The Bicentennial Show
Selo:
FTD [FTD 168] 506020 975119]
Formato:
CD
Número de faixas:
53
Duração:
152:30
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2017
Gravação:
4 de julho e 16 de outubro de 1976
Lançamento:
Dezembro de 2017
Singles:
---
The Bicentennial Show é um CD duplo do selo Follow That Dream. Ele contém os shows completos de 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, e 16 de outubro de 1976 em soundboard. Devido ao incêndio nos arquivos da FTD em 2021, a obra está fora de catálogo.
Em 1976, Elvis estava feliz com o andamento das coisas. Suas sessões em Graceland foram muito produtivas, Vegas não era mais um fardo que carregava três meses por ano, Tahoe havia voltado ao cronograma e ele estava praticamente no controle do número de shows que faria a cada temporada e turnê. Suas turnês nacionais mais curtas o ajudaram a descansar mais e não se sentir tão entediado com as mesmas velhas canções e locais que ele vinha suportando nos últimos 6 anos.
Mas em meados daquele ano, parecia que Elvis nunca mais voltaria à sua antiga forma. Suas apresentações eram erráticas, ele ficava lento e às vezes confuso no início dos shows, embora nada como agosto de 1975 em Las Vegas. De fato, o cantor melhoraria muito sua performance no final de junho, mas estava claro que ele não tinha mais aquela chama que ardia em seu âmago.
Infelizmente, as apresentações de Elvis seriam questionáveis durante a maior parte do verão e outono de 1976. Seu show de 4 de julho seria muito bom - como Memphis no dia seguinte - mas o concerto de 16 de outubro seria um retorno aos velhos hábitos, tédio e cansaço.
Abaixo está nossa análise deste CD duplo.
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CD 1 - 4 DE JULHO DE 1976
- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra anuncia o início da apresentação.
2. See See Rider: O áudio está muito bom e parece ter sido melhorado em algumas partes. Elvis soa como se estivesse cheio de energia, ao contrário da maioria dos shows desta turnê. A versão é bem melhor do que o normal e parece que saber que ele estaria em Memphis no dia seguinte para o último show da turnê ajudou bastante.
- 3. I Got a Woman / Amen: "Boa tarde, Feliz 4 de Julho, e vire-se... Ok." Elvis faz sua rotina do "well, well, well" e interage com o público. O clássico de Ray Charles é feito da maneira usual, mas parece muito mais enérgico. Ao fazer seu "strip-tease", Elvis brinca com os fãs gritando: "Vocês riem! Eu estou tendo um troço!" Depois de uma ótima rotina, ele então diz: "Vou dizer. Tentem fazer isso quando vocês acabaram de acordar de manhã;" eram 14h30, afinal. Alguns trocadilhos e dive bombs depois, a música finalmente acaba.
- 4. Love Me: "Nós vamos fazer um monte de músicas. Velhas, novas, e espero que o traje aguente." Elvis foca nos fãs e faz uma versão mediana.
- 5. If You Love Me (Let Me Know): Elvis faz uma versão muito boa, apesar de algum feedback em seu microfone. Essa versão é melhor do que o normal porque podemos ouvir claramente a guitarra de James trabalhando e a guitarra base de John respondendo com uma doce melodia enquanto Ronnie arrasa na bateria.
- 6. You Gave Me a Mountain: Quando um fã continua pedindo um "beijo de bebê", Elvis faz uma piada irônica: "Você quer um beijinho de bebê ou quer ter um...?" Elvis se inspira e fica feliz com o público, fazendo uma ótima versão.
- 7. America: "Uma vez que é nosso bicentenário e tudo mais, eu gostaria de fazer nossa versão de 'America the Beautiful' para vocês." É Dia da Independência e essa música não poderia ficar de fora. Esta é uma versão muito boa, apenas estragada por alguns feedbacks no final.
- 8. All Shook Up: O medley de sucessos dos anos 1950 começa - e assim começa a rotina de beijo e lenço.
- 9. Teddy Bear / Don't Be Cruel: A versão descartável usual, mas com uma guitarra muito boa de James.
- 10. And I Love You So: Uma interpretação acima da média com a maioria dos fãs ouvindo em silêncio.
- 11. Jailhouse Rock: Elvis faz um bom trabalho em seu hit de 1957. O feedback do microfone é irritante, no entanto.
- 12. Fever: Esta é uma versão muito boa com Elvis realmente envolvido na música e o público batendo palmas em meio aos gritos dos fãs. O foco na bateria de Ronnie e no picking de James é muito bem-vindo.
- 13. An American Trilogy: Esta é uma versão magnífica de uma canção rara em 1976. Elvis brinca um pouco com seu trocadilho "Disneyland", mas no geral é uma versão poderosa.
- 14. Introductions / Early Morning Rain: Elvis introduz The Sweet Inspirations, JD Sumner and The Stamps (individualmente), Kathy Westmoreland e Sherrill Nielsen, seguidos do solo habitual de John Wilkinson. Elvis finalmente aborda o feedback constante durante as introduções: "Cuidado com a microfonia, tolo!"
- 15. What'd I Say (Incomplete): Os solos habituais de James Burton (apenas "What'd I Say" desta vez; "Johnny B. Goode" não foi tocada), Jerry Scheff (tocando um chickin' pickin' e não o Blues), Tony Brown (anunciado por Elvis como o novo membro da banda) e David Briggs seguem. O solo de Ronnie foi cortado devido a danos na fita ou problemas de tempo.
- 16. Love Letters: "A primeira vez que David Briggs e eu trabalhamos juntos, fizemos uma música chamada 'Love Letters'. Foi a primeira sessão de gravação dele, gostaria de fazer essa música para vocês agora." A versão está acima da média, mas ainda falta alguma faísca.
- 17. School Days: Elvis introduz Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra.
- 18. Hurt: "Lancei uma nova gravação e gostaria de cantar para vocês." A performance é uma das melhores hoje e a guitarra de James mais alta na mixagem realmente ajuda nisso. A versão é tão bem recebida pelo público que Elvis decide fazer a música inteira de novo (escute James!).
Elvis decide falar a sério com o público: "Desde a última vez que estive aqui, estive no hospital algumas vezes, sabem. Sabem, pequenas coisas, nada muito sério, eu superei tudo isso... Quase. Então, sabem, é realmente uma alegria estar de volta e trabalhar, e todo mundo vem nos ver, sabem, sério." Dizer que duas overdoses (de drogas prescritas, não ilegais) foram "pequenas coisas" é um eufemismo que apenas Elvis poderia fazer. Sua piada "quase" (sobre sua língua inchada, que às vezes o faz enrolar sua fala e canto às vezes) mostra-se real quando ele diz: "Nessa última música, você veem, eu quase engasguei na última linha. Eu fiquei muito confiante."
- 19. Help Me: "Eu gostaria de fazer esta próxima música para o Sr. (Oral) Roberts porque, vocês sabem, ele sempre vem para ver nosso show e tudo mais e, vocês sabes, ele nos convida aqui, e... É uma música que nós fizemos alguns anos atrás, chamada 'Help Me'." O televangelista Oral Roberts foi o fundador da universidade em que Elvis se apresentava e um admirador de suas gravações Gospel. A música é muito bem feita e a mixagem privilegia todos os instrumentos certos para nos fazer sentir o espírito da letra.
- 20. Hound Dog: Elvis pede água e reclama que está com a boca seca como algodão, claro resultado de alguns remédios. Esta é uma versão descartável, como de costume.
- 21. Funny How Time Slips Away: "Gostaria de acender as luzes da casa, senhoras e senhores, para poder vê-los, porque..." O clássico de 1971 é quase afogado por garotas gritando por um beijo ou lenço, mas soa mediano. Elvis repete o final pedindo ao público que preste atenção em JD.
- 22. How Great Thou Art: Uma versão notável de seu sucesso de 1967 segue. Elvis parece confiante com isso e faz um trabalho incrível.
- 23. Little Darlin': Elvis começa seu discurso de despedida e então decide fazer rapidamente uma versão do hit de Del Shannon. Esta é obviamente uma música que agrada ao público, apenas para não deixá-los esperando por algo que ele nunca fará. Os pedidos de "Way Down" e "One Night" foram negados.
- 24. Can't Help Falling in Love: "Até nos vermos novamente, tenham cuidado ao ir para casa e que Deus os abençoem." Elvis interrompe a música logo no início porque ainda tinha gelo na boca da bebida que acabara de tomar. Como de costume, ele faz seu sucesso rotineiro de 1961 enquanto atende aos fãs e canta em algumas partes.
- 25. Closing Vamp: A fanfarra encerra o show com um longo fade.
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CD 2 - 16 DE OUTUBRO DE 1976
- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra anuncia o início do show. O áudio tem mix seco e som abafado.
- 2. See See Rider: Elvis entra na música soando bem. Sua forma física estava melhor do que no início daquele ano, e sua voz é uma prova secundária dessa mudança para melhor.
- 3. I Got a Woman / Amen: Elvis está de bom humor e faz uma boa interpretação, ao contrário das versões "acabei de sair da cama" dos dias anteriores. Sua rotina do "strip-tease" e os dive bombs de JD são o final comum da música. Quando um fã diz para ele tirar a roupa, Elvis responde rapidamente: "Tirar?! Foi muito difícil fazer subir! A roupa, quero dizer."
- 4. Love Me: A versão não é de todo ruim, mas sinaliza o início de sua rotina de beijo e lenço. As fãs parecem estar gritando por suas vidas.
- 5. If You Love Me (Let Me Know): É uma boa versão, mas falta alguma faísca.
- 6. You Gave Me a Mountain: Este é sempre um dos showstoppers. Elvis faz uma performance entusiástica.
- 7. Jailhouse Rock: O medley de sucessos dos anos 1950 começa com uma versão bem acima da média, mas ele ri de suas interações com os fãs.
- 8. All Shook Up: "Obrigado. Eu gostaria de fazer um medley de alguns dos meus discos para vocês - apenas, uh, coisas diferentes." A voz de Elvis está fraca pela primeira vez, mas é de se esperar já que ele está focado nos fãs.
- 9. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Uma descartável com Elvis parecendo entediado.
- 10. And I Love You So: Enquanto o público se aquieta para ouvir o hit de Don McLean em 1970, Elvis faz uma versão entusiasmada. Ele faz isso com sinceridade, cantando lindamente por toda parte.
- 11. Fever: Uma boa descartável com Elvis se divertindo.
- 12. Steamroller Blues: Uma raridade em 1976, esta é uma excelente versão. Elvis está centrado e entusiasmado, embora a secura da fita torne um pouco difícil de apreciar.
- 13. Introductions / Early Morning Rain: "Antes de prosseguirmos, gostaria de apresentar os membros do meu grupo a vocês." Elvis introduz The Sweet Inspirations, JD Sumner (como "a pessoa mais baixa que eu já conheci"), The Stamps (individualmente), Sherrill Nielsen, Kathy Westmoreland e John Wilkinson.
- 14. What'd I Say / Johnny B. Goode: James faz seu trabalho como de costume nos dois solos que lhe foram atribuídos. Na sequência Ronnie Tutt, Jerry Scheff, Tony Brown e David Briggs apresentam seus solos.
- 15. Love Letters: Sem murmurar as palavras como em Tucson ou New Haven, embora ria um pouco, Elvis faz uma boa interpretação geral.
- 16. School Days (Incomplete): Devido a um mau funcionamento da fita, as apresentações de Charlie Hodge, Joe Guercio e da orquestra foram cortadas. Ouvimos os últimos segundos do solo da orquestra.
- 17. Hurt: "Nossa última gravação se chama 'Hurt', então gostaria de canta-la." A interpretação de Elvis é muito boa e ele até tenta algumas notas mais agudas. Infelizmente, a reprise do final da música não é tão boa quanto seria no programa do dia seguinte.
- 18. Hound Dog: Versão descartável, com Elvis distribuindo lenços e beijos.
- 19. It's Now or Never: "Eu gostaria de cantar uma música que fiz há cerca de dez ou doze anos... Uns 5 ou 6 anos a mais ou a menos." Sem os berros de Sherrill Nielsen em "O Sole Mio", essa versão rara naquele ano é deliciosa.
- 20. How Great Thou Art: Elvis parece estar procurando uma maneira de permanecer no palco ao invés de apressar seu show e nada melhor do que o que ele mais ama. Esta é uma ótima versão em que Elvis soa confiante e busca notas mais altas.
- 21. Blue Christmas: "Eu gostaria de acender as luzes da casa para poder ver vocês, porque não posso ver lá fora com todos os holofotes." A introdução é para "Funny How Time Slips Away", mas o público pede seu hit de Natal de 1957 e consegue. Elvis faz uma versão curta, mas boa, em que não toca guitarra.
- 22. Can't Help Falling in Love: Como sempre, o hit de 1961 é cantado em partes enquanto Elvis tenta fazer todas as garotas felizes com um beijo ou lenço.
- 23. Closing Vamp: A fanfarra encerra o show com um longo fade.
MÚSICAS BÔNUS
- 24. Hawaiian Wedding Song: A seção bônus começa aqui e todas as faixas vêm de Madison, Wisconsin, em 19 de outubro de 1976. "Fizemos um filme chamado 'Blue Hawaii', e nesse filme havia uma música chamada 'Hawaiian Wedding Song'." Como sempre, também é outro deleite agradável, mesmo que falte energia. Elvis está obviamente se divertindo.
- 25. Steamroller Blues: ApresentadA na maioria das noites durante esta turnê, o hit de 1973 tem uma das melhores interpretações do período aqui.
- 26. America: Em estéreo, esta versão tem ótima qualidade. Elvis faz uma performance muito contida, mas esta é de longe muito melhor do que a de New Haven.
- 27. Love Me Tender: "Já que nunca estivemos aqui antes, gostaria de fazer a música do meu primeiro filme." Outra joia, com uma qualidade de som muito boa. A versão se estende de uma maneira charmosa. Coincidentemente, Elvis cantaria seu sucesso de 1956 pela última vez em Madison no ano seguinte.
- 28. Blue Suede Shoes: Uma versão rápida e muito descartável de uma música um tanto rara nesta turnê.
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