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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Live in L.A. - An Audiovisual Documentary (CD + Livro - FTD, 2007)

Título:
Live in L.A. - An Audiovisual Documentary
Selo:
FTD [FTD 063] [88697 03613 2]
Formato:
CD
Número de faixas:
23
Duração:
68:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2007
Gravação:
11 de maio de 1974 ES
Lançamento:
Abril de 2007
Singles:
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Live in L.A. - An Audiovisual Documentary foi o quinto livro e sexagésimo terceiro CD da FTD. Eles cobrem os shows de Elvis em Los Angeles e arredores de 1956 a 1976, com foco principal na apresentação das 20h30 de 11 de maio de 1974. Devido a um erro na matriz do disco de 2007, o CD foi relançado corrigido e sem o livro em 2011. O trabalho encontra-se atualmente fora de catálogo.

Com 138 páginas, este talvez seja o mais modesto livro da FTD, mas também é um dos mais sinceros. Com quase nenhum texto, além de uma introdução e a lista de faixas do CD, há 12 sessões de fotos diferentes apresentadas no livro.

Long Beach em 7 de junho de 1956 abre o livro, e então vamos ao dia seguinte em Los Angeles, voltando à cidade em 28 (terno dourado) e 29 de outubro de 1957.  Pulamos para 14 de novembro de 1970 AS + ES, onde Elvis parece brilhante! 23 de abril de 1974 vê o cantor novamente em Los Angeles, depois chegamos a 11 de maio de 1974 AS e as próximas 69 páginas e 108 fotos se dedicam ao show das 20h30 do mesmo dia.

Foi nesta ocasião que Elvis usou pela primeira vez a jumpsuit 1974 American Eagle, que trazia a águia do traje do Aloha From Hawaii bordada na roupa ao invés de formada com pedrarias, e que teve como ilustres visitantes os integrantes da banda britânica Led Zeppelin.

Finalmente temos Long Beach em 25 de abril de 1976 AS + ES, e também Anaheim em 30 de novembro, onde Elvis parece fantástico e claramente se divertindo.

As fotos dos anos 1950 são obviamente ótimas, assim como as de 1970, mas infelizmente muitas das de 1974 estão tão completamente fora de foco que retiram um pouco do fascínio. Outra infelicidade é que as fotos de Long Beach em 1976 mostram um Elvis muito gordo, mas o livro termina com destaques fotográficos de um show muito bom que Elvis deu em Anaheim em 30 de novembro de 1976.

A FTD sempre afirmou que os CDs são um bônus ao livro e a verdadeira maneira de apreciar o conjunto é ouvir o soundboard enquanto revive a sensação do concerto de 11 de maio de 1974 ES através da seleção de excelentes fotos. Você pode experimentar a sensação de um Elvis suando muito em "Polk Salad Annie" e testemunhar o olhar de sinceridade Gospel em seus olhos. Você também pode ver a verdadeira alegria no rosto de Elvis por estar no palco com a banda, bem como apreciar os solos de James Burton. Há fotos das brincadeiras de sempre com Charlie Hodge e algumas ótimas de Elvis comandando a banda - certamente de sua rotina "well, well, well...".

Abaixo segue nossa resenha deste CD espetacular.
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Capa do relançamento de 2011


- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra conhecida anuncia o início do show das 20h30 de 11 de maio de 1974. A plateia reage histericamente. De início, percebe-se que a qualidade de som não é das melhores, mas o ar se assemelha muito ao que temos no "Elvis as Recorded Live On Stage in Memphis", gravado dois meses antes. Talvez o engenheiro de som tenha escolhido a velocidade errada para a captura, uma vez que o som é bastante abafado..

- 2. See See Rider: Apesar dos problemas de som, Elvis está vocalmente saudável e isso se nota desde as primeiras notas da música. A rendição é padrão, mas há alguns toques diferentes na bateria e guitarra.

- 3. I Got a Woman / Amen: "Muito obrigado." Elvis parece querer dar uma atmosfera mais roqueira a seu show, uma vez que o Led Zeppelin está na plateia. Para isso, ele abrevia sua rotina do "well, well, well" para entrar em uma versão funky do já conhecido medley. Após "Amen", o cantor também encurta as brincadeiras e os dive bombs de JD.

- 4. Love Me: "Muito obrigado. Boa noite, senhoras e senhores. Meu nome é Glen Campbell... Acreditariam que sou Wayne Newton?" A rendição é a padrão, com Elvis distribuindo beijos e lenços para a plateia enquanto canta. É de se notar o excelente acompanhamento de James Burton. Elvis pede para que a banda repita o final, pedindo para que a plateia ouça com atenção a JD Sumner.

- 5. Trying to Get to You: "Esta próxima música é uma das minhas primeiras gravações, fiz quando era apenas uma criança." A velocidade da fita certamente não colabora para a rendição. Como sabemos, na época Elvis cantava em um ritmo mais rápido do que ouvimos aqui. No geral, a versão é muito boa.

- 6. All Shook Up: O medley de hits dos anos 1950 começa com uma versão rápida mas energética do clássico de 1957. É interessante notar que a banda executa a música com uma pegada mais puxada ao funk, o que continua a ser o padrão nas faixas seguintes.

- 7. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Outra descartável, apesar de bem rendida, traz Elvis mais concentrado em entregar uma boa versão do que interagir com a plateia.

- 8. Love Me Tender: Depois de pegar uma folha com a letra de sua próxima rendição, Elvis diz: "Meu primeiro filme foi 'Love Me Tender'. Gostaria de cantar um pouco para vocês." É incrível como ouvir o baixo de Duke Bardwell com clareza traz um som renovado ao clássico de 1956. A flauta mais presente também é muito interessante ao se sobrepor mesmo às fãs histéricas que cercam o palco enquanto Elvis canta para tentar ganhar um beijo ou lenço do cantor. Talvez pelas presenças ilustres, o Rei do Rock canta toda a letra na execução.

- 9. Steamroller Blues: Esta é uma rendição mais que perfeita, mas, como em outros momentos, a qualidade doo áudio acaba por tirar um pouco do brilho da versão. Elvis, no entanto, soa como se estivesse dando tudo de si.

- 10. Hound Dog: "You ain't... Vocês nem sabem o que eu vou fazer!" Elvis brinca com a banda para tentar pegá-los desprevenidos na introdução da música, algo que ele não fazia havia algum tempo. Aqui a versão é completa e não mais parte do medley maior que era apresentado na maioria das vezes. Talvez por isso James Burton apresente um toque mais rock 'n' roll e Elvis dê tudo de si na sequência final com golpes de caratê. O cantor dá uma "bronca" na banda no fim: "Vocês não estavam tocando juntos, amigos! Eu não vou levar a culpa por vocês!"

- 11. Fever: Um clássico produtor de histeria na plateia, a rendição é padrão e traz Elvis se divertindo bastante enquanto atende as fãs. As respostas da guitarra de James Burton para o baixo de Duke Bardwell são fantásticas.

- 12. Polk Salad Annie: A música é um pouco prejudicada pela velocidade errada da fita, mas ainda assim pode-se perceber que Elvis estava dando tudo de si e que aquela era uma versão para impressionar os Zeppelin. A bateria de Ronnie Tutt é excepcional na finalização.

- 13. Why Me Lord: "Deixe-me andar um pouco e recuperar o fôlego." Após conversar com fãs, o cantor anuncia: "Gostaria de pedir a JD Sumner e o Stamps Quartet para cantarem uma das minhas músicas favoritas, 'Why Me Lord'." A versão sai tão perfeita que Elvis pede para repetir o final, esticando ainda mais as últimas notas. "Obrigado! JD, Stamps... Fantástico!"

- 14. Suspicious Minds: Iniciando a música sem hesitar, Elvis dá um andamento mais rápido ao show. É interessante notar que aqui a fita parece melhorar em qualidade, possibilitando que ouçamos melhor a banda e a orquestra. Próximo ao final, a sensação é de que voltamos a 1970 e Elvis está suando e dançando freneticamente no palco. Novamente, Ronnie Tutt merece os parabéns por sua atuação aqui. 

- 15. Introductions: Elvis faz as apresentações de costume. The Sweet Inspirations, JD Sumner e os Stamps e Kathy Westmoreland vêm primeiro. Na sequência, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Duke Bardwell, Glen Hardin, Charlie Hodge, o grupo Voice, Joe Guercio e sua orquestra.

- 16. I Can't Stop Loving You: "Sabem o que eu não posso fazer?" A velocidade da fita novamente prejudica a experiência auditiva, mas se nota que Elvis e seu conjunto fazem uma ótima rendição.

- 17. Help Me: "Esta música é uma que acabei de lançar. Gostaria de canta-la para vocês, se chama 'Help Me'." A versão é deliciosa e animadora mesmo para um Gospel lento. Os arranjos e a voz de Elvis são muito semelhantes ao que ouvimos no Master de estúdio.

- 18. An American Trilogy: Elvis faz um trocadilho entre "Dixieland" e "Disneyland" logo no início, pelo fato de estar se apresentando em Los Angeles, mas a versão é séria em sua maior parte. O cantor imprime um tom mais melancólico à música, o que funciona bem e é imensamente ajudado pela presença forte da flauta no áudio. Ouça atentamente o trabalho conjunto de Ronnie Tutt e Duke Bardwell para um extra fantástico.

- 19. Let Me Be There:  O sucesso de Olivia Newton-John já era um highlight consagrado das apresentações de Elvis a essa altura. JD Sumner soa alto e cristalino no mix, contrastando magnificamente com o Rei do Rock. A repetição da última estrofe também ocorre como de costume.

- 20. Funny How Time Slips Away: "Agora que vocês já tiveram a chance de nos ver, gostaria de acender as luzes da casa e dar uma olhada em vocês." A música começa tão fora de tom que Elvis só consegue rir e parar a rendição. "Esperem, esperem. Podem começar juntos, amigos? Temos Led Zeppelin na plateia, Jimmy Darren... Vamos tentar fazer parecer que sabemos o que estamos fazendo, quer nós saibamos ou não!" A versão sai como de costume depois do comentário sarcástico e Elvis se diverte ao interagir com a plateia.

- 21. Big Boss Man: A qualidade de som tem uma melhora muito significativa pelo fato de ser outra fita. Como o final da apresentação estava muito comprometida na fonte original, a FTD decidiu por usar as últimas duas faixas do show do dia anterior em San Bernardino. A rendição é excelente e isso não seria um problema, pois o setlist da noite do dia 11 acabava exatamente com as mesmas duas músicas.

- 22. Can't Help Falling in Love / Closing Vamp: O problema é que a gravadora podia ter se dado ao trabalho de excluir a fala de Elvis antes de iniciar a última música do show: "Até a próxima vez que estivermos em San Bernardino, desejamos a todos um afetuoso adiós!" Não fosse isso, poderíamos pelo menos tentar enganar nossos cérebros para que pensassem estarem ouvindo o fim da apresentação de Los Angeles.

BÔNUS

- 23. You Can Have Her: A FTD inclui como bônus a única versão conhecida da música, rendida por Elvis na apresentação das 14h30 de 11 de maio de 1974 em Los Angeles. A velocidade correta dessa deliciosa pérola serve para nos dar o tom do que realmente fora o show das 20h30.

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