a chance de presenciar um ícone do rock cantando diante deles, mas sua voz frequentemente soava rouca e desafinada.

Antes de sua última temporada em Vegas, Elvis fez uma curta turnê de 7 dias pela Costa Oeste. Começando em 24 de novembro em Reno, Nevada, o cantor passou rapidamente por mais duas cidades no Oregon e outras duas na Califórnia. O show do dia 26 marcaria a última vez que Elvis se apresentaria em Portland, Oregon.

Abaixo está nossa análise deste CD.

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- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra anuncia o início do espetáculo. O áudio está péssimo, com muita distorção, mas soa quase como uma soundboard (provavelmente porque o gravador estava perto do palco).

2. See See Rider: A música tem uma introdução mais longa do que o normal e Elvis soa bem. A interpretação é padrão.

- 3. I Got a Woman / Amen: Elvis faz sua rotina do "well, well, well" e começa a música, mas a interrompe imediatamente para pedir à banda que não acelere o ritmo. É sempre incrível quando E consegue captar esses detalhes, pois mostra que ele está desperto e ciente do que está acontecendo.
O medley é padrão para a época, mas temos um "Amen" extra longo e um breve "striptease" antes dos dive bombs de JD e uma repetição do final com outro dive bomb para finalizar a música.

- 4. Love Me: Uma interação incrível com os fãs leva a uma versão agradável dessa música descartável, usada para iniciar sua rotina de lenços e beijos. Com outro final estendido, parece que Elvis estava tentando quebrar um recorde de finais extralongos em um único show naquela noite.

- 5. If You Love Me (Let Me Know): O sucesso de Olivia Newton-John e favorito de Elvis vem a seguir. O som da fita melhora um pouco e temos uma versão muito agradável.

- 6. You Gave Me a Mountain: Elvis começou a cantar essa música em 1972 e ela nunca perdeu sua qualidade de sucesso. A versão é muito boa e Elvis faz uma interpretação muito sincera, mas parece que ele está com dificuldades. E temos a resposta para isso depois da música, quando Elvis reclama do desequilíbrio do som no palco e pede que ele seja corrigido — outro sinal de que ele estava muito atento aos seus arredoress naquela noite.

- 7. Jailhouse Rock: O medley dos anos 1950 começa. É uma interpretação sólida.

- 8. It's Now or Never: "A próxima música é uma música que fiz em 1960, chamada 'It's Now or Never'." A voz forte de Elvis realmente leva esta interpretação a outro nível. Ele canta com paixão, ataca as notas da maneira certa e entrega uma versão incrível para a época.

- 9. All Shook UpElvis reclama com Charlie que sua água está quente. O medley de sucessos dos anos 1950 continua e o tédio de Elvis é evidente.

- 10. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Uma versão bem rotineira, mas Elvis parece estar se divertindo com suas fãs gritando.

- 11. And I Love You So: A plateia fica em silêncio quando Elvis começa a música. No geral, é uma versão muito boa e intimista.

- 12. Fever: Uma versão descartável com um começo bem longo, mas Elvis se diverte com ela.

- 13. America, the Beautiful: "Como é o ano do bicentenário da nossa nação, gostaria de fazer a nossa versão de 'America the Beautiful'.Elvis faz uma versão sólida e muito bonita.

- 14. Band Introductions: Elvis introduz The Sweet Inspirations, JD Sumner e os Stamps (individualmente), Sherrill Nielsen e Kathy Westmoreland.

- 15. Early Morning Rain: "Na guitarra rítmica, está John Wilkinson." O solo de Wilkinson segue o padrão da época.

- 16. What'd I Say: "Na guitarra lead, de Shreveport, Louisiana, está James Burton." James faz seu trabalho habitual.

- 17. Johnny B. Goode: James faz um ótimo solo com a guitarra na nuca.

 - 18. Drum Solo: "Na bateria, de Dallas, Texas, está o esforçado Ronnie Tutt." Ronnie does his solo.

- 19. Bass Solo: "No baixo Fender, de Los Angeles, está Jerry Scheff.Jerry faz seu solo de Blues.

- 20. Piano Solo: "No piano, de Nashville, está Tony Brown." Tony faz seu solo enquanto Elvis faz as notas graves.

- 21. Electric Piano Solo: "Na- Como se chama isso, harmonica? Está David Briggs." David faz seu solo.

- 22. Love Letters: "A primeira vez que David e eu trabalhamos juntos, foi sua primeira sessão de gravação, fizemos uma música chamada 'Love Letters'." Uma versão acima da média.

- 23. School Day: Elvis introduz Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra.

- 24. Hurt: "Nossa gravação mais recente, uh, se chama 'Hurt', senhoras e senhores." Elvis faz o melhor que pode e entrega um bom trabalho, incluindo o belo final.

- 25. Hound dog: Uma versão descartável, mas boa.

- 26. Danny Boy / 27. Walk With Me: Elvis pede à plateia que permita que Sherrill Nielsen cante duas músicas enquanto ele descansa. Ambas são boas, se você aguentar a voz de Sherrill por 5 minutos.

- 28. Funny How Time Slips Away: "Senhoras e senhores, gostaria de acender as luzes da casa para que possamos vê-los, porque não consigo enxergar nada na plateia, sabem?" A plateia fica em silêncio, talvez porque não seja uma música muito necessária ou porque saibam que este é o começo do fim do show (mas logo ficarão surpresos). A interpretação é padrão.

- 29. Hawaiian Wedding Song: "Fizemos um filme chamado 'Blue Hawaii'. E nele tem uma música chamada 'Hawaiian Wedding Song". E deixem eu lhes contar uma coisa sobre ela. Fizemos uma cena de casamento, e foi tão real que pensei que estava casado com essa garota por dois anos."
Esta é uma versão com ritmo bem lento, o que é bem-vindo para contrastar com as usuais, que são um pouco mais rápidas.

- 30. Blue Christmas: "Já que estamos perto do Natal, vou tocar violão e fazer 'Blue Christmas'." Elvis comenta que as pessoas acham que ele não sabe tocar violão e depois agradece ao público como se tivesse terminado a música. Quando ele a toca de fato, é uma versão muito bonita e com um toque de blues.

- 31. That's All Right: "A primeira música que gravei foi, uh, 'That's All Right, Mama'." Já que voltamos quase 20 anos no tempo, por que não voltar ao seu primeiro disco? Esta versão é muito bem feita e Elvis canta com uma voz forte e segura. 

- 32. Can't Help Falling in Love: Elvis agradece ao público e encerra o show com seu hit de 1961. Infelizmente, a fita está bastante danificada em alguns trechos da música.

- 33. Closing Vamp: Ouve-se um pequeno trecho da fanfarra.


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