EAP Index Brasil: From New York to Chicago (CD - SR Records, 2010)

terça-feira, 14 de junho de 2022

From New York to Chicago (CD - SR Records, 2010)

Título:
From New York to Chicago
Selo:
SR Records [---]
Formato:
CD duplo
Número de faixas:
50
Duração:
122:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia extra-oficial
Ano:
2010
Gravação:
11 e 17 de junho de 1972 AS
Lançamento:
2010
Singles:
---


From New York to Chicago foi um bootleg da SR Records lançado em 2010. Ele contém os shows completos d de 11 e 17 de junho de 1972 AS em Nova York e Chicago, respectivamente.  O trabalho encontra-se atualmente fora de catálogo.


Em 1972, a carreira de Elvis ia muito bem. O retorno aos palcos havia sido magnífico, seus dois documentários eram bem falados, e o Havaí o esperava.

Em junho daquele ano, ele chegaria a Nova Iorque para uma série de quatro shows no Madison Square Garden que marcariam a primeira e única vez em que ele se apresentaria na cidade nos anos 1970. Conseguindo alcançar a lotação máxima no Madison Square Garden, algo nunca antes feito, Elvis se consagrou como um artista de uma categoria à qual poucos chegariam.

Depois de deixar Nova Iorque, Elvis passou por Indiana e Wisconsin nos próximos quatro dias. Em 16 de junho ele chegaria a Chicago, em Illinois, para três shows no consagrado Chicago Stadium.

Na tarde do dia 17, a apresentação de Elvis foi uma das mais fenomenais do período. Sem os limites de tempo impostos pelo Coronel para as apresentações no Madison Square Garden, o cantor pôde colocar no setlist várias de suas músicas preferidas. Estavam lá também as raras "One Night", "Reconsider Baby", "My Babe", "Something" e "Release Me", além de "It's Now or Never", "Johnny B. Goode" e "How Great Thou Art".

Nunca lançadas de forma oficial, estas apresentações foram unidas por sua magnificência no bootleg "From New York to Chicago" pela SR Records em 2010. Mesmo com áudio amador de pouca qualidade, os concertos sintetizam o poder de adaptação e de performance de Elvis quando entusiasmado e livre para moldar suas apresentações.

Abaixo segue resenha do trabalho.

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CD 1 - 11 DE JUNHO DE 1972 - NOVA IORQUE, NY

- 1. Also Sprach Zarathustra: Embora o CD marque esta como uma parte da fanfarra inicial, na verdade ela inexiste. O que ouvimos já é o começo de "That's All Right", com Elvis entrando no palco.

- 2. That's All Right: O áudio desta fonte não é dos melhores e há muito ruído, deixando as faixas extremamente abafadas e ininteligíveis por vezes. Elvis está em ótima forma e, pelo que podemos ouvir, faz uma excelente rendição.

- 3. Proud Mary: A atmosfera é eletrizante durante a rendição, embora ela se assemelhe muito a tantas outras já feitas.

- 4. Never Been to Spain: Elvis começa suas interações com os fãs com essa música mais lenta. A velocidade de execução provavelmente está muito lenta e a culpa disso pode ser da velocidade da fita. No geral, é uma versão muito boa.

- 5. Until it's Time For You to Go: As fãs gritam durante a rendição e parece que Elvis as está atendendo. A versão é a padrão da época.

- 6. You Don't Have to Say You Love Me: Elvis faz um false start e então recomeça a música. Não há nada de novidade aqui, além de mais uma versão muito bem interpretada.

- 7. You've Lost That Lovin' Feelin': A velocidade da fita prejudica esta versão, mas nada que seja insuportável - a não ser um corte bem no meio dela. Podemos ouvir Elvis dando tudo de si e os backing vocals acompanhando magnificamente.

- 7. Polk Salad Annie: Em 1972 Elvis já havia mudado a duração e o arranjo desta música. Esta nova versão é bastante dependente do baixo, que faz um trabalho fenomenal no solo. A finalização também soa excelente.

- 9. Love Me: O medley dos anos 1950 começa. Elvis soa mais entusiasmado do que na noite anterior e, no geral, a versão realmente é melhor.

- 10. All Shook Up: Descartável, mas bem executada.

- 11. Heartbreak Hotel: A velocidade da fita prejudica a rendição, fazendo-a se parecer em muito com as versões pós-1975.

- 12. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Elvis faz uma boa versão, mesmo que esta seja uma das que ele já encarava como tediosas.

- 13. Love Me Tender: "Meu primeiro filme, senhoras e senhores." Elvis soa entediado, mas as fãs mesmo assim gritam ensandecidas à espera de um lenço ou beijo. Há uma leve distorção na fita, mas nada que incomode.

- 14. Blue Suede Shoes: Infelizmente, só podemos ouvir poucos segundos da rendição porque a fita acaba. Quando o som retorna, Elvis está terminando a música.

- 15. Hound Dog: O hit de 1956 começa sem que Elvis o introduza, como de costume nesta temporada. A versão é muito boa e tem uma finalização ligeiramente diferente.

- 16. I'll Remember You: Por ser uma música relativamente nova na setlist, Elvis se perde um pouco com a letra - embora seja quase imperceptível. A joia que seria a versão do Aloha começa a ser moldada.

- 17. Suspicious Minds: A rendição começa com uma leve microfonia - o que se já tornara uma marca dos shows de Elvis no Madison Square Garden. A versão tem um bom ritmo e Elvis se entrega a ela. Enquanto faz suas poses, ele faz o comentário que se tornaria praxe: "Espero que essa roupa não rasgue, baby!"

- 18. Band Introductions:  Elvis faz as apresentações de JD sumner e os StampsThe Sweet Inspirations, Kathy Westmoreland, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Jerry Scheff, Charlie Hodge, Glen Hardin, Joe Guercio e sua orquestra.

- 19. For the Good Times: Uma versão lenta, mas bastante boa.

- 20. An American Trilogy: Apesar de ter entrado no repertório em janeiro, esta música já estava se transformando em uma das mais esperadas dos shows pelo tremendo sucesso do single de abril. Elvis faz uma versão forte e coesa que empolga a plateia. Os aplausos efusivos tomam conta da arena no final.

- 21. Funny How Times Slips Away: "Foi muito bom estar aqui, vocês foram uma plateia fantástica." Os assobios e gritos das fãs são ensurdecedores a quase afogam a rendição de Elvis. No geral, é uma versão boa que serve para avisar a plateia de que o show se aproxima de seu fim.

- 22. Can't Help Falling in Love: "Vocês são uma plateia linda. Esta música é de 'Blue Hawaii', somente para vocês." O clássico de 1961 avisa a plateia do fim iminente do show enquanto Elvis entrega os últimos beijos e lenços.

- 23. Closing Vamp: A fanfarra, ouvida por poucos segundos, oficializa o final do último show de Elvis em Nova Iorque em sua carreira.


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CD 2 - 17 DE JUNHO DE 1972 AS - CHICAGO, IL

- 1. Also Sprach Zarathustra: Ao contrário do CD 1, aqui temos a fanfarra completa. O áudio é um pouco pior.

- 2. That's All Right: Em alguns pontos, quase não conseguimos ouvir Elvis e a banda. No entanto, quando possível, notamos que todos estão em boa forma vocal e Elvis está se divertindo.

- 3. I Got a Woman: Rara em 1972, esta é apenas a segunda vez em que Elvis a rende no ano. Aqui não temos as brincadeiras com JD e os diálogos que se tornariam clássicos - e, por vezes, monótonos - mais à frente. Elvis faz uma versão sólida e termina de forma espetacular.

- 4. Love Me Tender: O que mostra que Elvis estava no controle de seu repertório naquele ponto é o fato desta música aparecer tão cedo na apresentação. As fãs adoram e ficam loucas por um segundo de atenção de Elvis.  rendição em si é padrão.

- 5. You Don't Have to Say You Love Me: Tendo retornado ao repertório em 9 de junho, esta música sempre foi uma das preferidas dos fãs. Elvis a rende de forma sensacional e finaliza com muito entusiasmo.

- 6. You've Lost That Lovin' Feelin': Outra que retornou em 9 de junho, é mais uma oportunidade para Elvis mostrar toda sua potência vocal. Pela reação da plateia, todos gostam do que ouvem.

- 7. Polk Salad Annie: Provavelmente esta é uma das melhores versões de junho, chegando até a superar as do Madison Square Garden. Tanto a performance de Elvis quanto da banda e orquestra são excelente e o baixo no final é fenomenal.

- 8. Love Me: O medley de hits dos anos 1950 começa. Enquanto distribui lenços e beijos para as fãs, ele ainda faz uma boa versão:

- 9. All Shook Up: Uma descartável, novamente com mais atenção às fãs.

- 10. Heartbreak Hotel: Elvis ainda está na fase de atender fãs, mas a versão é uma das melhores deste medley.

- 11. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Como sempre, Elvis se diverte bastante durante a rendição deste medley, mas ainda assim ele soa entediado.

- 12. One Night: Outra raridade, apresentada apenas 3 vezes em junho, é uma que agrada os fãs e a Elvis, que exclama: "Oh, Deus!"

- 13. Reconsider Baby: Esta raridade suprema aparece aqui pela terceira e última vez em 1972. Antes, ela havia sido apenas rendida uma vez em 1969; depois, retornaria apenas em dezembro de 1976. O blues aqui é muito mais pesado do que nos acostumamos a ouvir, o que é uma boa mudança.

- 14. It's Now or Never: Outra que se apresenta aqui pela segunda de apenas 3 vezes em 1972, é mais uma das preferidas de Elvis. Ele faz uma rendição sólida e fenomenal enquanto entrega alguns lenços para fãs.

- 15. Johnny B. Goode: Rendida apenas duas vezes em junho, ela começa de repente e leva a plateia ao delírio. A versão é interrompida por um barulho alto de explosão, o que faz com que Elvis a reinicie. A interpretação é excelente e a multidão aplaude junto.

- 16. I Can't Stop Loving You: Elvis faz uma rendição emocionante e usa seu poder vocal para acentuar as parte mais fortes. A finalização simplesmente é de outro mundo.

- 17. Hound Dog: "Em 1956 eu estive no The Ed Sullivan Show e eles me filmaram da cintura para cima. Eu fiz isso." A versão é padrão, com um false start.

- 18. Suspicious Minds: Infelizmente, o início da música foi perdido quando a fita foi virada. O que se ouve durante toda a rendição são fãs gritando enlouquecidas enquanto Elvis faz seus movimentos pélvicos e distribui lenços e beijos. A finalização com golpes de karatê soa sensacional.

- 19. Band introductions: Elvis faz as apresentações rápidas de costume neste período. JD Sumner e os Stamps, The Sweet Inspirations, Kathy Westmoreland, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Jerry Scheff, Glen Hardin, Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra são introduzidos ao público.

- 20. My Babe: A plateia aplaude efusivamente quando Elvis inicia a rendição de mais uma raridade, sendo esta a antepenúltima vez em que seria apresentada. Fazia um ano que o canto não a interpretava, mas ele dá tudo de si e o público aplaude ao ritmo da música durante toda a duração.

- 21. Something: Parece que Elvis estava realmente querendo brindar a todos com raridades nesta noite. Esta é a única vez em que ele interpretaria esta música em 1972, o que torna tudo ainda mais especial. O andamento parece um pouco mais rápido do que o de costume e muito gostoso.

- 22. Release Me: Não tão rara quanto a anterior, esta é a terceira e última rendição de 1972. A plateia recebe a música com entusiasmo e Elvis faz uma versão linda.

- 23. How Great Thou Art: Embora presente desde 1970, esta ainda era uma música um tanto difícil de se encontrar em shows. A versão aqui é bem parecida com a do disco de 1967 em alguns aspectos, mas já bem próxima do que nos acostumaríamos a ouvir mais para a frente.

- 24. Funny How Time Slips Away: "Muito obrigado." Elvis não faz aqui a introdução comum à música, pedindo para que as luzes do local sejam acesas. Isso talvez se explique pela duração do espetáculo - normalmente grandes shows não passavam de 1 hora à época -, que já chegava aos 55 minutos. A versão é a de costume, com Elvis entregando lenços e beijando fãs.

- 25. An American Trilogy: Esta ainda era uma música pela qual Elvis estava apaixonado. Sua rendição é sincera e muito bem feita, com o cantor dando impulso à banda e backing vocals para que se superem na interpretação.

- 26. Can't Help Falling in Love: Sem nem dizer adeus - novamente, a provável causa é o tempo - Elvis interpreta seu clássico de 1961 enquanto dá o último momento de atenção aos fãs.

- 27. Closing Vamp: A fanfarra anuncia o fim do show. Elvis só retornaria ao Chicago Stadium mais de 4 anos depois, em outubro de 1976.

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