Formato:
CD duplo
Número de faixas:
46
Duração:
128:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2019
Gravação:
3, 4 e 7 de outubro de 1974
Lançamento:
30 de janeiro de 2019
Singles:
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St. Paul to Wichita - October '74 é o centésimo septuagésimo nono CD da FTD. Ele traz o show parcial de 3 de outubro de 1974 em St. Paul, Minnesota, e a apresentação completa do dia 7 do mesmo mês e ano em Wichita, Kansas, além de trechos do concerto do dia 4 em Detroit, Michigan.
Embora Elvis tenha realizado alguns shows memoráveis no início de 1974, a turnê de setembro / outubro daquele ano não foi uma das melhores, com destaques esparsamente espalhados pelos concertos. A famosa apresentação em College Park foi durante esta turnê, mas em 3 de outubro ficou claro que Elvis estava acordado e se divertindo.
A temporada de verão de 1974 de Elvis em Las Vegas, uma montanha-russa de performances emocionais, terminou com o infame "Desert Storm". Apenas 3 semanas depois, Elvis estava de volta à sua quarta turnê no ano e o início foi sem dúvida um dos pontos baixos da sua carreira. Seu show de abertura em College Park (27 de setembro) é frequentemente considerado a pior apresentação dele de todos os tempos!
Felizmente Elvis pareceu se recompor e alguns dias depois voltou ao seu humor travesso de sempre, rindo e provocando a multidão. O show de Elvis em South Bend no dia 1 de outubro (lançado pela FTD em 2003 como "Dragonheart") foi melhor do que o esperado, embora fosse notável que Elvis lutasse um pouco, já que sua voz ainda oscilava às vezes.
Este lançamento da FTD se foca na mesma turnê, que aconteceu de 27 de setembro a 9 de outubro de 1974. Com "Dragonheart" e as duas apresentações de Dayton em 6 de outubro que foram largamente vendidas em bootlegs, temos agora um panorama mais satisfatório dos shows do período. E o melhor: Com dois soundboards inéditos de excelente qualidade de som.
O livreto que acompanha o CD infelizmente não contém muitas informações e fotos, o que é uma verdadeira pena, uma vez que as fotos da capa e contracapa foram maravilhosamente trabalhadas e colorizadas. Ao contrário do que afirma a contracapa, o show do CD 1 não é o do dia 2 na mesma cidade, e sim o do dia 3, tendo sido erradamente datado quando de sua gravação.
Abaixo segue nossa resenha deste trabalho.
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CD 1 - ST. PAUL, MINNESOTA, 3 DE OUTUBRO DE 1974
- 1. See See Rider: Abrindo imediatamente com a música de entrada desde 1971 e com som excelente, além de metais fortes e percussão compacta, esta é uma boa versão e Elvis realmente ataca a música. Este é um Rei do Rock diferente daquele sedado em College Park alguns dias antes. É possível ouvi-lo reclamar da altura do pedestal do microfone durante a rendição: "Estão pensando que sou um anão?!"
- 2. I Got a Woman / Amen: A rotina do "well, well, well..." se inicia com Elvis fazendo notas de baixo e JD Sumner respondendo com alguns sons de ronco. A performance de Elvis é cheia de energia, trabalhando bem com Ronnie Tutt e a banda. Ele novamente reclama do microfone, perguntando quem o deixou daquele jeito. Depois de "Amen", JD executa seus famosos dive bombs e consegue soar como um pouso de avião que estremece os alto-falantes.
- 3. Love Me: "Muito obrigado. Boa noite! Meu nome é Wayne Newton. Espero que vocês se divirtam hoje." Uma versão de rotina, mas com uma grande participação do público nos dando a sensação de estar entre as mais de 17 mil pessoas.
- 4. Blue Suede Shoes: Assim que a música começa, Elvis a interrompe: "Esperem um minuto. Não consigo cantar com água na boca; não posso mesmo, eu tentei. Com biscoitos, sim, mas não com água.'' No entanto, uma vez iniciada, é uma versão padrão para 1974.
- 5. Until it's Time For You to Go: Uma música que Elvis raramente tocou depois de 1972, é uma surpresa (e a única versão conhecida apresentada nesta turnê). A rendição é mediana e com alguns trocadilhos improvisados, mas apresenta um bom vocal de Kathy Westmoreland no final.
- 6. Big Boss Man: Esta é uma ótima versão com uma excelente mixagem de áudio. Elvis realmente se aprofunda na música, sendo uma das melhores versões em soundboard que temos.
- 7. Fever: No início, Elvis também comenta: '''Steamroller'?. Ok, cantarei mais tarde." Infelizmente, se ele a cantou naquele dia, a fita termina antes de começarmos a ouvi-la. Antes de cantar, Elvis ainda observa: "É um palco alto! Isso é o que faço no final, eu apenas mergulho naqueles arbustos." Após a introdução estendida, a rendição tem trocadilhos engraçadas, mas Elvis está apenas trabalhando a multidão - e pelos aplausos depois, obviamente, isso foi bem apreciado.
- 8. If You Love Me (Let Me Know): Não é a favorita de todos na plateia, mas é uma versão muito boa, de fato, com áudio excelente e boa interação com a banda.
- 9. Love Me Tender: "Meu primeiro filme foi 'Love Me Tender', então gostaria de cantar um pouquinho dela para vocês." A rendição é passável, uma vez que, como de costume, nessa parte das apresentações Elvis está concentrado em distribuir o maior número de lenços e beijos possível.
- 10. Hound Dog: A versão é surpreendentemente boa, com Elvis soando realmente mais atento à música e uma ótima guitarra de James Burton.
- 11. Introductions - Including Lawdy Miss Clawdy: As apresentações já estavam ficando mais longas em outubro de 1974, com quase nove minutos. Elvis apresenta o grupo Voice, brinca que as Sweet Inspirations são "ótimas, ocasionalmente", e que elas "têm um complexo de serem chamadas de Crew Cuts". Todos os Stamps têm uma introdução individual. James Burton faz um solo funky, seguido por Ronnie Tutt e Duke Bardwell. O solo de Glen Hardin nessa turnê era "Lawdy Miss Clawdy", acompanhada de banda e orquestra. Elvis a estende por dois refrães completos. Na sequência, Charlie Hodge, Kathy Westmoreland, John Wilkinson, Joe Guercio e sua orquestra são apresentados.
- 12. All Shook Up: É simplesmente uma versão descartável.
- 13. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Da mesma forma, a música é uma versão tradicional que agrada as multidões enquanto Elvis distribui beijos e lenços.
- 14. The Wonder of You: Nunca tocada em 1973 e não regular no setlist em 1974, é uma rendição muito boa por apresentar uma introdução mais longa e apesar de Elvis confundir as letras no segundo verso. É definitivamente um destaque, mesmo não tendo o poder das versões de 1970.
- 15. Why Me Lord: Embora apreciemos as versões sérias desta canção, é fato que as brincadeiras entre Elvis e JD são bem vindas. Após recitar a estrofe "Oh, Senhor, Tu achas que há uma maneira de eu retribuir tudo que estou recebendo de Ti?", Elvis dispara: "De jeito nenhum! Com toda essa bebida que você bebe, você está brincando?!" Nesse ponto, todos caem na gargalhada. "Senhor, ajude-o, Jesus!", Elvis então canta no refrão. É uma das melhores versões engraçadas.
- 16. Heartbreak Hotel: Versão descartável, salva por um belo trabalho de piano e um ótimo solo de guitarra.
- 17. Let Me Be There: Nova no setlist desde janeiro de 1974, é novamente uma excelente escolha de Elvis. A mixagem geral e a excelente qualidade de áudio ajudam a adicionar potência. A multidão grita em agradecimento e Elvis dá uma bela reprise.
- 18. Hawaiian Wedding Song: "Quantos aqui gostam de 'Killing Me Softly'? Eu também gosto, mas não vou cantar essa coisa maldita!" Na verdade, o novo grupo vocal de Elvis, Voice, executou a música em um grande número de concertos no início do ano, mas não há indicação de que o fizeram neste.
"Quantos viram 'Blue Hawaii'? Ótimo. Provavelmente uma das músicas mais pedidas dele é'Hawaiian Wedding Song'." Elvis apresenta uma versão verdadeiramente adorável com uma deliciosa interação com Kathy Westmoreland. No fim, Elvis discute o significado da última frase em havaiano: "Eles acham que é algo bom, mas é muito ruim. Vou dizer a eles o que significa um dia!"
- 19. An American Trilogy: Após uma breve introdução, Elvis interrompe: "Que tal 'Old Shep'? Querem ouvir 'Old Shep'?" A plateia responde animada, e o cantor retruca: "Vocês nunca vão ouvir isso!" O que se segue é uma boa versão, exceto pela interrupção precoce de Elvis. A mixagem captura bem o padrão militar de bateria de Ronnie Tutt e o Rei do Rock realmente entra na seção do 'Glory Glory, Hallelujah', com os Stamps adicionando força extra ao final. "Que bom que vocês gostaram", observa Elvis, recebendo muitos aplausos.
- 20. Johnny B. Goode: Bem conduzida pela guitarra de James Burton, é uma versão muito boa e bastante ajudada pelo excelente mix.
- 21. You Gave Me a Mountain: Uma versão bastante sóbria, é também bem conduzida por Elvis e pela orquestra.
Infelizmente, a fita acaba aqui. Pela duração da apresentação, que neste momento passava de uma hora, pode-se crer que o cantor interpretou mais uma ou duas músicas - uma delas talvez tenha sido "Steamroller Blues" - antes de fechar com "Can't Help Falling in Love" e o "Closing Vamp".
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CD 2 - WICHITA, KANSAS, 7 DE OUTUBRO DE 1974
- 1. See See Rider (Late Start): Desde a apresentação de Elvis em St Paul, passaram-se um concerto em Detroit, dois em Indianápolis, e os dois conhecidos concertos de Dayton, Ohio, antes de voar para Wichita, há bem mais de 1.500 milhas de lá. O CD começa na meio da abertura, e a qualidade do áudio é boa e Elvis também soa bem, se não tão nítido quanto em St. Paul. Após a rendição, ele brinca: "Vou levar cerca de dez minutos para acordar, mas estarei com vocês em um minuto."
- 2. I Got a Woman / Amen: Mais uma vez, os dive bombs de JD roubam o final desta versão bastante decente, apresentando um bom toque de guitarra de James Burton também. À semelhança de St. Paul, Elvis apresenta-se como Wayne Newton e nota que está usando uma nova jumpsuit - a Tiger Suit. Ele observa: ''Espero que esta roupa não rasgue em pedaços. É nova, vocês sabem. Um tigre novo. Posso precisar dele mais tarde."
- 3. Love Me: Descartável, como sempre, com Elvis se dedicando às fãs.
- 4. Blue Suede Shoes: Boa, mas infelizmente é muito rápida e sem substância.
- 5. The Wonder of You: No entanto, esta é uma versão fantástica, apesar da falta de introdução, com Elvis colocando mais força em seu vocal do que no show anterior. Isso certamente faz com que a multidão aplauda mais efusivamente.
- 6. Big Boss Man: A versão é muito boa e bastante auxiliada pelo volume da banda e da guitarra de James Burton. Charlie Hodge está cantando junto como de costume, mas isso não parece agradar a Elvis que faz um trocadilho com a letra dizendo que "você pode jogar uma dinamite, mas isso não fará Charlie parar".
- 7. Fever: Com Elvis se dedicando aos beijos e lenços para a plateia, esta se torna uma versão descartável com muitos trocadilhos e bagunça total.
- 8. If You Love Me (Let Me Know): É incrível como Elvis consegue mudar o tom da apresentação de um segundo para o outro. Ao contrário da música anterior, esta é uma versão soberba, cheia de entusiasmo e canto alegre.
- 9. Love Me Tender: "Cheguei à cidade hoje à tarde e adivinhem o que estava na televisão? 'Love Me Tender'. Eu disse, 'Oh não! Não, não, não sou eu, não sou eu!', mas era. Então gostaria de cantar algo para vocês." Após a introdução claramente sinalizando que estava cansado da música, o que se segue é uma versão pobre com mais beijos e lenços para fãs.
- 10. Hound Dog: Da mesma forma, é muito mediana e apressada.
- 11. Introductions - Including Lawdy Miss Clawdy: Como no show em St. Paul, Elvis apresenta seus músicos com alguns solos e incluindo uma versão de "Lawdy Miss Clawdy" com Glen Hardin.
- 12. All Shook Up: É simplesmente muito rápida - 40 segundos! - e bagunçada para gerar alguma opinião.
- 13. Teddy Bear / Don't Be Cruel: Outra descartável da noite, com Elvis reclamando de um feedback, apesar de ser melhor interpretada que as anteriores.
- 14. Why Me Lord: Ao contrário da versão extrovertida de St. Paul, esta é séria e Elvis canta sem brincadeiras, com uma reprise legal também.
- 15. Let Me Be There: Outra com reprise no final, é uma das únicas magnificamente bem interpretadas nesta noite. Elvis realmente dá o seu melhor quando o repertório é de seu gosto.
-16. When it's My Time: Neste ponto, Elvis usa de sua ameaça de ressuscitar Mario Lanza e pede a Bill Baize para cantar enquanto ele descansa e assiste. Embora as partes iniciais transmitam um bom sentimento Gospel, o final da música sempre soa como um gato sendo estrangulado - e Elvis até faz com que ele repita essa parte! Talvez seu microfone fosse muito sensível, mas dá calafrios de tão fora do tom. Em qualquer caso, Elvis obviamente adorou - e promete a Bill Baize um cheque mais tarde.
- 17. Johnny B. Goode: Depois de sofrerem um pouco, nossos ouvidos dão graças a Deus por uma versão muito boa do clássico de Chuck Berry.
- 18. Heartbreak Hotel: Uma rendição aos moldes da de St. Paul.
- 19. Hawaiian Wedding Song: Elvis novamente pergunta à plateia quem assistira "Blue Hawaii" e anuncia que vai interpretar a música mais pedida dele. A versão é encantadora e ternamente cantada.
- 20. Polk Salad Annie: ''Ok... O que fazemos agora? Certo, vamos de 'Polk Salad'." Uma música que nem sempre está no setlist de Elvis nesta turnê, esta versão é executada com uma forte sonoridade que, infelizmente, diminui um pouco no decorrer de seus 3 minutos. No entanto, ela com certeza satisfaz a multidão.
- 21, Can't Help Falling in Love: "Obrigado, senhoras e senhores. Vocês são uma plateia fantástica. Nós os amamos, boa noite!" Sem tempo a perder, Elvis pede o início da última música da noite e se dirige à banda: "Vamos cair fora daqui!"
- 22. Closing Vamp: A habitual fanfarra de encerramento é acompanhada de gritos histéricos das fãs.
BÔNUS
- 23. It's Midnight: As últimas três faixas do CD 2 são bônus de 4 de outubro de 1974 em Detroit, Michigan.
"Esta é uma nova música que lançaremos, senhoras e senhores. Sai esta semana, em algum momento. Espero que gostem, chama-se 'It's Midnight'." O áudio do soundboard de Detroit é mais ecoado e fraco, mas ainda está ótimo. Elvis vinha cantando sua nova música desde a temporada de verão de Las Vegas, mas ela tinha acabado de ser lançada como seu novo single em 1º de outubro - ele se engana ao dizer que ainda seria lançada. É muito bem cantada, mas nem de longe sua melhor versão.
- 24. Steamroller Blues: É uma adição muito boa, afinal tinha nos prometido no CD 1, mas não tão forte quanto a versão espontânea de South Bend em 1º de outubro.
- 25. Funny How Time Slips Away: "Obrigado. Eu gostaria de acender as luzes da casa para poder dar uma olhada em vocês, porque vocês nos viram, e... É o Astrodome de novo!" Elvis havia passado pelo Astrodome de Houston em março de 1974 e atraído 44 mil fãs, por isso sua comparação com Wichita e seus 10 mil espectadores soa um pouco sarcástica - mas ele ainda seria realmente surpreendido pelos 60.500 no Astrodome de Pontiac em 31 de dezembro de 1975. Uma raridade nesta turnê, e nunca tocada durante sua temporada de verão em Las Vegas, té bem interpretada. O Rei do Rock aproveita para inserir uma linha de "Folsom Prison Blues" no final.
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