EAP Index Brasil: Dixieland Rocks (CD - FTD, 2001)

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Dixieland Rocks (CD - FTD, 2001)

Título:
Dixieland Rocks
Selo:
FTD [FTD 011] [74321 86138 2]
Formato:
CD
Número de faixas:
24
Duração:
74:00
Tipo de álbum:
Concerto
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2001
Gravação:
6 de maio de 1975
Lançamento:
Julho de 2001
Singles:
---


Dixieland Rocks é o décimo primeiro lançamento da FTD. Ele contém o show quase completo de 6 de maio de 1975 em Murfreesboro, Tennessee, e extras do dia seguinte, no mesmo local. O CD está atualmente fora de catálogo na gravadora.

Em meados de 1975, Elvis estava de volta em boa forma e se divertindo no palco. Tendo emagrecido e parecendo ótimo em seus novos macacões, ele parecia rejuvenescido e feliz por estar de volta ao palco. O verão de 1975 foi um retorno positivo da montanha-russa emocional de 1974 e em junho Elvis estava fazendo uma fantástica turnê pelo Sul e promovendo seus novos álbuns - Promised Land e Today -, muitas vezes surpreendendo o público com novo material.

Mas por melhores que fossem seus shows, havia algumas coisas sombrias acontecendo entre um concerto e outro e até no palco. Elvis tinha quarenta anos e estava barrigudo, trabalhando mais do que deveria e com um humor tão volátil quanto uma bomba de hidrogênio. Essa combinação muitas vezes levava a palavras duras e grandes confrontos, piadas inoportunas no palco e eventos absurdos.

Muito embora as apresentações de Elvis em 1975 variassem de acordo com seu humor, sua saúde e alguns outros critérios a seu redor, o que mais se ressaltava naquela época é que, quando seus shows eram bons, eles eram excepcionalmente magníficos, cheios de raridades e surpresas.

Aqui em Murfreesboro não é diferente. Temos um Elvis de alto astral que realmente está feliz com o que faz, conversando e brincando com o público, resgatando clássicos e apresentando adições que se tornariam comuns em suas apresentações.

Abaixo segue resenha do material disponibilizado no CD.
-------------------------------------------------------------------------------------------------

- 1. Also Sprach Zarathustra: A fanfarra comum ao início dos shows de Elvis desde 1971 começa forte e anuncia uma apresentação digna de atenção.

- 2. See See Rider: O sentimento é intensificado quando os primeiros acordes da música ecoam pelo auditório. A entrada de Elvis no palco e sua apresentação inicial ao público é mais longa do que o normal, tomando 52 segundos desde sua chegada até cantar a primeira linha da canção. Sua voz está clara, sem nenhum sinal de arrasto, e muito forte. A banda o acompanha magnificamente durante todo o segmento até uma finalização eletrizante.

- 3. I Got a Woman / Amen: "Esse lugar me parece familiar, será que já estivemos aqui?", Elvis brinca, aludindo ao fato de que havia se apresentado no mesmo lugar 7 dias antes. A canção é rendida de forma bastante energética. "Boa noite, senhoras e senhores. Eu sou Johnny Cash!" Quando as mulheres da plateia começam a gritar de forma desesperada, Elvis dispara: "Querida, eu disse para esperar até depois do show!" (ele repetiria esta frase em Rapid City, em 1977).

- 4. Love Me: Uma rendição padrão, mas com Elvis se divertindo bastante com suas fãs. "Vocês a encurtaram... Essa canção é mais longa, mas vocês a encurtaram," observa para a banda.

- 5. If You Love Me (Let Me Know): Constante na maioria das apresentações desde 19 de agosto de 1974, quando era sucesso na voz de Olivia Newton-John, a canção é interpretada de forma mais parecida com o que se ouviria em 1977. Elvis está alegre e isso se reflete na qualidade da interpretação.

- 6. You Don't Have to Say You Love Me: Embora tenha aparecido de forma constante desde 1970, neste ano a canção era uma raridade apreciada por todos. Não é uma rendição digna das que ouvimos em shows como os do TTWII ou no Madison Square Garden, mas mesmo assim as fãs vão à loucura com o clássico.

- 7. All Shook Up: Começando o medley de hits dos anos 1950, a canção número um de 1957 anima a plateia, que já espera pela farta distribuição de beijos e lenços comum a esta seção das apresentações de Elvis.

- 8. (Let Me Be Your) Teddy Bear / Don't Be Cruel: O festival de beijos, lenços e mulheres histéricas continua. Elvis se diverte bastante, rindo quase o tempo todo.

- 9. The Wonder of You: Outro clássico das apresentações de 1970, teve sua segunda maior utilização neste ano. Apesar de bem rendida e infinitamente bem recebida pela plateia, ela não tem o mesmo feel, mas Elvis realmente coloca toda sua alma na versão.

- 10. Polk Salad Annie: Há quem lembre melhor das versões de 1970, mas Elvis só começou a se divertir e se deixar levar pela canção em 1975, quando as rendições ficaram muito mais roqueiras e mostrando as qualidades instrumentais de James Burton e Jerry Scheff. Os movimentos pélvicos de Elvis levam as mulheres à histeria.

- 11. Introduções: Cansado com a performance anterior, Elvis passa a apresentar os membro de seu grupo para recuperar a forma. The Sweet Inspirations, JD Sumner & The Stamps Quartet, Kathy Westmoreland e John Wilkinson são citados enquanto o Rei do Rock brinca com alguns fãs. Os solos de James Burton, Ronnie Tutt, Jerry Scheff e Glen Hardin vêm em seguida. Finalizando, Elvis apresenta Charlie Hodge, o grupo Voice e o solo de Joe Guercio e sua orquestra.

- 12. My Boy: Sucesso na temporada de agosto/setembro de 1973 em Vegas, a canção voltara ao repertório de Elvis no início do ano. A rendição é uma das mais belas entre todas as versões e o cantor realmente põe seu todo na performance.

- 13. T-R-O-U-B-L-E: "Temos uma nova canção... Uma nova canção que foi lançada semana passada. Ela tem muitas palavras, tantas palavras que se você se perder... Pode dizer adeus... As Sweet Inspirations sabem do que estou falando," diz Elvis ao introduzir a novidade do repertório. Apesar do receio, ele não erra a letra e faz uma rendição perfeita da faixa de abertura do LP "Today".

- 14. I'll Remember You: "Gostaria de tocar uma canção que fizemos no 'Especial Aloha' no Havaí...", Elvis anuncia e a plateia recebe com apreço. Aparte das diferentes especificidades de sua voz nos distintos momentos, a rendição lembra bastante a de 1973.

- 15. Why Me, Lord?: O Gospel presente nos shows desde 28 de janeiro de 1974 era executado vez ou outra, mas sempre com grande maestria. Aqui, Elvis usa a letra para mexer com JD e tentar fazer com que ele se desconcentre e erre as notas. O experiente senhor Sumner não só acerta todas elas, como também responde às brincadeiras do cantor.

- 16. Let Me Be There: Sucesso de Tanya Tucker e Olivia Newton-John em 1973, tornou-se um standard das apresentações de Elvis no ano seguinte e assim permaneceu até o primeiro semestre de 1976. Há versões bem melhores em 1974, especialmente a de 20 de março em Memphis, mas nada que deixe a desejar.

- 17 - An American Trilogy: Rendida desde 1972, esta canção ganhava a plateia de qualquer show. Criada em 1971, ela unia trechos das músicas "Dixie" (cantada por menestréis Confederados), "The Battle Hymn of the Republic" (clássico dos sulistas na Guerra Civil dos EUA) e "All My Trials" (cântico dos negros escravizados). Esta versão é sólida, com Elvis tentando se superar nos vocais - e conseguindo, por vezes.

- 18. Fairytale: "Podemos fazer 'Fairytale'?", pergunta à banda. Depois de alguns segundos, a música começa e é uma versão bem mais lenta do que nos acostumamos ouvir até mesmo na original de estúdio. Apesar disso, um desconto deve ser dado por esta ser apenas a 15ª execução da canção ao vivo. Após a rendição, Elvis brinca um pouco com a plateia enquanto beija algumas fãs de sorte. "Beijei alguém há uma semana e peguei o 'creeping crud' (uma espécie de erupção cutânea). Então, seja o que for aquilo, agora vocês pegaram também."

- 19. Little Darlin'
: Por falta da parte final da apresentação na fita, a FTD substituiu as quatro faixas finais pelas mesmas rendidas no dia seguinte. A canção suave e de tom bobo é ótima para Elvis relaxar e bem recebida pela plateia.

- 20. Funny How Time Slips Away
: "Obrigado, senhoras e senhores. Agora que já nos viram, gostaria de acender as luzes da casa para vermos vocês... Eles disseram que podiam acender... Eles mentiram sem vergonha nenhuma? Ok." A rotina é a mesma que o cantor fazia de forma esporádica desde 1969, com ênfase em 1972, e servia como outro momento para entregar lenços e dar beijos antes do final da apresentação.

- 21. Can't Help Falling in Love
: "Temos outro show aqui amanhã, então, até lá, que Deus os abençoe e tenham cuidado", Elvis diz antes do início da canção que faz as fãs entrarem em histeria total tentando conseguir mais um lenço ou beijo.

- 22. Closing Vamp: A fanfarra conhecida anuncia que Elvis já deixou o recinto.

BÔNUS

- 23. Bridge Over Troubled Water: Ambos extras a seguir são de 7 de maio de 1975. Rara em 1975 e posteriormente, a canção foi sempre bem vinda pela plateia - até mesmo em 1977. A rendição não é das melhores e não lembra nem de longe as de 1970 ou 1972, mas mostra que Elvis ainda pode se superar vocalmente sempre que quer.

- 24. Love Me Tender: Em meio a fãs histéricas, Elvis tenta cantar a letra sem obter sucesso. "Ah, você é lindo, meu Deus!", uma delas grita ao microfone. Depois disso, Elvis não controla o riso até o final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por seu comentário!

LEMBRE-SE: Não postaremos mensagens com qualquer tipo de ofensa e/ou palavrão.