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Elvis e policiais de College Park, Maryland; 28 de setembro de 1974 |
Do começo humilde em 1954, fazendo sucesso apenas em algumas cidades do sul dos EUA, ao retorno à mídia depois de servir o exército por dois anos na Alemanha e à volta aos palcos em definitivo em 1969 em Las Vegas, até seu derradeiro destino em 1977, Elvis Aaron Presley teve 23 anos de trabalho ininterrupto, passou por centenas de cidades e fez 1794 shows lotados.
Mas nem sempre as coisas foram tão boas. Desde que ganhou notoriedade, Elvis foi vítima de calúnias, difamações, fofocas, tentativas de extorsão, ameaças de morte e todo tipo de fofocas. O cantor lidava bem com esse pequeno incômodo por ser uma estrela, porém, com o fim de seu relacionamento e todo o processo de aceitação antes, durante e após o seu divórcio em 9 de outubro de 1973, nem sempre era possível vê-lo não se importar com alguma fofoca sobre as circunstâncias de sua vida ou seu alegado uso de drogas.
Em 1974, Elvis saiu em turnê e surpreendeu inúmeras vezes com shows incríveis. Vários álbuns importados e da FTD cobriram o ano desde a turnê de março aos compromissos de Tahoe e Vegas, até a turnê de 27 de setembro a 9 de outubro e os últimos oito shows daquele ano, de 11 a 14 de outubro.
Durante a última temporada do ano em Vegas, teve início um ponto de inflexão que afetaria Elvis pelo resto de sua vida. Ele aparentemente planejara um revival parecido com o "That's the Way it is" de 1970, com uma setlist diferente para abrir seus shows a partir de 19 de agosto de 1974, misturando músicas do repertório de 1972, algumas canções de álbuns atuais que ele nunca havia cantado antes e suas preferidas pessoais. Isso incluiu abrir com "Big Boss Man" e cantar "Down in the Alley" e "Good Time Charlie Got the Blues".
A maioria dos fãs presumiu que a multidão de Vegas não gostou das mudanças, pois Elvis voltaria ao seu setlist habitual, abrindo com "See See Rider" e com "I Got A Woman / Amen" na sequência, já no dia seguinte.
Em retrospectiva, mesmo que as mudanças tivessem sido aceitas, Elvis ainda tinha seus problemas pessoais e o abuso de remédios, e seu comportamento já estava se tornando errático. A temporada em Las Vegas foi um sucesso, mas o cantor foi afetado por muita agressividade próximo ao fim dela.
Em 2 de setembro de 1974, Elvis apresentou seu último show naquela temporada e as canções foram executadas adequadamente, mas os pontos chave foram os estranhos diálogos desconexos sobre diferentes assuntos que incluíam karatê, Bill Cosby, Priscilla e Mike Stone, Sheila Ryan, sua biópsia de fígado e seus anéis de diamante. O diálogo sobre drogas mais infame de todos os tempos se deu naquele dia, uma das poucas vezes em que o Rei do Rock negou abertamente fazer uso de drogas e fez um discurso inflamado contra as "revistas de cinema".
O show conhecido pelos fãs como "Desert Storm" já seria prova suficiente de que ele precisava de ajuda, mas o cantor iniciaria outra turnê em três semanas e ninguém sabia o que poderia acontecer ou se o estresse e o abuso de remédios finalmente o levariam ao seu limite.
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Elvis com a rara jumpsuit Turquoise Phoenix; 20 de agosto de 1974 MS |
27 de setembro de 1974 foi a noite de abertura de sua turnê de outono, e ela começou em College Park, Maryland. Ele faria dois shows em duas noites diferentes e, durante anos, houve rumores de que ambos os shows foram os piores que Elvis já havia feito até aquele momento.
Stein Eric Skar, de "Elvis: The Concert Years", relatou Elvis chegando ao estacionamento do College e simplesmente caindo do carro: "Deitado no chão, ele recusou a ajuda de qualquer um, e dali em diante lutou para chegar ao palco."
Este concerto pode ser ouvido na íntegra hoje graças à Straight Arrow.
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Formato:
CD
Número de faixas:
25
Duração:
76:00
Tipo de álbum:
Concerto
Concerto
Vinculado a:
Discografia extra-oficial
Ano:
2006
Gravação:
27 de setembro de 1974
Lançamento:
2006
Singles:
---
Chaos in College Park é um CD da Straight Arrow lançado em 2006. Ele traz o infame show completo de 27 de setembro de 1974 em College Park, Maryland, no qual fontes afirmaram por anos que Elvis estava totalmente fora de si.
Abaixo segue resenha da apresentação.
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- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra anuncia o início do show e a plateia entra em êxtase.
- 2. See See Rider: De acordo com Geoff the Boss no folheto interno do CD, "Elvis estava visivelmente lutando quando entrou no palco... Desde o início, os músicos perceberam que algo estava errado. Os vocais eram fracos e sem brilho, e faltava foco e força em sua voz." O cantor realmente soa desafinado por vezes e essa não é nem de perto uma boa versão do clássico, uma vez que a banda perdeu completamente o tempo no final, mas o público aplaudiu ruidosamente. Há um cansaço na voz do Rei do Rock, mas certamente não parece de todo ruim.
- 3. I Got a Woman / Amen: O crítico Larry Rohter, do Washington Post, observou que a Cole Field House tinha "uma acústica horrenda" e que talvez uma pequena maioria das pessoas nem sequer ouviu Elvis durante a abertura. Elvis, demonstrando não estar tão no mundo da lua quanto parecia, percebe isso e pergunta à plateia se a banda está muito alta no palco; com um retumbante sim como resposta, ele pede a seu engenheiro de som que diminua o volume da banda e backing vocals e aumente o de seu microfone.
Depois de interagir com fãs e implorar que lhe dessem a chance de cantar, a rendição inicia. A voz de Elvis realmente soa fraca aqui e a banda não está coesa em várias partes, mas eles chegam até o fim com bom resultado. Depois de fazer sua rotina do "striptease", recebida com estranheza pela plateia, ele pede a JD que execute seu famoso dive bomb. O cantor parece perder a noção do tempo enquanto conversa com seus fãs, e só retorna à música e sua finalização quase dois minutos depois. Do início ao fim, a rendição é tão longa que chega a superar as de 1977: 9 minutos e 40 segundos.
- 4. Love Me: "Boa noite, senhoras e senhores, meu nome é Wayne Newton!" Esta era uma música que Elvis sempre usava para dar abraços, beijos e lenços para seus fãs, sendo bastante descartável, mas mesmo assim o cantor soa desconcentrado e com a voz fraca. Talvez o estresse e o cansaço realmente o estivessem afetando.
- 5. If You Love Me (Let Me Know): Esta talvez seja a primeira música em que Elvis realmente se foca, apesar da voz facilmente afogada pelos backing vocals.
- 6. It's Midnight: "Esta é uma música que acabamos de gravar, espero que gostem." Parece haver uma melhora significativa na voz e na performance de Elvis aqui. Os backing vocals voltam a ficar abaixo do cantor e apesar de um pequeno arrasto em sua voz, o Rei do Rock parece estar acordando para o show.
- 7. Big Boss Man: Uma fã pede 'Jailhouse Rock' e Elvis parece se irritar: "Querida, não sei a letra de 'Jailhouse Rock', foi há muito tempo! Não... Cantaremos 'Johnny B. Goode', 'Love Me Tender', o que quer que seja, mas não faremos 'Jailhouse Rock'. Nós nem sabemos ela porque nunca a ensaiamos!" A voz de Elvis novamente volta a faltar e ele parece nem estar cantando durante os refrães, mas a versão é boa.
- 8. Fever: Uma fã tenta pegar o anel de Elvis e ele retruca: "Não, querida, não posso dar a você, é o último que tenho, fique calma!" Enquanto a banda toca o início da música, o cantor continua a falar com fãs e faz pontuações um tanto sem sentido: "Não, querida, não posso lhe beijar usando essa calça, eles vão me colocar na cadeia!" Em seguida, ele conta sobre o band-aid em sua mão: "Para quem viu o band-aid em minha mão, eu estava me apresentando em Las Vegas, apertando as mãos das pessoas, e uma garota me arranhou feio. Ela não fez por querer, apenas tentou me alcançar, mas tinha unhas feito navalhas. Então infeccionou, e eu tenho 18 médicos e eles não conseguem fazer nada. Tentei cobrir, tem um buraco enorme."
Quando a música finalmente começa, após 2 minutos de introdução, a versão é descartável como de costume. Elvis faz tantos trocadilhos e insere tantos cacos na letra que acaba perdendo o passo por diversas vezes.
- 9. Love Me Tender: Depois de conversar com a plateia sobre os filmes que fez "em ordem" (mas citando todos fora de ordem, inserindo um "Return to Sender" antes de "King Creole", chamando "Wild in the Country" de "Wild Wide Country" e "Follow That Dream" de "Lost That Dream"), Elvis entra na rendição. As fãs gritam desesperadas enquanto ele se aproxima delas. Ele realmente perde o tempo e a letra próximo ao final estranho com notas altas fora de tom.
-10. Hound Dog: "Quem colocou essa corda aqui? É para que eu me enforque? Meu próprio grupo faz coisas para que eu me enforque!" Elvis ameaça iniciar a música diversas vezes para testar sua banda e ri todas as vezes que eles erram. Quando a versão realmente sai, ela tem meros 80 segundos e é descartável.
- 11. Bridge Over Troubled Water: Nesse ponto, já não é mais possível saber o que esperar de Elvis. Sua rendição é ótima até a metade da música, mas a partir do momento em que ele pede para a banda desacelerar, o tempo correto é perdido para sempre.
- 12. Polk Salad Annie: Elvis tenta fazer o máximo que pode com a música, mas ela soa quase exatamente como as versões de 1977, com o ar faltando a ele em várias partes e uma finalização não tão espetacular.
- 13. Introductions: Elvis apresenta "o grupo que eu chamo de Voice" e depois adiciona: "Eu os chamo de várias coisas, mas não posso dizer na frente das crianças." Ao ouvir aplausos efusivos após introduzir as Sweet Inspirations, ele comenta: "Não, não! Elas não são tão boas. Não aplaudam tanto, elas vão querer um maldito aumento!" Após pedir para o comediante Jackie Kahane se levantar para que todos o vejam, Elvis dispara: "Ele não é engraçado, mas dá para matar o tempo." Ao apresentar JD Sumner e o The Stamps Quartet, o cantor tem problemas para lembrar os nomes dos integrantes. Kathy Westmoreland também recebe muitos aplausos, ao que Elvis responde: "Ela não é tão boa assim."
- 14. Lead Guitar Solo: James Burton faz uma pequena improvisação. Elvis apenas apresenta John Wilkinson.
- 15. Drum Solo: Ronnie Tutt demonstra sua técnica.
- 16. Bass Solo: Por incrível que pareça, Elvis não faz nenhum comentário negativo sobre Duke, como era de costume, e o deixa fazer seu solo.
- 17. Piano Solo: Antes do solo de Glen Hardin, Elvis resolve contar uma história: "Vou lhes contar sobre ele. Esse cara pode beber muito, e mesmo assim no outro dia ele está sóbrio, sem ressaca nem nada. Posso pedir a ele que faça um arranjo para uma orquestra de dezessete peças e no outro dia ele entregará!" A seguir, Joe Guercio e a Joe Guercio Orchestra são apresentados.
- 18. Killing Me Softly: Elvis convida o grupo Voice para interpretar a música que havia sido o maior sucesso de Roberta Flack em 1973. Além de promover o grupo que o cantor tinha montado e agenciava indiretamente, essa seção do show passou a ser comum de 1974 em diante e servia para que ele recuperasse o fôlego.
- 19. Why Me Lord: "Eu gostaria de pedir a JD e os Stamps para cantarem uma das minhas músicas preferidas." Há um silêncio de adoração enquanto a voz poderosa de JD ecoa pelo local. Elvis parece mais atento aqui, cantando bem e podendo ser ouvido sobre os instrumentos e backing vocals. Ele brinca durante os solos de JD para tentar fazê-lo rir e consegue por vezes, mas não o atrapalha muito.
- 20. All Shook Up: Talvez a versão mais rápida de todas, dura 50 segundos e faz parecer que tanto a orquestra, a banda e os backing vocals estão lutando para acompanhar o ritmo. Elvis consegue se manter junto a eles e é visível a diferença de seu comportamento e disposição daqui para a frente, embora o show já esteja em sua reta final.
- 21. Teddy Bear / Don''t Be Cruel: A voz de Elvis está boa, mas, como de costume, essa é uma versão descartável, apenas usada para que ele possa distribuir mais lenços e beijos.
- 22. Hawaiian Wedding Song: Depois de conversar um pouco com os fãs, Elvis diz: "Quero fazer algo diferente nessa parte do show." Ele faz uma versão mediana da música de encerramento do filme "Blue Hawaii", de 1961, e a plateia parece não se entusiasmar tanto com isso. Os gritos por beijos e lenços são bem presentes durante a rendição.
- 23. How Great Thou Art: "Desculpem, senhoras e senhores, tenho que lhes dizer uma coisa. Nosso tempo no palco acabou. Desculpem, mas é a regra." Fãs em desespero pedem todas as músicas possíveis, mas Elvis tem outra ideia: "Gostaria de cantar uma música que... É uma música Gospel e é realmente a única que cabe no tempo que temos." A rendição é básica, com os ares das melhores de 1974, mas com Elvis menos presente nos vocais. Quando ele tenta notas muito altas, sua voz desafina imediatamente.
- 24. Can't Help Falling in Love: "Vou lhes dizer. Se todas as plateias fossem como vocês, eu cantaria até expelir minhas entranhas!" A música que encerra o show é mais uma oportunidade para os fãs receberem beijos e lenços. Mesmo sabendo que sua voz estava um pouco prejudicada, Elvis tenta fazer notas altas e diferentes, o que acaba ficando um pouco estranho.
- 25. Closing Vamp: A fanfarra anuncia o fim do show e os fãs enlouquecem. Há uma gritaria generalizada e ensurdecedora enquanto Elvis tenta atender a plateia pela última vez. Ele fica dois minutos e meio no palco, um tempo recorde para seus encerramentos. No fim, Ed Enoch faz o anúncio padrão: "Senhoras e senhores, Elvis já deixou o recinto."
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Elvis e Felton Jarvis no Mid-South Coliseum de Memphis; 16 de março de 1974 |
Certamente, a apresentação de 27 de setembro de 1974 em College Park não foi a melhor de todas, mas está longe de ser "a pior tragédia de Elvis" que foi narrada por anos. Em análise simples, infelizmente há shows de 1976 e 1977 muito piores.
Porém, essa apresentação, assim como as de 2 de setembro, mostrou que Elvis já havia começado a transitar pelo espiral de abuso de remédios dos anos seguintes. Seus acessos de raiva, os discursos sem alvo, a irritação com fãs e problemas técnicos no palco, eram indícios claros de sua grave depressão e de sua dependência química. Claro, as imposições do Coronel e da RCA pela manutenção das mesmas músicas cansativas no repertório dos shows e por novo material de estúdio ajudavam bastante a deixá-lo em um estado que somente ele poderia saber como era.
O caos na mente e no comportamento de Elvis continuou na noite seguinte, no segundo e último show de sua carreira em College Park. Quem quer que esteja procurando por provas de que suas negações quanto ao abuso de remédios eram vazias, não precisa ir além do show de 28 de setembro de 1974, possivelmente o ponto mais baixo daquele período.
Tão fora de foco quanto o pior concerto de 1977 - mas com o problema adicional de uma língua ácida surgindo em seu humor - este longo concerto de 80 minutos prova o velho ditado de que maior não é necessariamente melhor.
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Formato:
CD duplo
Número de faixas:
41
Duração:
97:00
Tipo de álbum:
Concerto
Concerto
Vinculado a:
Discografia extra-oficial
Ano:
2013
Gravação:
28 de setembro de 1974
Lançamento:
2013
Singles:
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Elvis as Recorded Live in College Park é um CD da Elvis Concert Fan lançado em 2013. Ele traz o show completo de 28 de setembro de 1974 em College Park, Maryland, um dia após o infame concerto conhecido como "Chaos in College Park".
Abaixo segue resenha da apresentação.
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CD 1
- 1. See See Rider: Como de costume em soundboards da época, "Also Sprach Zarathustra" não foi registrada. A apresentação já começa com Elvis no palco. A voz do cantor parece estar nas mesmas condições do dia anterior, exibindo um arrasto mais notável no padrão de fala. O Rei do Rock até tenta fazer algumas firulas vocais durante a rendição, mas é óbvio que ele tem dificuldades para acompanhar o ritmo e não sair do tom.
- 2. Dialogue: A parte sem sentido da noite começa logo no início do show: "Muito obrigado, senhoras e senhores. Obrigado. Vocês são uma plateia fantástica, posso dizer desde já. Obrigado. Eu toquei para várias gentes... Várias pessoas, várias plateias, seja o que for." Depois de pedir para "a voz de Deus" (JD Sumner) dizer à plateia o quanto ele os aprecia, o cantor passa a discutir com uma fã que grita por sua atenção: "Querida, querida, querida, querida... Oh, querida! Querida, se você me der UMA chance, vou andar por tudo. Vou me virar completamente de costas... Vou me virar e irei até cada seção dessa grande mer... Dessa grande, grande, grande arena."
Quando parece que Elvis vai retornar ao show e dá início à rotina do "well, well, well...", ele novamente pára para se dirigir ao público: "Sabem, eu amo o que faço. Eu amo o show b'dness... B'dness, business. Eu gosto. Muita gente vai lá e se arrasta pelo show, dizem 'ah, eu preciso trabalhar hoje...'. Eu não. Eu adoro, maldição!" O que quer que ele tenha querido dizer com aquilo passa desapercebido para todos.
- 3. I Got a Woman / Amen: Foram precisos cinco minutos de coisas sem sentido para que ele iniciasse a rendição, mas não antes de fazer algumas harmonias totalmente desconexas. A música em si é bem executada, mas com Elvis cantando baixo e quase fora do ritmo. JD executa seu famoso dive bomb e quase estoura as caixas de som, além de gerar um feedback que se tornaria o alvo das críticas do cantor.
- 4. Dialogue: "Que feedback é esse? Tenho os melhores engenheiros de som do mundo e é isso que recebo. O que é isso, Felton? Vou pegar seu rim de volta!" (referindo-se ao fato de ter pago o transplante de rim de seu produtor Felton Jarvis) "Boa noite. Vocês acham que sou Elvis Presley, mas sou Wayne Newton! Vocês vieram ao lugar errado." A plateia apenas se limita a continuar fazendo pedidos de músicas. "Vamos tentar cantar todas as músicas que pudermos para deixá-los felizes. Vamos tocar velhas, novas e de meia-idade. Vamos mesmo. Mas não vomitem pedidos para nós, vamos cantar todas. Vou ficar aproximadamente uma hora e vinte minutos no palco. Vou cantar até cair minha... Seja lá o que for."
- 5. Love Me: Entre abraços, beijos e lenços para seus fãs, a música é bastante descartável, como de costume.
- 6. If You Love Me (Let Me Know): Embora seja uma versão boa, é possível ouvir nitidamente o cansaço na voz de Elvis e os vocais de JD e Sherill Nielsen soam muito alto no mix.
- 7. It's Midnight: "Esta próxima música é uma nova que será lançada nas próximas semanas. Espero que gostem." Como na noite passada, parece que a voz e a performance de Elvis começaram a acordar. Tirando alguns cacos e observações durante a rendição, ela é a melhor no show até agora.
- 8. Big Boss Man: Elvis perde o tempo em algumas partes e o baixo de Duke Bardwell soa um tanto alto, mas a versão é boa.
- 9. Fever: "Essa é uma das músicas sexy, tenho que fazer direito. Espero não cair do palco, mas sei que vocês vão me segurar. Se eu cair, me levantem e me coloquem no lugar de sempre." Enquanto tenta acertar os passos da música, ele pede a suas pernas que "acordem e façam direito!" A versão é descartável como de costume.
- 10. Elvis Dialogue: "Deixem-me dizer algo. Vocês que viram o jornal da manhã ou da noite, seja o que for, eles fizeram uma crítica fantástica. Verdade, eles fizeram. Exceto que eles disseram que estava com uma barriga. Vou lhes dar a barriga. Eu usei um maldito colete à prova de balas no palco! Verdade. Caso um maluco pegasse uma 22 e tentasse arrancar meu umbigo. Essa é a verdade. Está aí a barriga dele. Filho da mãe!" A plateia grita e aplaude efusivamente. Entre um diálogo desconexo e o próximo, Elvis recebe presentes das fãs.
"Vocês podem saber ou não, mas eu pratico a arte do karatê." Elvis desenvolve uma explicação rápida sobre a ordem e cor das faixas, o que ninguém parece querer saber, e conta como quebrou o dedo em um treinamento. Sua atenção se volta completamente a algumas fãs e mais presentes nos próximos três minutos, até que uma o deixa irritado: "Querida, me deixe em paz ou vou sair do palco, voltar para meu quarto e brincar com o meu pé."
- 11. Love Me Tender: Depois de conversar com a plateia por seis minutos, Elvis entra na rendição. As fãs gritam desesperadas por um beijo, abraço ou lenço.
-12. Hound Dog: "Eu odeio essa, cara. Eu odeio essa, cara! Essa próxima música eu odeio com paixão!" Elvis faz firulas com a voz durante a rendição e trocadilhos para chamar alguém de "lixo branco".
- 13. Band Introductions: Elvis apresenta "os caras que iniciaram o show de hoje, mas não deveriam tê-lo feito", o grupo Voice; "As garotas que se apresentaram por segundo hoje e se acham ótimas", as Sweet Inspirations; "Os caras ali atrás, que é onde deveriam ficar", JD Sumner e o The Stamps Quartet; e Kathy Westmoreland.
- 14. Guitar Solo: James Burton faz uma pequena improvisação. Elvis não apresenta John Wilkinson.
- 15. Drum Solo: Ronnie Tutt demonstra sua técnica.
- 16. Bass Solo: Por incrível que pareça, Elvis incentiva Duke ao invés de criticá-lo, como era de costume.
- 17. Piano Solo: Glen Hardin improvisa e depois é instruído por Elvis a tocar o que quisesse mudando o ritmo.
- 18. Band Introductions: A seguir, Joe Guercio e a Joe Guercio Orchestra são apresentados.
- 19. Blue Christmas: "Deixem-me dizer algo, senhoras e senhores, antes de continuar. Eu carrego minha própria... [uma fã pede 'Blue Christmas'] 'Blue Christmas?' Vocês querem ouvi-la?" Deixando seu raciocínio inicial de lado, Elvis atende o pedido. Para uma improvisação, ela soa ótima e com certeza é a melhor rendição da noite.
- 20. All Shook Up: Mais uma das descartáveis, é executada como de costume entre beijos e lenços para fãs.
- 21. Teddy Bear / Don''t Be Cruel: A interação com a plateia segue em outra rendição descartável.
- 22. Tryin' to Get to You: "Vou lhes dizer o que vou tentar fazer. Vou tentar cantar uma música que foi uma das primeiras que gravei... [um fã pede 'Jailhouse Rock'] Filho, não sei 'Jailhouse Rock'. Bem, eu sei, mas nós nunca a ensaiamos, fizemos as outras... Meu band-aid está caindo, esperem um pouco." A rendição não se iguala a outras do período e tanto Elvis quanto a banda se perdem no final.
- 23. Dialogue: Elvis explica o que é o grupo Voice e os convida a cantar.
- 24. Killing Me Softly: Essa seção do show passou a ser comum de 1974 em diante e servia para que Elvis recuperasse o fôlego. A música dura apenas 40 segundos.
- 25. When it's My Time: Os Stamps são convidados ao centro das atenções. O esforço desafinado de Bill Baise no final - o qual Elvis pede que ele repita! - pelo menos prova que o cantor não era o único com problemas vocais naquela noite.
CD 2
- 26. Heartbreak Hotel: Elvis parece não se acertar com o tempo da música e esquece a letra. Não há muito do que reclamar, pois ela é apenas mais uma das descartáveis.
- 27. Let Me Be There: Uma versão mediana, mas que redime o cantor de todo o caos dos últimos 15 minutos.
- 28. How Great Thou Art: "Gostaria de cantar uma música Gospel que gravamos por volta de 1966,mas preciso contar uma historinha antes... [Uma fã pede 'Burning Love'] Querida, também não sei 'Burning Love'." Elvis elogia Ed Enoch e o classifica como o cara "que sabe interpretar essa como ninguém nesse mundo" antes de dizer que pretende desbancá-lo com sua rendição. A versão é básica e Elvis faz algumas harmonizações diferentes, mas desafina imediatamente quando tenta as notas altas.
- 29. Hawaiian Wedding Song: "Quantos aqui viram o filme 'Blue Hawaii'? Perguntei porque a música mais pedida dele é 'Hawaiian Wedding Song', e eu gostaria de cantá-la para vocês." Antes de iniciar sua rendição, Elvis bebe um energético e sua voz passa a soar perfeita durante a interpretação. Essa com certeza é a melhor música da noite.
- 30. Blue Suede Shoes: "Deixem-me dizer algo. Estou no palco há uma hora e vinte minutos e... O que querem ouvir? 'Blue Suede Shoes' ou 'If You Talk in Your Sleep'?" Infelizmente, a plateia opta pelo clássico cansado e Elvis faz uma rendição rápida e mediana.
- 31. Dialogue: "Deixem-me dizer algo por um momento, por favor. Para uma plateia como essa, eu vou cantar pra caramba, jack! Na verdade, eu cantei! Vocês são um público fantástico. Eu gostaria de passar um pouco de informação para vocês: Coisas que são escritas em revistas de cinema sobre mim são lixo! Rumores que vocês ouvem sobre mim são lixo. Sou faixa preta de oitavo grau em karatê, sou agente federal de narcóticos... Sou, juro por Deus! Vocês sabem, eles vão... você pode fazer o que quiser e eles não estão vendo o que eu sou. Eles não te dão isso se você está viciado ou se você fez issobla bla bla bla... Não, não, não, cara. Não não não não. Pelo contrário, tenho que ser direito como uma flecha, porque estou o tempo todo com pessoas, não gosto de exagerar. De qualquer forma, eu não bebo, eu não tomo... ouça... Não, não, não, espere um minuto! Por Deus, não diga 'bebida', filho, eu vou te dar uma surra! Quero dizer... Não diga 'boo' para mim quando eu lhe disser isso, porque estou lhe dizendo a verdade de Deus. E, isso não é para encobrir nada, é apenas para dizer a verdade sobre o assunto. Vocês podem aceitar minha palavra ou podem aceitar as malditas revistas de cinema, sabem." Depois do desabafo, Elvis conversa um pouco com fãs e garante que seus shows são sempre os melhores possíveis porque ele só admite o melhor.
- 32. Can't Help Falling in Love: Quando a voz de Elvis finalmente soa sólida, a música anuncia o fim da apresentação. A versão é mediana, com o cantor mais preocupado em entregar lenços e beijos do que cantar.
- 33. Closing Vamp: A fanfarra anuncia o fim da apresentação.
- 34. Announcements: Ed Enoch faz o anúncio padrão: "Senhoras e senhores, Elvis já deixou o recinto."
FAIXAS BÔNUS
- 35. Lawdy Miss Clawdy: As últimas sete músicas são extras de 6 de outubro de 1974. Esta, do show das 14h30 em Dayton, Ohio.
- 36. Why Me Lord: Versão de 6 de outubro de 1974, 14h30.
- 37. Promised Land: Versão de 6 de outubro de 1974, 14h30.
-38. You Gave Me a Mountain: Versão de 6 de outubro de 1974, 14h30.
- 39. Johnny B. Goode: Versão de 6 de outubro de 1974, 20h30.
- 40. The Wonder of You: Versão de 6 de outubro de 1974, 20h30.
- 41. That's All Right: Versão de 6 de outubro de 1974, 20h30.
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Texto original: Elvis Presley Index e Elvis Concerts [parcial] (link 1; link 2)
Fotos: Google
Pesquisa e tradução: Elvis Presley Index | http://www.elvispresleyindex.com.br
>> a re-disponibilização desta postagem só é permitida se mantidos os créditos e sem edições.<<
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