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Billy Smith, Coronel Parker e Elvis em sessão de fotos promocionais para seus filmes, em junho de 1967 |
Em 1957, ao mudar-se para Graceland, Elvis fez questão de que todos fossem morar lá e o pai de Billy, Travis, tornou-se chefe da guarda da mansão. Aos 18 anos, o Rei do Rock o colocou na Máfia de Memphis e ele passou a ganhar um salário fixo semanal por seus trabalhos. Depois de se casar com Jo Smith, Billy ganhou uma casa no quintal de Graceland para criar sua nova família. Durante toda a convivência com Elvis, Billy e Jo contam ser as pessoas mais procuradas pelo cantor para conversar sobre seus problemas e que o Rei do Rock os considerava como um pai e uma mãe no fim de sua vida.
Mesmo com todas as regalias que tinha, Billy nunca parou de trabalhar e, até se aposentar, ainda exercia a função de operador especialista de máquinas em uma fábrica de vigas de metal. Em 2004, ele, Marty Lacker e Lamar Fike se juntaram à escritora Alanna Nash para criar e lançar o livro "Elvis and the Memphis Mafia", um trabalho de 792 páginas que é considerado uma das melhores biografias não-oficiais de Elvis.
Billy Smith esteve sempre muito ocupado com seus trabalhos e, por ser uma das pessoas mais próximas a Elvis, é o alvo do maior número de perguntas entre os integrantes da Máfia. Em janeiro de 2006, enquanto divulgava seu livro, Billy tirou algum tempo para responder a um longo questionário feito por Piers Beagley, do site Elvis InfoNet. Abaixo traduzimos a entrevista.
OBS.: Algumas frase foram reorganizadas para uma melhor compreensão textual.
A FAMÍLIA
EIN: Qual a sua primeira lembrança de Elvis? Você se lembra de Elvis cantando para você ou a família antes de se tornar famoso?
Billy Smith: Eu me lembro dele cantando muito para a família e outras pessoas. Ele sempre teve um amor pela música, mesmo em idade muito jovem. Lembro-me uma vez quando Elvis me puxou para fora de uma lata de lixo! Eu caí de cabeça dentro dela. Eu era pequeno, e estava tentando pegar algumas bananas que o homem do carrinho de frutas tinha jogado fora. Elvis me viu quando passou e me puxou para fora!
EIN: Como a maioria das pessoas sabe, o pai de Elvis, Vernon foi para a prisão por falsificar um cheque. É verdade que o seu pai também foi para a penitenciária, mas que o avô de Elvis libertou Travis e deixou Vernon na prisão? Isso parece muito estranho.
Billy: Bem, é verdade que meu pai, Travis, foi para a penitenciária com Vernon, mas Vernon saiu da prisão alguns meses antes de meu pai por causa do bom comportamento. O avô de Elvis tirou o meu pai da prisão e deixou Vernon lá quando aconteceu pela primeira vez. Ele disse que iria ensinar-lhe uma lição.
EIN: Quando chegou em Memphis, você viveu na mesma casa dos Presley na Washington Street. O que você lembra daquela época e como ela era diferente da vida em Tupelo? Você consegue se lembrar de como ir para a cidade afetou Elvis?
Billy: Bem, uma coisa diferente é que nós tínhamos encanamento! Isso era muito diferente. E eu me lembro que demorou um pouco para que todos conseguissem emprego, e que um dos primos do meu pai roubou todo o dinheiro que tínhamos e as meias novas dele. Ele ficou mais chateado e furioso com as meias. Tio Vernon e papai procuravam emprego e até gastarem as solas de seus sapatos. Eu me lembro deles cortando papelão para colocar em seus sapatos para cobrir os buracos. Tivemos de comer nabos durante um mês. Elvis jurou que nunca mais comeria nabo depois daquilo, e eu acho que ele nunca mais comeu mesmo.
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Elvis e Bobby Smith, circa 1951 |
Billy: Não me lembro de nada sobre ele tocar com Johnny Burnette ou seu irmão. Até onde eu sei, isso não aconteceu. E, sempre que fomos capazes, sempre fomos vê-lo, especialmente nas apresentações locais. Elvis sempre foi meu herói. E nós estávamos sempre próximos, mesmo com a diferença de oito anos de idade. Ele sempre cuidava de mim, e eu sempre quis estar com ele.
Ein: Você se lembra de qualquer preparação da parte de Elvis para gravar seu primeiro disco ou ensaios com Scotty Moore e Bill Black? Foi falado dentro da família ou foi uma surpresa para você quando seu primo estava, de repente, no rádio?
Billy: Ele ensaiava, mas no estúdio. Ele falou sobre a gravação para seus pais, e nós sabíamos que ele ia fazer um disco, mas quando saiu, emocionou a todos nós. Lembro-me de que minha família foi à casa dele para ouvi-la no rádio pela primeira vez.
EIN: O que você pode nos dizer de sua tia Gladys? Vendo de fora ela muitas vezes parece triste, com aquele olhar particularmente triste nas fotos depois que Elvis tornou-se famoso.
Billy: Tia Gladys era uma boa pessoa. Eu realmente lembro dela como uma pessoa muito divertida... Ela estava sempre rindo e brincando. Mas essas fotos dela mais tarde a fazem parecer triste porque ela estava doente, além de estar triste por Elvis ir ao Exército. Ela era tão generosa quanto Elvis, mas também tinha um temperamento explosivo. Elvis e Vernon sabiam o quão longe podiam chegar. Ela se preocupava muito, e ela não estava com boa saúde. Ela estava sempre perto de sua família, mas Elvis era seu coração. Ela o amava.
EIN: Elvis era um homem de aparência deslumbrante. Supostamente algumas de suas características eram devidas ao sangue Cherokee estar em seu lado da família. Você sabia disso quando era jovem, e havia alguma história sobre de Morning Dove White, sua tataravó?
Billy: Sim, Elvis era um homem bonito. Nosso avô era um homem bonito. Meu pai (Travis), tia Gladys, tia Clettes, tio Johnny e tia Lillian tinham aquela aparência Cherokee... Pele escura, olhos escuros e bochechas grandes. Tia Lavelle e tio Tracy pareciam seus pais... Olhos azuis e pele mais clara. Ouvimos histórias sobre Morning Dove, mas não muito. Disseram-nos que ela era uma mulher bonita.
EIN: Elvis obviamente tinha um temperamento forte. É verdade que sua tia Gladys tinha o mesmo temperamento? Você já viu o lado ruim disso?
Billy: Sim. Elvis e tia Gladys tinham um temperamento muito explosivo, e eu via o lado ruim de ambos quando eles estavam irados ou chateados. Elvis tinha dificuldade em esconder se algo o incomodasse.
EIN: E Vernon? Ele era realmente tão preguiçoso como muitas vezes foi retratado - e você pode comentar sobre a sua citação (no livro 'Elvis & Memphis Mafia') de que "Vernon sempre quis mais de tudo, exceto responsabilidade."?
Billy: Ele não gostava de trabalhar. E se atrasou para o trabalho muitas vezes. Ele só trabalhou em um par de lugares antes de Elvis tornar-se famoso, ao contrário da tia Gladys que tinha trabalhado em vários lugares.
EIN: Parece-me que Vernon ser empregado como gerente financeiro de Elvis foi um terrível erro. Se Elvis usasse um supervisor financeiro treinado, que soubesse como investir, então ele não teria tido que trabalhar tão duro em seus últimos anos.
Billy: Uma coisa em que tio Vernon era bom era números, especialmente se os sinais de dólar estivessem na frente deles! E Elvis confiava nele. Ele procurou servir o interesse de Elvis e o seu próprio.
EIN: Uma vez que Elvis comprou Graceland você também se mudou para lá com sua família?
Billy: Meu pai, Travis, foi o primeiro guarda de portão que Elvis teve. Então, quando nos mudamos para Graceland, Vernon pediu ao meu pai para ser o chefe da segurança, exatamente como ele era na casa de Elvis em Audubon Drive. Vivíamos em uma casa grande que estava na propriedade. Essa é a mesma casa branca que Elvis e eu derrubamos com um trator para abrir mais espaço para montar nos cavalos.
EIN: Poucos fãs conhecem a história de seu tio, Tracy Smith. Por favor, compartilhe sua história conosco.
Billy: Tio Tracy teve febre quando criança e isso o fez ser lento. Ele tinha a inteligência de um menino de doze anos, mas era um homem bondoso. E, ele tinha uma força inacreditável. Às vezes Tracy ficava no portão com papai e fingia ser um guarda. Ele morava conosco naquela casa atrás de Graceland. Tia Gladys cuidava dele enquanto vivia, e depois de sua morte, ele morou conosco, e em seguida com algumas de suas irmãs. Ele amava Elvis, e Elvis ajudava.
EIN: Você pode nos contar um pouco sobre Junior Smith, seu outro primo? Como era seu relacionamento com Elvis?
Billy: Junior Smith era o irmão mais velho de Gene e seu verdadeiro nome era Carroll. Ele está em muitas dessas fotos de Alfred Wertheimer da viagem de Elvis a Nova York (em 1956). Ele estava abatido e perturbado por causa do que acontecera com ele quando estava no Exército na Coréia. Eu me lembro dele como um cara que gostava de se divertir e esteve muito ao redor de Elvis até entrar no exército. Junior parecia o ator Jack Elam. Ele tinha suas expressões e até tinha olhos traiçoeiros como Elam. Elam sempre parecia que estava prestes a fazer algo realmente doloroso com você. Junior também! Junior estava em minha casa, na minha cama, quando morreu. Isso foi em 1960.
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Elvis e Junior Smith durante viagem para Nova York, 1956 (Alfred Wertheimer) |
EIN: E quanto ao seu irmão Bobby, ele morreu muito jovem também?
Billy: Sim, meu irmão mais velho, Bobby, morreu em 1968. Eu morava no Circle G. Ranch naquela época, quando não estávamos em Los Angeles. Bobby e eu estávamos sempre perto de Elvis... Nós crescemos em torno dele e nos mudamos para Graceland como jovens adolescentes. Lembro-me uma vez que Elvis levou-nos para fazer compras e nos trouxe um guarda-roupa completo pouco depois que mudamos para Graceland. Você pode imaginar como nos sentíamos morando em um lugar como aquele?
EIN: E quanto a Gene Smith, ele parecia entrar e sair repetidamente do grupo. Ele ainda está vivo?
Billy: Gene era primo de Elvis. Era irmão de Junior. Elvis e Gene estavam próximos da mesma idade e eram unidos, especialmente nos primeiros anos. Elvis e Gene trabalharam juntos na Precision Tool. Gene trabalhou para Elvis por um número de anos e era um dos membros originais da Máfia de Memphis, junto com Red West e Junior. Gene morreu há alguns anos.
EIN: Primo Billy Mann. Em "Elvis and the Memphis Mafia" sugere-se que ele foi quem tirou a foto do "caixão". Isso parece mais do que uma coincidência sabendo que em 1957 ele também estava envolvido em um incidente envolvendo notas de mil dólares em contas. Você pode confirmar a história?
Billy: Sim, Billy Mann foi quem tirou a foto no caixão.
(Nota EIN - A história completa sobre Elvis testar a honestidade de todos está no livro "Elvis and the Memphis Mafia". É desnecessário dizer que Elvis sabia que o primo Billy Mann falhara no teste em 1957)
A MÁFIA DE MEMPHIS
EIN: Billy, você teve um relacionamento particularmente especial com Elvis e estava mais perto dele do que qualquer um dos outros membros da Máfia de Memphis. Por favor, conte-nos sobre isso.
Billy: Eu estava sempre perto de Elvis, mas eu era sua família. Vários em nosso grupo foram próximos a Elvis em um ou outro. Eu estava sempre perto de Elvis mesmo quando criança. Ele sempre parecia me querer em torno dele e era muito protetor comigo. Eu sempre amei Elvis muito e faria qualquer coisa para agradá-lo e estar com ele. Poderíamos falar sobre qualquer coisa, e nós falamos! Ele se sentia confortável comigo e confiava em mim. Pelo menos, ele sempre me disse que sim.
Quando ele estava doente, eu normalmente ficava com ele. Normalmente ia ao hospital e fiquei com ele lá. Eu tinha tanto respeito por ele. Ele fez muito por mim e minha família nos primeiros anos e para a minha família (com Jo) nos últimos anos. Ele sempre me disse que me amava. Talvez seja porque eu estava onde ele estava antes que tudo acontecesse, e esse era o elo... Nós éramos família. Ele era meu herói.
EIN: Seu relacionamento com Elvis provavelmente é melhor simbolizado por "The Pledge" (A Promessa). Como isso aconteceu?
Billy: "The Pledge" surgiu porque nós tivemos um incidente quando crianças e nunca deveríamos falar sobre isso. Prometemos uns aos outros. Mais tarde, Elvis contou a alguém e me feriu muito, e ele sabia disso. Ele decidiu provar para mim que isso nunca iria acontecer novamente, e foi assim que "The pledge" apareceu. Agora era um fato conhecido entre os caras que Elvis não podia manter um segredo, mas se era realmente importante, ele o fazia. Ele nunca mais me traiu. Nem eu a ele.
Eu não sei de onde ela saiu ou se Elvis acabou por inventá-la. Mas ele a conhecia de memória, e recitamos várias vezes para que eu pudesse memorizá-la. Depois nós dois choramos como loucos e eu vou lembrar disso enquanto eu viver.
Os dois primeiros versos eram assim...
"É apenas uma palavra simples, você vê,
Para entrar você não precisa de chave.
Para nós que conhecemos, sabemos bem,
E você que não pode nunca contar.
Quando eu coloco minha mão sobre seu coração,
E você coloca a sua sobre o meu.
A partir deste dia, nossas mentes, nossas almas,
Nosso coração se entrelaçarão."
(Nota EIN - A história completa sobre "The Pledge" também é destaque no livro "Elvis and the Memphis Mafia")
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Elvis e Gene Smith em 1956 |
Billy: Eu vi Jerry no funeral de Richard (Davis) há cerca de dois anos. Todos em nosso grupo eram extremamente próximos. Nós éramos como irmãos. Alguns mais próximos do que outros, mas ainda assim nos apoiávamos em tudo. Era uma ligação muito forte, e Elvis era o centro de tudo. Todos nós o amávamos e tínhamos um trabalho a fazer. Alguns fizeram melhor do que outros, mas ainda assim cada um de nós tinha um propósito. Eu conversei com Elvis sobre contratar Jerry. Jerry sempre foi bom para mim e minha família, para meus pais, e eu sempre vou lembrar dele por isso.
EIN: Há histórias de Joe Esposito sendo pago por Elvis e pelo Coronel Parker, e que o Coronel o usou para espionar Elvis. Você pode nos dizer se isso é verdade?
Billy: Eu não sei se Joe foi pago pelo Coronel. Mas o Coronel tentou obter informações de todos nós. Joe conseguia tolerar o Coronel melhor do que alguns dos outros.
EIN: O que você diz de Larry Geller?
Billy: Larry Geller era legal. Eu não concordo com algumas das histórias que ele conta, mas Larry esteve lá por um tempo. Ele parece lembrar de sua importância mais do que de alguns dos outros rapazes lembram. Mas, para que desanimá-lo? Como eu disse, todo mundo tinha um trabalho a fazer. Larry era seu cabeleireiro.
EIN: Em meados dos anos sessenta, Elvis parecia precisar de uma nova trilha de exploração ou interesse. A leitura parece ter sido uma das principais preocupações dele. O que você viu de sua busca pessoal na época e de suas visitas ao Self Realization Park?
Billy: Elvis gostava de ler, tinha sede de aprender coisas novas. Ele ficou surpreso com algumas de suas descobertas, e se certificou de que todos nós estivéssemos cientes delas. Passamos dias em seu quarto lendo e estudando. Elvis era muito inteligente e apreciava o Self Realization Park. Ele disse que aquilo lhe dava paz interior, e, se assim fosse, bem, era bom. Ele merecia ter paz de espírito. Elvis nunca mudou sua crença em Deus ou Jesus Cristo. Nós conversamos muito sobre religião. Mas, ele também nunca criticou outras religiões. Elvis era muito mente aberta.
EIN: É verdade que em 1977 Elvis pediu para você se tornar chefe da equipe e que ele considerou se livrar do Coronel e até mesmo de Joe Esposito? O que Elvis teve a ver com a mudança das coisas?
Billy: Elvis me pediu para assumir como chefe da equipe, e falou sobre se livrar de várias pessoas. Sei que Elvis amava o Coronel, mas também tinha ressentimento em relação a ele por tê-lo proibido de fazer certas coisas que ele realmente queria fazer. Uma coisa era visitar a Europa. Ele falou sobre isso muitas, muitas vezes, e todos nós aguardávamos com expectativa o dia que acontecesse. Infelizmente, isso nunca aconteceu.
OS ANOS NO CINEMA
EIN: Você sempre viajou com Elvis para gravar os filmes?
Billy: Eu viajei com Elvis para quase todos os filmes. Eu perdi alguns devido à doença em minha família. Eu, como a maioria dos caras, estava em muitos de seus filmes como extra. Elvis tentou cuidar para que todos nós trabalhássemos em seus filmes. Ele gostava de seus caras ao redor dele. Ele confiava em nós.
EIN: Quais são suas principais lembranças dos tempos trabalhando nos filmes? Eles eram divertidos ou chatos, como espectadores?
Billy: Com Elvis, todos os filmes eram divertidos. Ele se divertia. Toda a equipe o amava, e eles eram sempre muito agradáveis com seus rapazes (nós). Nós temos tantas memórias daquele tempo!!
EIN: Você se lembra quando Elvis começou a reclamar sobre a qualidade de seus filmes estar diminuindo?
Billy: Sim, eu lembro de quando ele estava desanimado com a qualidade de seus filmes. Ele dizia que eram todos iguais, basicamente. Ele queria papéis mais fortes. Mas seus filmes faziam dinheiro, e o Coronel não queria mudar o formato.
EIN: Depois que Elvis voltou do Exército e você se casou com Jo, como você equilibrou seus meses em Hollywood com seu relacionamento em casa? Elvis entendeu?
Billy: Casar-se não era fácil às vezes. Havia muitos dias e noites solitários até que Jo começou a viajar conosco. Quando era bom, era muito bom, e quando era ruim, era horrível. Nos primórdios, não se permitia a nenhuma esposa (viajar conosco), mas depois, quando Priscilla começou a ir, as esposas também o fizeram. As esposas também continuaram a ir depois que Priscilla saiu. Nós levávamos nossas crianças junto, portanto tornou-se muito melhor. Depois, durante as turnês, estávamos juntos o tempo todo. Elvis era mais compreensivo, e queria alguém com ele também.
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A família Smith, da esquerda para a direita: o pai Travis, Billy, sua mãe Lorraine e o irmão Bobby |
Billy: Sim, eu estava com ele em muitas sessões de gravação. A Máfia de Memphis estava com Elvis quase vinte e quatro horas por dia, pelo menos um ou dois de nós. E, nos primeiros dias, vivíamos com ele.
EIN: Eu sei que você estava em Nashville para as sessões de "Guitar Man" com Jerry Reed. Elvis comentou ou percebeu que estava voltando a fazer música boa, ou seus sentimentos não se voltaram a isso até as sessões do American Sound Studio?
Billy: Elvis apreciou as sessões de "Guitar Man" em Nashville com Jerry Reed. Nós sempre pensamos que ele fazia grandes músicas, quaisquer que elas fossem.
EIN: Todo mundo sabe sobre a visita dos Beatles a Elvis em Graceland, mas você estava realmente lá! O que foi aquela noite para você - e por que você não gravou uma fita com isso?!
Billy: Quando os Beatles chegaram, estávamos todos empolgados em conhecê-los. Mas, nós não podíamos fazer um grande estardalhaço sobre isso na frente de Elvis. Elvis sempre gostou de ser o "Evento Principal". Todas as nossas esposas estavam lá. Os Beatles chegaram à casa de Elvis no 525 Perugia Way, em Bel Air, e todos nós nos sentamos e conversamos, e eles eram extremamente agradáveis. Muito centrados. Nunca vou esquecer essa noite e sei que Elvis realmente gostava deles.
Os Beatles estavam empolgados em conhecê-lo, mas quando chegaram lá estavam um pouco quietos e apenas admirando-o. Elvis disse: "Se vocês não vão dizer nada, eu vou dormir." Morreram de rir. Isso quebrou o gelo, e depois disso, eles conversaram por horas. Foi uma boa reunião.
EIN: Depois da queda e concussão de Elvis antes de Clambake, O Coronel exigiu que ele queimasse todos os seus livros espirituais. Ele também tentou distanciá-los de Elvis, tornando Joe Esposito o chefe da segurança. Você pode esclarecer o que aconteceu e como você se sentiu sobre isso, sendo da família dele?
Billy: Estávamos no Rocca Place naquele momento. Nós estávamos na sala quando Elvis saiu e disse para nós: "Eu caí e bati minha cabeça, acho que preciso ver um médico". Ele tinha um inchaço muito grande na parte de trás da cabeça. Então, quando ele caiu e teve a concussão, fiquei com ele dia e noite. Na época eu sabia que ele estava chateado com o Coronel por causa de alguma coisa, mas ele nunca disse o que era. O Coronel tentou se livrar de alguns dos caras, mas isso realmente não teve nenhum efeito sobre mim. Elvis ditava as regras e decisões quando se referia a mim e à maioria dos outros caras. Fomos todos escolhidos a dedo por Elvis, e ele era muito protetor com nós.
EIN: Há muito lixo impresso sobre Elvis ser racista, alguns provenientes de uma citação falsa que foi impressa em um jornal nos anos cinqüenta. Você pode esclarecer de uma vez por todas se você alguma vez viu Elvis sendo obviamente racista de qualquer maneira?
Billy: Elvis era do Sul, e assim ele brincava às vezes. Mas Elvis tinha todos os tipos de pessoas trabalhando para ele - negros, brancos, judeus, italianos, mexicanos. Gregos. Elvis sempre olhava para a pessoa, não para qual raça ele ou ela era.
AS MULHERES DE ELVIS
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Elvis, Billy Smith e Vernon em casa em Memphis; 4 de julho de 1956 |
Billy: Quando Priscilla chegou pela primeira vez a Graceland, ela era um pouco tímida. Nós sempre nos damos bem, eu acho.
Ein: Como a sua esposa Jo se relacionava com Priscilla, elas eram boas amigas? Quando foi a última vez que Jo viu Priscilla?
Billy: Jo e Priscilla eram próximas nos primeiros dias. Elas costumavam ir para lugares juntas enquanto estávamos fora da cidade, e quando vinham para Los Angeles. Jo e eu ficamos na casa de Elvis junto com Priscilla. Elas iam fazer compras juntas e eram próximas. Em Graceland, faziam muitas coisas junto com Patsy Lacker, esposa de Marty. Marty e Patsy moravam em Graceland naquela época. As três se aproximaram, e Jo e Patsy ainda são amigas. Elas permaneceram amigas até hoje. No entanto, a última vez que Jo viu Priscilla foi após a abertura de Graceland.
EIN: Poucas pessoas ouviram falar do flerte de Priscilla com o cantor Mylon Lefevre em meados dos anos sessenta. Você pode nos dizer algo sobre isso, foi mais do que um flerte?
Billy: Até onde eu sei, ela só o conheceu. Eu realmente não sei o suficiente para comentar sobre isso, estávamos em Los Angeles naquele tempo.
EIN: O que você pensa sobre Ann-Margret, você conseguiu ver os dois juntos? Quanto tempo sua relação / amizade durou? Ela era a parceira certa para Elvis? Você acha que Elvis realmente pensou em deixar Priscilla por ela?
Ann-Margret era maravilhosa! Você nunca encontrará uma pessoa melhor. Ela era tão doce e bonita, e Elvis a adorava. Ele tinha um apelido carinhoso para ela. A maioria das pessoas acha que era Rusty, mas não é isso. Ele tinha um nome especial pelo qual a chamava. Todos nós amávamos Ann. Eu acho que ficar com Ann passou por sua mente.
EIN: Como você e Jo se relacionavam com Linda Thompson, e ela era boa para Elvis?
Billy: Nós amávamos Linda Thompson. Jo e Linda eram amigas, juntamente com Patsy Lacker. As três se deram muito bem. Mas, Linda se dava bem com quase todo mundo. Ela foi ótima para Elvis! Ela cuidou dele quando estava lá.
EIN: Você ouve falar de Linda Thompson ou a encontra hoje em dia?
Billy: Não vejo nem falo com Linda há um bom tempo. Ela mora em Los Angeles e eu no Mississippi, mas Linda foi ótima. Acho que todo mundo gostava da Linda.
EIN: Quais são seus pensamentos sobre Ginger Alden? Eles teriam se casado?
Billy: Ginger sempre pensou assim. Mas Elvis tinha sua maneira de adiar as coisas. Ele sempre dizia, "quando for a hora certa". E então ele ria... a hora nunca era certa. Eu não acho que eles teriam se casado.
NA ESTRADA
EIN: O Dr. Nick é a pessoa mais famosa para se culpar pelos problemas com drogas de Elvis, mas havia muitos outros médicos também. Qual é a sua opinião sobre o Dr. Nick, boa ou ruim?
O Dr. Nick tentou ajudar Elvis. Elvis era uma pessoa de vontade forte, e ele fazia exatamente o que queria fazer, na maioria dos casos. Na minha opinião, o Dr. Nick era bom.
EIN: Quando você estava em turnê com Elvis, qual era o seu papel principal?
Billy: Basicamente, fazer companhia a Elvis e estar com ele. Nos últimos anos, muitas vezes era apenas eu e ele. Eu era a família e a pessoa mais próxima dele. Havia noites em que passávamos horas e horas em seu quarto conversando. Apenas eu e Jo, com Elvis e Linda.
EIN: Elvis chegou a sugerir a você a ideia de fazer turnês no exterior? Foi uma oportunidade perdida?
Billy: Claro, Elvis queria muito fazer uma turnê no exterior. Mas o Coronel impediu isso!
EIN: Então o seu relacionamento com o Coronel mudou ao longo dos anos?
Billy: Eu acho que um pouco. Nos primeiros dias eu admirava o Coronel. Ele tinha um olhar muito forte e olhos azuis penetrantes. Você sabia que ele estava no controle. Quando fiquei mais velho, vi que as coisas estavam mudando entre Elvis e o Coronel. Ele começou a escolher os caras, inclusive eu, para obter informações sobre Elvis. O Coronel sempre gostou de mim e de minha família, mas minha lealdade sempre foi com Elvis. Claro que eu conhecia o Coronel desde criança.
EIN: Você acha que ele sobrecarregou Elvis?
Billy: Elvis queria trabalhar; se não quisesse, ele encontraria alguma desculpa para não fazê-lo.
Ein: Então, quais shows têm grandes lembranças para você?
Billy: Todos eles!
OS ÚLTIMOS ANOS
EIN: Você visitou Elvis durante o período em que não estava trabalhando para ele, e sim cuidando de seu pai doente? Elvis podia falar com você como "família"?
Billy: Eu sempre visitei Elvis quando ele estava em Memphis enquanto meu pai estava doente. Eu também ia a Vegas para vê-lo e nós sempre podíamos falar sobre tudo. Conversávamos como família e sobre a família. Acho que é por isso que estávamos perto. . .. Sempre tivemos a família e os primeiros anos em comum.
Elvis era um modo de vida para mim, Jo, e nossos dois filhos. Era difícil às vezes, mas tivemos um monte de oportunidades que não teríamos se não tivesse sido por Elvis. Nós amávamos ser uma parte de seu mundo. Sentimo-nos abençoados por ter estado com ele. E ele permanecerá em nossos corações para sempre.
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Elvis, Larry Geller e Jo Smith; últimas férias de Elvis no Havaí, março de 1977 |
EIN: Sendo da família, você conseguia falar com Elvis sobre sua ingestão de drogas? O que ele dizia?
Billy: Elvis não queria falar sobre sua ingestão de drogas, porque, para Elvis, isso não era um problema, e ele lhe diria para cuida da sua própria vida. Ele dizia para todos nós: "Eu sei o que é melhor para mim".
EIN: Você sabe por que Vernon não tomava parte no uso de drogas de Elvis? Ele não teria sido a única pessoa que Elvis ouviria?
Billy: Eu não sei por que tio Vernon não se esforçou mais para fazer Elvis ver. Todos nós tentamos de nossa própria maneira, mas Elvis não queria mudar nada naquele momento. Ele era o único que podia se ajudar - mas não o fez!
EIN: Em 1975 Elvis fez um lift no olho em sua estadia no hospital. Você acha que isso mudou sua aparência, e é verdade que você tentou impedi-lo?
Billy: Sim, Elvis fez o lift no olho, e Linda, Jo e eu ficamos com ele no hospital. Sim, tentei falar com ele. Ele não precisava, ele parecia ótimo. Como você melhora a perfeição? O médico até lhe disse isso. Mas, ele queria, então ele conseguiu! Eu não acho que isso mudou muito sua aparência.
EIN: Elvis obviamente tinha muita confiança em você. Você pode nos contar a história dele ir para a cama com você e Jo para compartilhar seus pensamentos?
Billy: Ele ficou na cama conosco muitas vezes em Graceland quando passávamos a noite lá, no quarto de Lisa, ou em turnê no hotel, e no trailer em Graceland. Então, sim, eu acho que ele tinha uma grande confiança em mim, e eu tinha nele também. No fim das contas, ficávamos os três falando por horas sobre tudo no mundo! Às vezes ele tinha um pesadelo e vinha me procurar para conversar, e ele realmente adormecia na nossa cama com a gente. Isso aconteceu muitas vezes, e não pensamos nisso. Eu me sentia bem quando ele dizia que precisava que eu estivesse lá.
EIN: Quando você ouve as fitas das sessões de The Jungle Room, Elvis às vezes parece feliz e às vezes triste. O que você lembra das sessões de gravação na Jungle Room?
Billy: Eu acho que as sessões na Jungle Room eram boas. Por alguma razão, lembro que Elvis decidiu tocar baixo em "Blue Eyes Crying In the Rain" e de Elvis rindo quando JD atingiu uma nota realmente baixa em "Way Down". Elvis se divertiu nessas sessões.
EIN: Qual é a sua opinião sobre o livro de Red e Sonny, "Elvis: What Happened?" ? Elvis falou com você sobre isso, e ele tentou parar a publicação?
Billy: Sim, eu li o livro de Red e Sonny e contei a Elvis o que havia nele. Ele ficou chateado com aquilo. Conversamos sobre o livro, e ele não queria que fosse publicado.
(Nota EIN - Para mais detalhes sobre a reação de Elvis ao livro de Red e Sonny você precisa ler todas as opiniões de Billy, Lamar Fike e Marty Lacker no livro "Elvis and the Memphis Mafia")
EIN: Na última noite você jogou racquetball com ele e então ele se sentou e tocou o piano. "Blues Eyes Crying in the Rain" foi a última canção que ele tocou no piano, e ele estava de bom humor?
Billy: Elvis parecia estar lento e não em sua melhor forma. Ele tentou fazer coisas e manter-se ativo, mas simplesmente não estava à altura. Elvis era temperamental às vezes, mas, estava ansioso para a próxima turnê. Na última, Elvis, Ginger, Jo e eu fomos para a quadra de racquetball e jogamos uma ou duas partidas. Ele estava de muito bom humor, mas não conseguiu realmente (se concentrar para) jogar uma partida séria. Basicamente, ficou apenas tentando me acertar com a bola! Nós nos sentamos em torno do piano, e sim, ele cantou "Blue Eyes Crying In the Rain". Ele estava brincando e rindo. Voltamos para casa. Subi com ele e o ajudei a se preparar para a cama. Ele me abraçou e disse: "Eu te amo, boa noite ... Essa vai ser uma ótima turnê!".
VIDA APÓS ELVIS
EIN: Larry Geller menciona um testamento diferente - possivelmente escrito à mão. Ninguém consegue entender por que Elvis não deixou algo com que você pudesse viver depois de o tempo cuidando dele. Quais são seus sentimentos sobre isso?
Billy: Sim, eu vi um testamento diferente. Elvis atualizou seu testamento antes de irmos para o Havaí, em março de 1977. Ele me deu guardar para ele e disse para lê-lo. Eu guardei - depois que ele morreu, minha prima Patsy me ligou e perguntou se eu sabia onde estava. O tio Vernon estava procurando por ele. Eu disse a ela! Elvis sempre nos disse que Jo e eu seríamos cuidados enquanto ele vivesse, e fomos. E se algo acontecesse com ele, seríamos cuidados.
EIN: Depois que Elvis morreu você trabalhou como Supervisor dos Guias Turísticos de Graceland durante algum tempo. O que aconteceu lá e quais são seus sentimentos em relação a Graceland?
Billy: Sim, eu ajudei a montar a sala de troféus, e eu fui Supervisor dos Guias Turísticos por um tempo em Graceland. Eu não via as coisas da maneira que os responsáveis viam, e não poderia ser parte de algo com que eu não me sentia bem. Eu fui demitido - tentei ligar para Priscilla, mas ela não retornava minhas ligações. Falei com Lisa uma vez, mas ela não estava no comando naquela época. Eu não tenho bons sentimentos sobre toda essa experiência. Mas, eles fizeram o que achavam que era melhor. Graceland foi minha casa por muitos anos, e eu amei estar lá quando Elvis estava lá. Estava em casa com um grande sentimento de união e amor. Depois que Elvis morreu, não estava mais em casa, e o sentimento também não estava lá.
EIN: Qual é a sua opinião sobre como Priscilla lidou com a Elvis presley Estate após a morte de Elvis?
Billy: Eu acho que Priscilla fez um bom trabalho. Ela ganhou muito dinheiro!
EIN: A venda do braço operacional / marketing da EPE para Robert Sillerman. Na sua opinião, isso foi uma coisa boa ou ruim?
Billy: Eu não sei sobre o negócio de Graceland e realmente não me importo. Nós tivemos Graceland durante os bons tempos, e as memórias que eu tenho disto estarão comigo para sempre. Eu tenho tantas. Toda a família, os fãs, os caras - eu não trocaria tudo isso por nada. Lembro-me quando nos mudamos para lá. Eu pensei que tinha ido para o céu. Tia Gladys, meus pais e irmão, meus primos, Elvis, todos os muitos amigos - nós tivemos muitos bons tempos. O Natal era inacreditável. Elvis adorava Graceland, e acho que quem quer que tenha passado algum tempo lá também adora.
EIN: Muitos fãs ficaram chateados porque você não foi envolvido no projeto "Elvis: By The Presleys". Eu sinto que realmente deveria ter sido chamado "Elvis: By The Beaulieus". O projeto foi mencionado para você, e o que você achou do documentário?
Billy: Bem, como Marty Lacker e eu conversamos sobre isso, acho que todo mundo quer ser o mais importante, mas você não pode contar uma história verdadeira de Elvis e Graceland sem incluir todos os envolvidos. Goste você ou não! Fato é fato, e o fato é que muitos de nós foram deixados de fora. É assim também quando um dos caras diz alguma coisa. Eu sinto que todo mundo que estava lá e teve uma parte no mundo de Elvis deve ser retratado para torná-lo preciso - ou então algo está faltando. Como já falamos, havia muito ciúmes, mas eu não sei por que, porque todo mundo que estava lá tinha um lugar especial. Mas cada pessoa conta como se desejasse que tivesse sido diferente e não como foi.
EIN: Há rumores de que você não fala com Lisa Marie há anos, isso é verdade? Se assim for, deve entristecer você - o que causou esta situação? Para um estranho isso parece loucura, uma vez que você passou tanto tempo com seu pai.
Billy: Não, eu não falo com Lisa há muitos anos. Eu realmente não sei por quê. Mas depois que fui demitido de Graceland, perdi contato com Lisa e Priscilla. Deve parecer loucura, é claro, pois passei a maior parte da minha vida com Elvis antes dele morrer.
EIN: Quando você se reúne com os caras para conversar sobre os velhos tempos, como para (o documentário) "All The King's Men" ou mais recentemente para "The Elvis Mob" da BBC, como é como estar em um bar da Beale Street com os amigos, falando do passado? Parece que é como há 28 anos, é como uma "família"?
Billy: Quando todos nos reunimos, é ótimo. Um de nós pode começar a contar algo e o resto já sabe o que vai ser dito. Todos os caras eram como família. Passamos mais tempo juntos do que com nossas próprias famílias. Eu conheci a maioria deles desde que era criança e ainda permaneço próximo à maioria deles. Eu vejo Marty mais do que todos. Estávamos sempre perto, e Jo e Patsy, e nossos filhos cresceram juntos. Lamar, Sonny, e Red eu conheci pela maior parte da minha vida. Vejo alguns dos outros em algumas ocasiões. Sinto falta dos que não estão mais conosco, e sinto falta dos momentos que tivemos. A maioria de nós tinha esposas e filhos, e nós éramos como uma grande família. Viajamos, trabalhamos e vivemos juntos por muitos anos. A maioria de nós permanece amigos hoje, e é tudo por causa do nosso amor e respeito por Elvis.
E FINALMENTE...
EIN: Você teria feito algo diferente? Você tem algum arrependimento?
Billy: Eu acho que teria feito algumas coisas de forma diferente. Mas, acima de tudo, fizemos o que tínhamos que fazer naquele momento, e sobretudo, éramos os melhores naquilo. Eu tenho alguns arrependimentos. Mas, eu não gostaria de não ter feito parte de tudo por nenhum deles.
EIN: Qual é a sua memória favorita de Elvis, aquela que sempre traz um sorriso para você?
Billy: Oh, eu não poderia escolher uma memória favorita. Eu tenho tantas. Levaria uma eternidade para contar tudo isso! Eu amei o tempo em casa quando estávamos todos juntos, apenas nos divertindo e fazendo todas as coisas loucas que fizemos. Tudo o que fizemos se destaca!
EIN: Você sonha com Elvis? Ele ainda fala com você?
Billy: Às vezes sonho com ele, e ele fala comigo o tempo todo de muitas maneiras. Nunca há um dia que passe em que eu não pense nele ou algo que ele disse. Traz um sorriso ou uma lágrima. E, o que sempre sou, é grato!
EIN: Muito obrigado por tirar esse tempo em sua vida ocupada para responder a todas essas perguntas, você sabe que os fãs realmente apreciarão isso. Você é um verdadeiro sobrevivente e um verdadeiro cavalheiro.
Billy: Obrigado por perguntar!!
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Vídeo: Youtube
Tradução: Elvis Presley Index | http://www.elvispresleyindex.com.br
>> a re-disponibilização desta tradução só é permitida se mantidos os créditos e sem edições.<<
Sempre eu lendo de tudo e descobrindo mais mais sobre a vida de Elvis e seus amigos , percebo a nossa juventude é uma viagem inesquecível no tempo.
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