Formato:
CD duplo
Número de faixas:
38
Duração:
129:00
Tipo de álbum:
Comum / concerto
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2008
Gravação:
22 a 26 de agosto de 1969
Lançamento:
Dezembro de 2008
Singles:
---
Elvis in Person foi o 61º LP de Elvis, lançado juntamente com "Back in Memphis" no seu primeiro disco duplo, intitulado From Memphis to Vegas / From Vegas to Memphis e 156º trabalho audiofônico (incluindo singles e EPs). Ele continha um resumo das melhores faixas dos shows de 1969 em Las Vegas e seria relançado de forma solo em outubro de 1970, como seu 67º LP.
Quando a RCA Records e o produtor Felton Jarvis chegaram para começar a gravar alguns de seus shows em 21 de agosto de 1969, Elvis Presley já havia conquistado Las Vegas. Como sequência de seu retorno, que começou com o especial de televisão de 1968 e continuou com suas primeiras gravações em Memphis desde meados da década de 1950, Elvis se apresentou para multidões no showroom principal do recém-inaugurado International Hotel a partir de 31 de julho. Com uma agenda cansativa de dois shows por noite, sete dias por semana, Elvis já havia realizado mais de 40 apresentações triunfantes e estava iniciando a última semana da temporada que, além dos quatro shows em estúdio durante seu especial de TV de 1968, representou seus primeiros concertos ao vivo em quase nove anos.
Começando com o show da meia-noite de 21 de agosto e indo até o da meia-noite do dia 26, a RCA gravou onze apresentações completas. Eles também fizeram gravações de teste durante um ensaio e no show das 20h30 de 21 de agosto. De todo esse material, a gravadora editou doze faixas capturadas nos concertos de 24, 25 e 26 de agosto para criar o álbum "Elvis in Person".
Lançado para capitalizar sobre as ótimas vendas de "From Elvis in Memphis", seus singles que chegaram ao topo das paradas e seu sucesso em Las Vegas, este disco marca o primeiro trabalho ao vivo oficial. "Elvis In Person" consistia em gravações das primeiras performances ao vivo de Elvis desde seu concerto beneficente em março de 1961 no Havaí. Os sucessos do seu repertório dos anos 1950 e início dos anos 1960 apareceram ao lado de um cover de "Words", dos Bee Gees, seu recente hit "In The Ghetto" e uma versão estendida de "Suspicious Minds", o single que acabara de ser lançado. Chegando às lojas em 14 de outubro de 1969, o LP foi um sucesso imediato e alcançou o 12º lugar da Billboard Hot 200. Em dezembro do mesmo ano o álbum ganhou a classificação Ouro pela RIAA.
Procurando oferecer mais vislumbres dos poderosos concertos de 1969, a FTD montou sua própria versão do disco 1 do LP duplo "From Memphis to Vegas / From Vegas to Memphis" de outubro daquele ano em seu trabalho de número 77. Com essa meta, a gravadora trouxe algumas raridades no final das faixas do LP original. Mas a maior raridade que poderiam nos oferecer vem em seguida, no CD 2 do lançamento: O show completo - e até então inédito - das 20h30 de 22 de agosto de 1969 em soundboard.
Como sempre, há ainda um livreto de 16 páginas com diversas informações sobre os shows de 1969 e fotos em alta resolução (embora a maioria seja conhecida). A melhor revelação aqui é a de que Elvis teria ensaiado - ou pelo menos cogitado - uma setlist alternativa fantástica para suas apresentações de retorno aos palcos. Dentre as músicas constam inúmeras surpresas como "Such a Night", "Rip it Up", "Only the Strong Survive", "I'll Hold You in My Heart", "Return to Sender", "Let Yourself Go", "If I Can Dream", "A Fool Such as I", "Without Love", "It Hurts Me", "Clean Up Your Own Backyard", "Memphis, Tennessee", "Judy", "After Loving You", "Seventeen", "Slow Down", "You'll Think of Me", "You're the Reason I'm Living", "Matchbox", "Yellow Roses" e "I Need You So".
Abaixo segue resenha do trabalho.
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CD 1 - O ÁLBUM ORIGINAL E EXTRAS
- 1. Blue Suede Shoes [25/08/69 MS]: As 12 primeiras faixas são apresentadas como no álbum original de 1969, utilizando o mesmo mix do LP e a mesma edição, mas com uma nova remasterização cristalina. Este disco marcou a primeira vez em que Elvis era ouvido interpretando canções ao vivo em um trabalho (embora "Elvis Sings Flaming Star" tenha trazido "Tiger Man" do especial de 1968 como uma de suas faixas) e um não pode deixar de pensar sobre o tremendo impacto nos fãs ao ouvirem o estouro da banda e a orquestra no começo da faixa inicial. Elvis está com a voz excelente e de bom humor, fazendo excelentes vocais nesta versão rápida e em ritmo de rock sessentista de seu sucesso de 1956.
- 2. Johnny B. Goode [24/08/69 MS]: Apesar de nunca ter sido gravada em estúdio por Elvis, nem antes nem depois de 1969, esta música esteve em muitas de suas apresentações desde aqui até 1977. A escolha de Felton Jarvis por esta versão se reflete na qualidade - da gravação e da rendição - e na seriedade com que Elvis ataca a música. Não há tempo para brincadeiras ou inserção de cacos na letra, tornando tudo mais técnico e imensamente agradável aos ouvidos.
- 3. All Shook Up [25/08/69 MS]: "Lá vamos nós de novo!" Esta é uma versão excepcional do clássico de 1957 que se tornaria a abertura dos shows de Elvis na primeira metade de 1970. A voz do cantor desliza perfeitamente pelas letras e pelas notas, dando a esta curta exibição um tom fenomenal.
- 4. Are You Lonesome Tonight 24/08/69 MS]: Aqui temos um primeiro vislumbre da histeria que se instalava nas apresentações de Elvis, com algumas fãs gritando ensandecidas. "Boa noite, senhoras e senhores. Esta é minha primeira aparição ao vivo em nove anos... Eu apareci 'ao morto' antes, mas essa é minha primeira vez ao vivo. Uma das primeiras gravações que fiz... Lá por 1927, eu acho." Com um arranjo simpático e a voz clara de Elvis, o hit de 1960 ganha nova vida aqui. As potentes respostas líricas de Cissy Houston elevam esta rendição a um patamar inatingível por outras.
- 5. Hound Dog [25/08/69 MS]: "Quando tentei pensar em uma música especial para esta noite... Uma música especial que realmente dissesse alguma coisa, sabe, uma música com mensagem, eu achei isso." Depois de um curto monólogo sobre sua "namorada com um olho quadrado" - uma edição rápida do monólogo de 6 minutos que sempre acontecia antes da música -, Elvis dá início à rendição do sucesso de 1956 com um vocal cry recheado com um vocal fry delicioso. O solo de James Burton soa magnífico, apesar de curto.
- 6. I Can't Stop Loving You [25/08/69 MS]: "Com licença, enquanto bebo um pouco de 'wawa'. Enquanto bebo, apenas me observem e se perguntem, 'é ele mesmo?'" Embora a música pareça não se encaixar no ar punk rock dado às rendições até aqui, ela funciona para mostrar a versatilidade de Elvis. O motivo pelo qual Felton Jarvis escolheu esta versão em particular se evidencia na parte final, quando o cantor é interrompido por gritos histéricos de uma fã.
- 7. My Babe [25/08/69 MS]: Elvis mostra aqui o embrião do que seria sua famosa rotina do "well, well, well" nos anos seguintes, observando jocosamente: "É isso. Começa de vagar e nos leva a lugar nenhum." Na época passou desapercebido, mas hoje sabemos que o momento fazia parte do seu monólogo antes de "I Got a Woman", editado e inserido aqui por Jarvis por algum motivo que para ele era válido. O clássico Gospel / Blues de Little Walter Jacob é a verdadeira surpresa do disco, tendo sido rendida poucas vezes em 1969. No geral, a versão é muito boa. Originalmente, esta faixa tinha um fade out por ser a última do lado A do LP original, mas aqui ela foi reeditada pela FTD para dar uma continuidade uniforme ao CD.
- 8. Mystery Train / Tiger Man [25/08/69 MS]: Novamente, o fade in desta faixa no disco original, a primeira do lado B, foi retirada para uniformizar a edição. "Uma das primeiras gravações que fiz, senhoras e senhores, foi... Foi horrível! Quando comecei nesse negócio, tínhamos três instrumentos: Uma guitarra, uma perna trêmula, outra guitarra e outra perna trêmula. Não... Fizemos umas cinco gravações antes que alguém soubesse quem éramos. Era mais ou menos assim." Esta é uma ótima versão de dois clássicos pré-RCA de Elvis. "Mystery Train" foi seu último lançamento pelo Sun e o primeiro relançamento pela RCA. Já "Tiger Man" permanece um mistério até hoje, pois provavelmente fez parte de uma primeira sessão no Sun que acabou tendo sua fita apagada ou perdida. A versão do medley é excelente, embora não tanto quando o que ouvimos na abertura do filme "That's the Way it is".
- 9. Words [25/08/69 MS]: O sucesso dos Bee Gees é rendido aqui de forma bastante sóbria, com um trabalho excepcional dos backing vocals.
- 10. In the Ghetto [26/08/69 DS]: "Uma gravação que foi muito bem sucedida recentemente, senhoras e senhores." De todas as versões ao vivo de seu hit single, esta com certeza é a melhor. A orquestra trabalha magnificamente e não há erro de nenhuma das partes responsáveis por esta rendição perfeita.
- 11. Suspicious Minds [26/08/69 DS]: "Uma nova gravação que acabou de ser lançada, senhoras e senhores. Espero que gostem, se chama 'Suspicious Minds'." Tendo sido lançado naquele mesmo dia, o single é rendido aqui com uma paixão arrebatadora. Elvis faz uma das versões mais longas do clássico - 7 minutos - e parece se divertir o tempo todo. O mix privilegia tanto a voz de Elvis quanto a bateria, o baixo e os metais, deixando tudo perfeito. O ritmo contagiante se estende por toda a versão, mas a melhor parte é o final surpreendente.
- 12. Can't Help Falling in Love [26/08/69 DS]: "Obrigado. Vocês são uma plateia linda, senhoras e senhores. Eu gostaria de cantar esta música especialmente para vocês." O clássico de 1961 já havia se consagrado como a faixa de encerramento dos shows de Elvis em seu 27º dia de apresentações. Esta rendição é muito poderosa e conta com as interações líricas excepcionais de Cissy Houston.
MÚSICAS BÔNUS
- 13. Runaway [25/08/69 DS]: Como bônus das apresentações de 1969, a FTD inseriu aqui duas músicas que a RCA usou no LP "On Stage" de 1970 - sem explicitar que se tratavam de faixas do ano anterior. Originalmente, a orquestra quase não era ouvida e nem o novo mix usado para o relançamento do disco em 1999 ajudou nisso, mas aqui tudo pode ser ouvido de forma cristalina graças às novas tecnologias. A música um tanto rara - apareceu apenas 20 vezes, todas em 1969 - é rendida de forma padrão, sem muitos atributos excepcionais.
- 14. Yesterday [25/08/69 DS]: Outra usada em "On Stage", possui apenas 25 versões ao vivo na voz de Elvis - todas também de 1969. A RCA fez uma edição no medley "Yesterday / Hey Jude" para inserir apenas a primeira parte no disco e a FTD a repete aqui. É uma pena, pois a gravadora poderia ter aproveitado a oportunidade para lançar com exclusividade a faixa completa.
PERFORMANCES RARAS
- 15. This is the Story [26/08/69 MS]: As faixas que fecham o CD 1 foram lançadas pela primeira vez em 1991 em "Collectors Gold", mas aqui soam bem mais cristalinas pelo uso de fitas multi-track que possibilitaram melhorar o estéreo e deixar toda a banda brilhar no mix. "Querem tentar 'This is the Story'? Como ela é? Estamos na frente de 2 mil pessoas e fazendo papel de completos idiotas. Os caras lá no cassino estão dizendo: 'Queria que ele fizesse rápido para mandar as pessoas para cá, cara!' Eu não me importo, sabe. Contanto que vocês não se importem." Rendida somente esta vez, a música que faz parte do LP "Back in Memphis" ganha aqui um arranjo quase idêntico ao da gravação de estúdio. Apesar do esforço de Elvis e da banda, a versão nunca se desenvolve da maneira correta - o que certamente contribuiu para que ela nunca retornasse ao setlist.
- 16. Inherit the Wind [26/08/69 MS]: "Vamos tentar uma nova música. Nunca a tocamos antes, então se errarmos alguma coisa, nos perdoem. Estamos gravando um disco ao vivo hoje e eu preciso fazer algumas músicas novas, então aguentem comigo se eu errar, voltar, começar de novo. Talvez fiquemos aqui a noite toda, mas..." Outra de "Back in Memphis" e também com esta única rendição, é uma grande surpresa mas não soa como um clássico ao vivo de Elvis.
- 17. Rubberneckin' [26/08/69 MS]: "Vamos fazer 'Rubberneckin'. Temos aí? Perdoem-nos enquanto tentamos decidir o que fazer aqui." Diferente de "Collectors Gold", onde somente a rendição completa da música foi adicionada, aqui ouvimos todas as três tentativas pela primeira vez. Ao contrário das duas músicas anteriores que soavam destoantes ao estilo de Elvis ao vivo, esta com certeza poderia integrar seu setlist ao menos em 1969.
- 18. Loving You / Reconsider Baby [23/08/69 MS]: Elvis está de bom humor e resolve inseri um trecho de "Loving You" entre uma música e outra. A plateia recebe a surpresa com entusiasmo, mas o cantor confessa que não sabe o restante da letra e para por ali. Rendida somente nesta ocasião em 1969, o clássico de "Elvis is Back!" em 1960 é um blues muito bem vindo em meio ao tom geral de rock das apresentações daquele ano.
- 19. Funny How Time Slips Away [25/08/69 DS]: Rendida apenas três vezes em 1969, sendo esta a última, traz Elvis tocando sua guitarra e é magnífica por ter um mix claro que possibilita uma grande imersão na versão.
CD 2 - 22 DE AGOSTO DE 1969 DS
- 1. Blue Suede Shoes: Uma noite ótima se inicia, apesar de Elvis soar cansado - o que era de se esperar, já que este se trata de seu 44º concerto em 23 dias. Ele também funga e tosse um pouco, ´provavelmente por causa da secura do ar de Las Vegas, o que explica o porquê de muitas dessas faixas nunca terem sido lançadas anteriormente. A parte orquestrada inicial havia sido contada em lançamentos anteriores, mas a decisão de deixá-la intacta aqui realmente dá um algo a mais. O mesmo pode-se dizer da intro mais longa e da animação de Elvis.
- 2. I Got a Woman: Elvis claramente quer dar um bom show e faz uma versão em um tempo mais rápido do que de costume. O pandeiro e a bateria alavancam a rendição a um nível surpreendente.
- 3. All Shook Up: A música tem um tom parecido com a de 25/08/69 MS ouvida no "In Person", mas ganha muito mais claridade com este novo reprocessamento do mix vintage, remasterizado em 2008.
- 4. Love Me Tender: "Muito obrigado. Muito boa noite, senhoras e senhores. Bem-vindos ao grande e esquisito International Hotel... Com essas bonecas estranhas nas paredes e os anjos psicodélicos no teto. Essa é minha primeira aparição ao vivo em nove anos... Eu apareci 'ao morto' antes, mas... Antes do fim da noite eu terei feito um completo idiota de mim mesmo, mas espero que se divirtam bastante. Eu também terei que tomar muita água, porque aqui em Las Vegas é muito seco e cantores precisam tomar muita água... Tem algo no meu olho que está me incomodando muito, tenham certeza disso! Então, tenho água aqui e, durante o show, quando eu vier beber, só olhem para mim e se perguntem: 'É ele? É ele? Pensei que ele fosse maior!' Também tenho algo aqui chamado Gatorade... Supostamente funciona 12 vezes mais rápido que água e parece que já foi usado. Um dos meus primeiros discos, que gravei lá por 1927... Pouco antes da Grande Depressão... Se me ouvirem limpar a garganta, é porque tenho um sapo aqui dentro e é a primeira refeição dele, então..." A canção recebe o tratamento normal, com Elvis cantando algumas partes e beijando fãs na maior parte do tempo. Pelos comentários e reações do cantos, nesta noite elas estão especialmente assanhadas.
- 5. Jailhouse Rock / Don't Be Cruel: "Gostaria de fazer um medley dos meus maiores discos... Eles não eram realmente maiores do que os outros, eram do mesmo tamanho, mas soa impressionante, sabe? Estamos gravando um disco ao vivo aqui, então se às vezes as coisas ficarem estranhas... Se se ouvirem rindo no disco, digam: 'sou eu! Sou eu! Meu nariz está escorrendo, meus olhos, minhas orelhas, tudo! Eu disse, alguém batizou minha Gatorade! Sabotagem! Maldito Tom Jones, eu disse para ele ficar longe daqui! Enfim... Gostaria de fazer um medley dos meus maiores sucessos." Embora seja uma versão padrão de 1969 com mais atenção à plateia do que à rendição em si, este é um medley muito apreciável por ser raro e particular àquele ano.
- 6. Heartbreak Hotel: Pode-se ouvir alguma inconsistência na voz de Elvis aqui e ali, além de alguns pigarros, mas no geral a versão é muito boa. Após finalizar a rendição, o cantor dá atenção a uma fã por alguns segundos.
- 7. Hound Dog: "Quando tentei pensar em uma música especial para hoje, uma música com mensagem, algo que realmente dissesse alguma coisa... É isso o que achei. Eu a olhei bem no olho... Era só o que ela tinha, um grande olho quadrado." Depois de vários trocadilhos sexuais e brincadeiras maliciosas, Elvis tem um acesso de realidade: "Se isso sair em um disco, estou morto, tenho certeza!" Mais alguns trocadilhos fazem a plateia rir antes do início da rendição. Esta versão não é tão sólida quanto as mais conhecidas, mas a guitarra de James Burton trabalha e soa magnificamente.
- 8. Memories: "Senhoras e senhores, gostaria de cantar uma música que apresentei no programa de TV recentemente." Enquanto canta, Elvis tem sua atenção chamada por uma senhora na plateia. Após trocar algumas palavras, ele a reconhece: "Sra. Tippler, não é mesmo? Explodiu minha cabeça!" Era ninguém menos que a esposa de seu patrão na Crown Electric Company, onde trabalhou antes da fama. Ela diz que é seu aniversário e Elvis responde: "Feliz aniversário, Sra. Tippler!" Mas o cantor não conversa apenas com ela durante a rendição, estendendo a cortesia a vários fãs e transformando esta em uma versão descartável.
- 9. Mystery Train / Tiger Man: "Uma das minhas primeiras gravações, senhoras e senhores, foi péssimo! Não... Quando comecei, tinha três peças... Três instrumentos. A outra é uma história diferente, conto outra hora. Tinha uma guitarra, um baixo e um violão, e muita estrada para cobrir. Gravamos uns cinco discos antes de alguém realmente nos reconhecer. Um deles era este." O tempo aqui é um pouco mais rápido do que de costume, o que é bem-vindo. O mix não ajuda muito na experiência, mas o baixo proeminente é um algo a mais.
- 10. Monologue: "Eu gostaria de falar com vocês um pouco, senhoras e senhores, sobre como entrei neste negócio e quando, e como as coisas aconteceram pelo meu ponto de vista, porque ela foi contada por muita gente e não pelo meu lado." Entre brincadeiras com fãs, beijos e problemas vocais, Elvis apresenta formalmente o casal Tippler e conta como chegou ao Sun Studio, como o sucesso veio de repente, suas participações no The Ed Sullivan Show e no The Steve Allen Show (adicionando que "o cão estava no cio!") , os filmes (citando "Love Me Tender", "Loving You", "Jailhouse Rock", "King Creole", "G. I. Blues", "Blue Hawaii", "Girls! Girls! Girls!" e "Viva Las Vegas" - o qual recebe aplausos) e como foi para o exército ("fui convocado, bolinado e mal pago"). No fim do monólogo, ele fala que sentia muita falta dos palcos e por isso voltou a se apresentar.
- 11. Baby What You Want Me to Do: Elvis senta em seu banquinho e pega sua guitarra para iniciar uma pequena sessão acústica. O solo de James Burton aqui não é tão expressivo quanto em outros lançamentos, mas o baixo de Jerry Scheff brilha.
- 12. Runaway: Elvis murmura a melodia de "Surrender" para a surpresa da plateia. "Não sei por que estou fazendo isso." Apesar de ser uma boa versão, os backing vocals quase afogam a voz de Elvis por vezes, fazendo a versão soar estranha.
- 13. Are You Lonesome Tonight: A última música da sessão acústica é bem rendida, mas o backing vocal de Cissy Houston soa muito proeminente no mix.
- 14. Yesterday / Hey Jude: O medley dos Beatles se beneficia com o mix estranho, pois o baixo de Jerry Scheff faz com que a música, especialmente durante "Hey Jude" soe bastante diferente e em estilo funk. Elvis se distrai com suas fãs, mas faz uma finalização fantástica.
- 15. Introductions: Ao iniciar as apresentações dos membros de sua banda, o comentário de uma fã faz Elvis responder: "Querida, você e eu vamos nos encrencar antes do fim da noite!" Após um beijo, ela joga a chave de seu quarto no palco e o cantor ri copiosamente antes de tentar continuar: "Eu gostaria de... Ir embora, é o que eu queria. Já estou com a chave!" Em seguida, o cantor apresenta The Sweet Inspirations, The Imperials, James Burton, John Wilkinson, Ronnie Tutt, Jerry Scheff, Larry Muhoverac, Charlie Hodge, Bobby Morris e sua orquestra.
- 16. In the Ghetto: "Gostaria de cantar uma música que se saiu muito bem recentemente." Uma das melhores versões de 1969, é extremamente bem recebida pela plateia. A orquestra e o piano proeminentes contrastam perfeitamente com o baixo sutil e a voz de Elvis.
- 17. Suspicious Minds: "Uma nova música que acabei de gravar e deve sair em uma ou duas semanas. Espero que goste, se chama 'Suspicious Minds'." Há um pouco de distorção no áudio e a voz de Elvis falha às vezes, mas ainda assim é uma versão que mostra o tamanho da admiração do cantor por esta música em 1969. O mix aqui é perfeito e a bateria de Ronnie Tutt é simplesmente de arrasar.
- 18. What'd I Say: Antes do início da rendição, é possível ouvir o marido da mulher que jogou a chave de seu quarto no palco pedindo para que Elvis a devolva. O cantor o atende. Esta versão é um pouco corrida, com Elvis cantando pouco e se dedicando às fãs. Isso felizmente nos deixa ouvir uma versão instrumental muito gostosa.
- 19. Can't Help Falling in Love: Soando bastante cansado, Elvis se despede da plateia e faz uma versão espetacular de seu hit de 1961.
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