Elvis in Concert Vol. 3 - Stumpin' Madison
Selo:
Groove Masters [3-1177-2]
Formato:
CD
Número de faixas:
33
Duração:
78:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia extra-oficial
Ano:
2011
Gravação:
24 de junho de 1977
Lançamento:
2011
Singles:
---
Em 17 de junho de 1977, Elvis começou o que seria sua última turnê. Durante dez dias ele se apresentaria em 10 cidades diferentes, incluindo Omaha e Rapid City, nas quais gravou seu especial, e culminando com o magnífico, para aquele momento, show de 26 de junho de 1977 em Indianapolis, Indiana.
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Elvis em Madison, Wisconsin; 24 de junho de 1977 (©Frank McCredie) |
Trata-se de uma história que muitos, até mesmo fãs ferrenhos, acreditavam ser uma lenda urbana até que uma reportagem do canal CBS 12 de Wisconsin encontrou em 2007 as testemunhas, incluindo o motorista da limusine de Elvis, do que acontecera 30 anos antes.
Enquanto se dirigia em sua limusine juntamente com Ginger para o Dane County Coliseum, no centro de Madison, Elvis avistou uma briga em andamento em um posto de gasolina. Ao perceber que eram dois homens batendo em um terceiro indefeso, ele imediatamente mandou seu motorista parar, desceu do carro e correu até os brigões. Testemunhas o viram parar atrás deles e fazer uma pose de karatê, o que imediatamente chamou a atenção de todos.
Enquanto se dirigia em sua limusine juntamente com Ginger para o Dane County Coliseum, no centro de Madison, Elvis avistou uma briga em andamento em um posto de gasolina. Ao perceber que eram dois homens batendo em um terceiro indefeso, ele imediatamente mandou seu motorista parar, desceu do carro e correu até os brigões. Testemunhas o viram parar atrás deles e fazer uma pose de karatê, o que imediatamente chamou a atenção de todos.
Elvis não tinha intenção de brigar nem de bater em ninguém, pois sabia que somente sua presença seria um choque suficiente para interromper a luta. E foi o que aconteceu - testemunhas, os dois brigões e o sujeito indefeso ficaram boquiabertos ao vê-lo em pose de ataque com sua jumpsuit Mexican Sundial e o combate se encerrou imediatamente. Elvis ainda ficou alguns minutos no local dando autógrafos e ingressos para fãs.
O show daquela noite não seria nada menos surpreendente. A RCA estava gravando a apresentação para colocar algum trecho na edição final do Elvis In Concert, mas o concerto nunca foi usado.
O show daquela noite não seria nada menos surpreendente. A RCA estava gravando a apresentação para colocar algum trecho na edição final do Elvis In Concert, mas o concerto nunca foi usado.
Elvis ainda estava de bom humor e centrado, mas voltando ao velho hábito do uso descontrolado de seus remédios. Sua fala começava a se mostrar enrolada novamente (o que não acontecia havia 3 dias) e ele estava aparentemente cansado, fruto da diminuição do ritmo da respiração e do aumento dos batimentos cardíacos provocados por suas medicações. Talvez por isso mesmo este show seja o mais curto de 1977, com 63 minutos de duração ao invés dos normais 70 a 75 minutos.
Acompanhe abaixo a resenha detalhada da apresentação.
Acompanhe abaixo a resenha detalhada da apresentação.
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- 1. See See Rider: A fanfarra inicial não está incluída aqui. Elvis não demora a entrar no palco, e o momento é definitivamente claro pelos gritos do público. A canção é bem executada e a voz do Rei do Rock soa clara de início. Infelizmente, o som deste soundboard é um tanto seco e vários instrumentos ficam inaudíveis no mix.
- 2. I Got a Woman / Amen: Durante a rotina do "well, well, well...", uma fã grita a Elvis que o ama e ele responde brincando: "Também te amo, mas ainda preciso alcançar esta nota." Elvis se mexe bem mais do que em suas outras apresentações da turnê e a plateia realmente adora cada momento; seu "striptease" leva as mulheres à loucura e os dive bombs de JD impressionam a todos. Mais surpreendente é a rápida sucessão de golpes de karatê no final da canção e o violão jogado de uma distância considerável direto nas mãos de Charlie Hodge, que estava fora do campo de visão de Elvis.
- 3. Love Me: "Gostaria de dizer que é um prazer estar aqui. Nós vamos fazer muitas músicas; antigas, novas, e esperamos que haja algo que vocês gostem." Um fã pede "Old Shep", ao que o Rei do Rock reage: "Old Shep!? Ah, não! Eu não toco 'Old Shep' desde que tinha 8 anos. Eu era uma mera criança." A versão é bem recebida e Elvis está rindo e se divertindo.
- 4. If You Love Me (Let Me Know): "Esta próxima canção é uma música de Olivia Newton-John e se chama 'If You Love Me, Let Me Go... Let Me Know, or do something." Por algum motivo, Elvis está acelerando o show e não fala muito entre uma música e outra. É provável que ele estivesse ciente de que a RCA estava gravando e dos limites de tempo devido à duração das fitas. A rendição é padrão para a época.
- 5. You Gave Me a Mountain: "Muito obrigado. 'Mountain', filho." A rendição é padrão, mas nota-se que Elvis não consegue atingir a nota adequada no final.
- 6. Jailhouse Rock: Elvis reclama do sistema de som, dizendo que ele soa "pequeno" no palco. "Meu terceiro filme foi 'Jailhouse Rock'. Vocês sabem, eu era alguns anos mais novo e minha voz era muito mais aguda. Há muitas palavras nela..." Estranhamente, o Rei do Rock diz que não sabe a letra da canção que era sucesso já há 20 anos e cantada em praticamente todos os seus shows. Ele faz um ótimo trabalho, no entanto, e até percebe que a banda está acelerando o ritmo, pedindo que eles parem e reiniciem a música. A falha pode estar na bateria de Jerome "Stump". O baterista do The Sweet Inspirations estava substituindo Ronnie Tutt e, como ele relembraria em entrevistas futuras, estava muito nervoso.
- 7. O Sole Mio / It's Now or Never: "Em 1960 fizemos uma música chamada 'It's Now or Never'. Foi tirada da música italiana 'O Sole Mio'." Enquanto Elvis apresenta a canção e Sherrill Nielsen, que fará seu solo em italiano, um fã pede "One Night" e o cantor confirma que ela será cantada mais tarde. Elvis novamente não consegue alcançar a nota alta no fim (principalmente porque a banda está correndo mais uma vez) e ordena a imediata repetição da finalização. Ele acerta o passo desta vez.
- 8. One Night: "Alguém estava pedindo 'One Night'." Ausente desde junho de 1976, o anúncio da canção deixa a plateia entusiasmada. Elvis começa sua rendição mas para logo no começo e reclama do microfone, pedindo para trocá-lo. Uma nova tentativa é feita e desta vez a versão - que seria a última de sua carreira - é bem sucedida, embora longe de ser comparada a qualquer uma das anteriores.
- 9. Teddy Bear / Don't Be Cruel: É a hora de distribuir lenços, abraços e beijos para a plateia como de costume. A rendição é padrão, mas as fãs gritam ensandecidas.
- 10. And I Love You So: A canção é executada em um tempo ligeiramente mais lento que o comum, mas ainda assim é bastante agradável. Elvis reclama do som novamente durante a rendição.
- 11. Danny Boy: Para descansar, Elvis pede a Sherril Nielsen que cante uma de suas canções preferidas.
- 12. Walk With Me: Sherril Nielsen continua ao microfone.
- 13. Love Me Tender: Uma fã grita "toque 'Love Me Tender'!" e Elvis responde prontamente: "Querem ouvir 'Love Me Tender'? Ok, faremos ' Love Me Tender'." O clássico também estava ausente desde junho de 1976 e seria interpretado aqui pela última vez em uma rendição mediana.
- 14. Band introductions: Elvis apresenta The Sweet Inspirations, JD Sumner e The Stamps (individualmente) como de costume, mas esta parte foi cortada pelas péssimas condições da fita. O corte nos leva ao final da apresentação dos Stamps e à de Kathy Westmoreland e Sherrill Nielsen. O som abafado mostra a má condição da fita.
- 15. Early Morning Rain: O solo de John Wilkinson traz Elvis cantando "Early Morning Rain". O som da fita começa a melhorar.
- 16. What'd I Say: Elvis canta durante o solo de James Burton.
- 17. Johnny B. Goode: James faz seu já famoso solo com a guitarra atrás da cabeça enquanto Elvis canta.
- 18. Drum Solo: "Senhoras e senhores, nosso baterista Ronnie Tutt não está aqui esta noite. Stump, filho... Ele é o baterista das Inspirations, ele é fantástico. Jerome." Como anunciado por Elvis, Ronnie Tutt estava ausente neste show e foi substituído pelo baterista das Sweet Inspirations Jerome "Stump" Monroe, que faz um ótimo trabalho em sua apresentação.
- 19. Bass Solo: Elvis pergunta a Jerry Scheff sobre o que ele iria tocar e o baixista brinca: "Kissin' Cousins." O solo de baixo corre como de costume com uma peça de Blues.
- 20. Piano Solo: O solo de Tony Brown é o seguinte e Elvis faz notas de baixo.
- 21. I Really Don't Want to Know: "Vamos fazer aquela música Country/Western." Tony Brown acompanha Elvis na faixa de 1970.
- 22. Electric Keyboard Solo: Bobby Ogdin faz seu solo.
- 23. Orchestra Solo: Elvis apresenta Charlie Hodge, o maestro Joe Guercio e o solo de sua orquestra.
- 24. Hound Dog: Uma versão uptempo bastante agradável aos ouvidos é terminada com passos e golpes de karatê fantásticos para a forma física de Elvis à época.
- 25. Introduction of Vernon Presley: Vernon é apresentado rapidamente para a plateia.
- 26. Can't Help Falling in Love: Sem falar muito, Elvis se despede de seu público e canta a canção que assina o final de seu show.
- 26. Can't Help Falling in Love: Sem falar muito, Elvis se despede de seu público e canta a canção que assina o final de seu show.
- 27. Closing Theme / Announcer: Elvis é efusivamente aplaudido durante a fanfarra de encerramento. A famosa frase se segue: "Senhoras e senhores, Elvis já deixou o recinto. Obrigado e boa noite."
BÔNUS
- 28. Lawdy Miss Clawdy (Abilene, TX - 27 de março de 1977): Março de 1977 pode ser encarado como o último mês de shows realmente bons de Elvis. Em Abilene, ele rende o clássico de 1957 que era uma das maiores raridades em suas apresentações de maneira fenomenal. Esta seria a última rendição da música.
- 29. Tryin' to Get to You (Ann Arbor, MI - 24 de abril de 1977): Em abril ainda havia alguns traços de concertos sensacionais e Ann Arbor é um exemplo. É daqui que muitas músicas foram retiradas para singles e discos posteriores, caso de "Unchained Melody" presente no álbum "Moody Blue". Esta é uma versão muito forte que mostra Elvis no topo de sua potência vocal.
- 30. Reconsider Baby (Charlotte, NC - 21 de fevereiro de 1977): Quando Elvis começou suas turnês em 12 de fevereiro de 1977, não parecia que ele estava em boa forma vocal e de saúde. Porém, à medida que os dias foram passando, seu entusiasmo e técnica começaram a retornar e o fim daquele mês trouxe excelentes apresentações. Esta raridade é muito bem executada e Elvis canta perfeitamente, além de tocar violão. Esta seria a única rendição em 1977 e a última em sua carreira.
- 31. Release Me (Charlotte, NC - 21 de fevereiro de 1977): Das três rendições em 1977, sendo a última em seu último show, esta é a única gravada em soundboard. Felizmente, ela é a melhor do ano. Elvis está de ótimo humor e seu alcance vocal é fenomenal.
- 33. Moody Blue (Charlotte, NC - 21 de fevereiro de 1977): Elvis havia tentado render sua mais nova gravação na noite anterior, também em Charlotte, mas acabou desistindo. Tanto o cantor quanto a banda fazem uma versão no escuro, sem terem ensaiado antes, mas o que se ouve - se levarmos em conta a falta de ensaia e as circunstâncias da época - é uma versão muito boa e que certamente seria muito bem vinda se continuasse no setlist dos concertos. Infelizmente, esta é a única versão existente.
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