EAP Index Brasil: Last Stop in Mobile (CD - Rainbow Records, 2009)

terça-feira, 6 de junho de 2023

Last Stop in Mobile (CD - Rainbow Records, 2009)

Título:
Last Stop in Mobile
Selo:
Rainbow Records [RR19770602-2]
Formato:
CD
Número de faixas:
28
Duração:
77:30
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia não-oficial
Ano:
2009
Gravação:
2 de junho de 1977
Lançamento:
2009
Singles:
---


Last Stop in Mobile é um CD do selo Rainbow Records. Ele contém o concerto completo de 2 de junho de 1977, o último de Elvis em Mobile, Alabama, também conhecido como "As Time Goes By" e "Live in Mobile". A obra está fora de catálogo.

"Elvis Presley está com 42 anos, gordo e perdendo a voz." É assim que o repórter Randall Savage apresenta sua resenha do show de Elvis em Macon, Georgia, no dia 1º de junho, intitulada "The King is Dead...", no Macon News. "Ele depende de sua reputação e de músicos de apoio para arrastá-lo pelos shows. E seus goles aparentemente constantes nos 30 copos de papel no palco também ajudam." Obviamente não sendo um fã, Savage conta a história de um Elvis ofegante no palco e a falta de "mulheres rasgando as calcinhas" na plateia.

Também no Macon News no mesmo dia, Jane Oppy tinha uma versão diferente dos fatos em sua crítica, intitulada "... Long Live the King". Ela reconhece um Elvis mais velho no palco, alguém que agora não precisa mais mostrar todo o seu apelo sexual para atrair o público, mas é capaz de ver por que essas pessoas ainda estão lá amando cada pequeno movimento de uma perna ou estocada de sua pelve mais velha e espessa. Oppy nos fala de um Elvis mais inchado, às vezes sem fôlego e um pouco doente, mas que certamente não estava morto.

Brenda Camp, do Macon Telegraph, escreveu talvez a crítica mais sincera e real, "He's Changed, But He's Still the King". Relembrando os tempos em que era "arrastada" pela irmã mais nova para ver um jovem Elvis se apresentar ou as inúmeras vezes em que foi levada aos filmes dele, a repórter descreve a magia de vê-lo ao vivo mais uma vez, reconhecendo que envelheceu mas não perdeu a pose apesar de tudo que estava acontecendo com ele.

Esta é apenas uma pequena amostra do que era ser Elvis Presley no final dos anos 1970. Embora muitos o vissem como uma estrela envelhecida e aceitassem que todo mundo muda e muitas vezes perde um pouco do que fez sua carreira, havia quem preferisse zombar dele e apontar como seu corpo mudou ou como às vezes ele não era capaz de alcançar uma ou duas notas. Essa crítica da imprensa e a proximidade do lançamento de "Elvis: What Happened?" colocavam muita pressão em uma pessoa já sobrecarregada.

Elvis cancelou quatro compromissos entre 31 de março e 3 de abril - as datas originais dos shows de Baton Rouge, Macon, Mobile e Jacksonville, posteriormente adicionados ao final de sua turnê de maio/junho - devido a "impedimentos de última hora", mas ainda assim não era o suficiente para dar liberdade à imprensa para criticar o Rei do Rock. Como sabemos agora, não era uma questão de "falta de compromisso" ou "desdém com os fãs", mas algo muito mais sério que acabaria por tirar sua vida alguns meses depois.

Os eventos de 21 e 29 de maio de 1977 provam que sua saúde mental e corporal não estavam em boa forma. Ter que colocar a cabeça em um balde de água gelada para acordá-lo ou sair do palco para ser medicado não é um bom sinal, mas Elvis muitas vezes descartava essas ocorrências e nunca deixava ninguém convencê-lo de que ele estava precisando muito de repouso e cuidados de saúde. "Tenho uma folha de pagamento a honrar", dizia.

No final de outra turnê em 2 de junho de 1977, Elvis estava no palco diariamente desde 20 de maio. Sua voz obviamente estava cansada em alguns lugares, mas havia alguns sinais de que ele estava melhorando um pouco de saúde. O show daquela noite em Mobile provaria que ele ainda tentava surpreender seu público e se superar com músicas que não eram tocadas há algum tempo e exigiam muito de sua habilidade vocal. Mais do que qualquer outra coisa, Elvis provou que Randall Savage estava totalmente errado.

Siga nossa análise detalhada do show abaixo.

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- 1. Also Sprach Zarathustra: A habitual fanfarra leva o público à loucura.

- 2. See See Rider: O som da fita não é muito bom, mas podemos perceber que o público está gostando de ver um Elvis enérgico começando a cantar sua música de abertura. Na verdade, parece que ele está usando um ritmo mais rápido esta noite.

- 3. I Got a Woman / Amen: O "Weeeeeeelll" de Elvis ressoa pelo auditório. Esta é uma interpretação padrão para a época, mas Elvis parece estar realmente se divertindo. Seu "strip-tease" soa bem e ele consegue jogar sua guitarra para Charlie Hodge. Ele fala muito com o público, mas felizmente não por está sem fôlego.

- 4. Love Me: As descartáveis para o momento lenço-e-beijo começam. Elvis realmente soa bem e faz uma versão muito boa enquanto atende seus fãs. Ouça seus vocais no final!

- 5. If You Love Me (Let Me Know): Com a bateria de Ronnie Tutt brilhando na faixa, esta pode ser uma das melhores interpretações do hit de 1974 de Olivia Newton-John. O público adora a música, e Elvis também.

- 6. You Gave Me a Mountain: Uma versão padrão, mas com certeza compete com de 21 de junho em termos de qualidade.

- 7. Jailhouse Rock: "Meu terceiro filme foi Jailhouse Rock." A versão segue normalmente, mas com muito entusiasmo. Na verdade, parece que Elvis não estava nem um pouco cansado desse hit de 1957.

- 8. 
O Sole Mio / It's No or Never: "Em 1960 fizemos uma música chamada 'It's Now or Never', que foi tirada da música italiana 'O Sole Mio'. Eu gostaria de pedir a Sherrill para fazer 'O Sole Mio' e depois tocaremos 'It's Now or Never'. Ouçam a voz dele, senhoras e senhores.Elvis insiste nos gritos de Sherrill Nielsen, que até soa bem esta noite. O Rei do Rock faz a última nota perfeitamente.

- 9. Help Me: "A próxima música é uma que fizemos em um álbum, chamada 'Please Help Me'." Elvis e Gospel são sempre duas coisas que terminam em grandiosidade quando misturadas. Esta versão supera facilmente as de 24 de abril e 3 de maio que temos em soundboard.

- 10. An American Trilogy: "O que querem ouvir? 'An American Trilogy'? Ok.
Faz quase um ano desde que Elvis cantou esta trilogia pela última vez, mas ele certamente se sentiu revigorado ao saber que seu público gostaria de ouvi-la em vez das músicas padrões já surradas. Ele entra na hora errada após o solo de flauta, mas interrompe a música e pede desculpas antes de finalizá-la com uma nota alta poderosa. Esta seria sua última versão ao vivo desta música.

- 11. Polk Salad Annie: Pedindo sugestões aos fãs novamente, Elvis vai direto para a música depois de ouvir o título na plateia. Esta é uma versão mais rápida que as outras de 1977 e com certeza a que ele mais se movimenta. Os aplausos nos dizem que ele pode ter executado uma incrível combinação de golpes de caratê no final. Esta seria sua última versão ao vivo desta música.

- 12. Band Introductions: Elvis introduz The Sweet Inspirations, JD Sumner e The Stamps, Kathy Westmoreland e Sherrill Nielsen.

- 13. Early Morning Rain: "Na guitarra base, de Springfield, Missouri - ou de algum lugar por aí, está John Wilkinson." Elvis canta junto com o solo de Wilkinson.

- 14. What'd I Say: 
"Na guitarra principal, de Shreveport, Louisiana, está James Burton." Elvis também canta junto.

- 15. Johnny B. Goode: "Vou pedir ao James para tocar guitarra na nuca porque ele é conhecido por fazer isso... 'James B. Goode'." Isso serve bem para mostrar todo o talento dos músicos que o cercam.

- 16. Drum Solo: "Na bateria, de Dallas, Texas, está o trabalhador Ronnie Tutt." Ronnie faz o que sabe.

- 17. Bass Solo: "No baixo Fender, de Los Angeles, está Jerry Scheff.Jerry toca um Blues. Por algum motivo, Elvis sempre dizia que Scheff era de Los Angeles, mas na verdade ele era de Denver, Colorado.

- 18. Piano Solo: No piano, de Nashville, está Tony Brown." Elvis faz notas de baixo através do solo de Tony.

- 19. I Really Don't Want to Know: "Vamos fazer aquela música, 'I Really Don't Want to Know'." Como de costume, Elvis pede a Tony para acompanhá-lo em sua gravação de 1971.

- 20. Electric Piano Solo: "No clavinete elétrico, está Bobby Ogdin.Elvis faz notas de baixo através do solo funky de Bobby.

- 21. School Days: Elvis apresenta Charlie Hodge, Joe Guercio e sua orquestra. Ele também canta e vocaliza através de seu solo.

- 22. Hurt: "Uma das nossas gravações mais recentes chama-se 'Hurt'.Esta versão fantástica começa com uma introdução extra longa enquanto Elvis se prepara para lançar as primeiras notas e termina com muita energia. Após a música, Elvis pede ao público que pare de lotar a frente do palco para que ninguém se machuque.

- 23. Hound Dog: 
Outro momento de entrega de beijos e lenços e uma versão descartável, embora bem feita.

- 24. Unchained Melody: Depois de agradecer ao público e dizer que já está no palco há uma hora e 4 minutos, Elvis anuncia a versão de sua nova gravação. O hit de 1965 dos Everly Brothers ganha uma rendição lenta e melódica com Elvis tocando piano calmamente e até recitando algumas palavras em vez de cantar.

- 25. Can't Help Falling In Love: "Sempre que quiserem que voltemos, é só nos chamar que retornaremos.O hit de 1961 faz o público ficar em silêncio no início, mas depois os gritos histéricos tomam o lugar enquanto Elvis dá ao público seus últimos beijos e lenços. Ninguém sabia, mas esta seria sua última vez em Mobile.

- 26. Closing Vamp: A fanfarra final anuncia que Elvis se foi e o show acabou.

- 27. Announcement by Ed Hill: Hill faz os últimos anúncios.

BÔNUS

- 28. An American Trilogy (Edited): Faixa 10 editada para cortar a parte em que Elvis para e reinicia a música.


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