Título:
Where No One Stands Alone
Selo:
Sony Legacy / RCA [19075 85944 2]
Formato:
CD / LP / K7 / Digital
Número de faixas:
14
Duração:
44:10
Tipo de álbum:
Disco comum
Vinculado a:
Discografia oficial
Ano:
2018
Gravação:
31 de outubro de 1960 a 10 de junho de 1971 (original)
2018 (remixes)
Lançamento:
10 de agosto de 2018
Singles:
"Where No One Stands Alone (Music Video)" (01/08/18)
Where No One Stands Alone é o mais recente lançamento da discografia de Elvis, tornando-se seu 176º trabalho póstumo oficial. Ele contém remixes de canções Gospel gravadas entre 1960 e 1971, remasterizadas e mixadas de forma a dar uma jovialidade inédita às músicas com meio século de vida. O maior presente deste CD é o dueto com Lisa Marie na faixa-título do álbum. Lançado em 10 de agosto de 2018, o disco já é o de maior venda do ano e está na 9ª posição nos gráficos de vendas.
Depois da parceria da Sony Legacy com a Royal Philharmonic Orchestra (RPO) no álbum "If I Can Dream", em 2015, que rendeu o primeiro álbum número 1 em treze anos, a gravadora percebeu que havia um mercado para remixes das canções que definiam Elvis. Em 2016, o lançamento de "The Wonder of You", também com a RPO, confirmou a tendência, colocando Elvis em 1º lugar novamente. "Christmas with Elvis", álbum de 2017 também com a orquestra, continuou a escalada, embora tenha chegado apenas à sexta posição nos gráficos.
O que se via, além da demanda por material de Elvis, era que as pessoas queriam remixes que não danificassem as gravações originais e apenas se integrassem a elas. O que a RPO conseguiu tirar de letra foi seguido pela Sony nos novos lançamentos, como "The Searcher" e "Where No One Stands Alone", que buscaram adicionar novos tons em uma quantidade certa que não retirasse o mérito dos Masters trabalhados com esmero por Elvis e seus músicos. Neste último álbum, o esforço parece ter sido muito maior para atingir essa cruza perfeita entre o antigo e o novo.
Segue abaixo a resenha do material disponibilizado no LP / CD / K7 / Download.
_________________________________________________________________________________________________________________
- 1. I've Got Confidence [19/05/71]: Começando por uma faixa do álbum "He Touched Me", de 1972, vemos que o respeito aos originais foi mantido. Nunca fui muito fã do LP original, e talvez por isso não seja uma música de minha preferência, mas ainda assim senti falta do feel do Master (Take 2) e percebi uma tentativa de modernização que aos meus ouvidos não soou inteiramente bem.
- 2. Where No One Stands Alone [26/05/66]: Para este dueto entre Lisa e seu pai foram usados dois takes originais, os de número 3 e 4 (este último usado para o compósito do Master de 1966, junto à Work Part - Take 7), da canção presente no premiado LP "How Great Thou Art". Com poucos instrumentos harmoniosos, as vozes de Elvis e Lisa soam cristalinas e emocionam qualquer fã. Após um dueto tão gostoso, ficamos a pensar como seria uma parceria entre pai e filha nos dias atuais.
- 3. Saved [22/06/68]: Usada em partes no medley Gospel visto no "'68 Comeback Special", foi remixada na medida perfeita para se parecer com as belas canções das igrejas dos negros que Elvis tanto gostava. O final em ritmo de blues, excluído da versão ouvida no programa, dá um toque especial.
- 4. Crying In the Chapel [31/10/60]: Gravada na sessão que originou o primeiro LP 100% Gospel de Elvis, "His Hand In Mine", de 1960, ficou guardada até se tornar sucesso em single cinco anos depois. O remix feito aqui também eleva a voz de Elvis e traz poucos instrumentos como acompanhamento, valorizando o Master.
- 5. So High [27/05/66]: Novamente estamos reunidos no salão de uma igreja negra e Elvis está soltando a voz - e o corpo - em louvor a Deus.
- 6. Stand by Me [26/05/66]: Uma das canções mais bonitas do álbum "How Great Thou Art" é homenageada à altura neste remix. Novamente, a leveza dos instrumentos beneficia a voz de Elvis e nos leva a um estado celestial ao ouvir este Gospel.
- 7 . Bosom of Abraham [10/06/71]: De alguma forma, não fui muito com a cara deste remix em especial. A voz de Elvis parece dar uma "mergulhada" desnecessária às vezes e o tom de "ensaio" não funcionou muito bem para meus ouvidos. Mas no todo ainda é uma versão bem estruturada.
- 8. How Great Thou Art [25/05/66]: Canção-título do premiado disco de 1967, ganhou um arranjo que quase nos lembra das grandes versões ao vivo. O toque diferenciado do piano, o órgão se contrapondo nas partes certas e o coro de vozes nos fazem lembras, novamente, dos famosos cultos nas igrejas negras ou até mesmo dos revivals produzidos por nomes como Rex Humbard, pastor preferido de Elvis.
- 9. I, John [09/06/71]: Continuando o feel de revival, temos uma canção que Elvis adorava cantarolar com os amigos. Esta versão é boa, mas falha um pouco em substituir os backing vocals masculinos da gravação original por somente vozes femininas; não por serem apenas mulheres, mas por terem assim excluído as respostas que John Moscheo dava às frase de Elvis com sua voz extremamente grave (à época, JD ainda não estava com Elvis; ele entraria para a trupe no fim de 1971).
- 10. You'll Never Walk Alone [11/09/67]: Um clássico de 1945 que prega a esperança acima de todos os contratempos, ganhou novos contrastes na versão de Elvis no single de 1968. Mais o que perfeito, todos os instrumentos e backing vocals do remix estão de acordo e harmônicos com a voz e proposta original de Elvis.
- 11. He Touched Me [18/05/71]: Canção-título do terceiro e último disco Gospel de Elvis, lançado em 1972, soa melhor aos meus ouvidos do que o Master original; não por culpa do cantor ou de seus músicos, mas por causa da mania obsessiva da RCA de fazer overdubs exagerados nas canções.
- 12. In the Garden [27/05/66]: Com um piano suave no início, quase temos a sensação de estarmos ouvindo Elvis em um dos seus momentos de descontração em casa com amigos e familiares ou em algum hotel com seus músicos. Se fecharmos os olhos, somos levados aos mais altos picos de serenidade.
- 13. He Is My Everything [09/06/71]: Versão Gospel do clássico Country "There Goes My Everything", gravado para o LP "Elvis Country", de 1970, veio a público no disco "He Touched Me". Apesar do toque de Country moderno, facilmente se pode ver Elvis gravando uma versão com quase todos os instrumentos desta.
- 14. Amazing Grace [15/03/71]: Fechando o disco, outro belo exemplo do que uma boa mixagem pode fazer. Na versão original do LP "He Touched Me", a voz de Elvis está quase totalmente emudecida pelos excessivos overdubs, enquanto aqui podemos ouvi-la com clareza e profundidade. A parte cantada somente pelo coro é uma adição bem vinda, assim como o excelente trabalho do órgão.
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Depois da parceria da Sony Legacy com a Royal Philharmonic Orchestra (RPO) no álbum "If I Can Dream", em 2015, que rendeu o primeiro álbum número 1 em treze anos, a gravadora percebeu que havia um mercado para remixes das canções que definiam Elvis. Em 2016, o lançamento de "The Wonder of You", também com a RPO, confirmou a tendência, colocando Elvis em 1º lugar novamente. "Christmas with Elvis", álbum de 2017 também com a orquestra, continuou a escalada, embora tenha chegado apenas à sexta posição nos gráficos.
O que se via, além da demanda por material de Elvis, era que as pessoas queriam remixes que não danificassem as gravações originais e apenas se integrassem a elas. O que a RPO conseguiu tirar de letra foi seguido pela Sony nos novos lançamentos, como "The Searcher" e "Where No One Stands Alone", que buscaram adicionar novos tons em uma quantidade certa que não retirasse o mérito dos Masters trabalhados com esmero por Elvis e seus músicos. Neste último álbum, o esforço parece ter sido muito maior para atingir essa cruza perfeita entre o antigo e o novo.
Segue abaixo a resenha do material disponibilizado no LP / CD / K7 / Download.
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- 1. I've Got Confidence [19/05/71]: Começando por uma faixa do álbum "He Touched Me", de 1972, vemos que o respeito aos originais foi mantido. Nunca fui muito fã do LP original, e talvez por isso não seja uma música de minha preferência, mas ainda assim senti falta do feel do Master (Take 2) e percebi uma tentativa de modernização que aos meus ouvidos não soou inteiramente bem.
- 2. Where No One Stands Alone [26/05/66]: Para este dueto entre Lisa e seu pai foram usados dois takes originais, os de número 3 e 4 (este último usado para o compósito do Master de 1966, junto à Work Part - Take 7), da canção presente no premiado LP "How Great Thou Art". Com poucos instrumentos harmoniosos, as vozes de Elvis e Lisa soam cristalinas e emocionam qualquer fã. Após um dueto tão gostoso, ficamos a pensar como seria uma parceria entre pai e filha nos dias atuais.
- 3. Saved [22/06/68]: Usada em partes no medley Gospel visto no "'68 Comeback Special", foi remixada na medida perfeita para se parecer com as belas canções das igrejas dos negros que Elvis tanto gostava. O final em ritmo de blues, excluído da versão ouvida no programa, dá um toque especial.
- 4. Crying In the Chapel [31/10/60]: Gravada na sessão que originou o primeiro LP 100% Gospel de Elvis, "His Hand In Mine", de 1960, ficou guardada até se tornar sucesso em single cinco anos depois. O remix feito aqui também eleva a voz de Elvis e traz poucos instrumentos como acompanhamento, valorizando o Master.
- 5. So High [27/05/66]: Novamente estamos reunidos no salão de uma igreja negra e Elvis está soltando a voz - e o corpo - em louvor a Deus.
- 6. Stand by Me [26/05/66]: Uma das canções mais bonitas do álbum "How Great Thou Art" é homenageada à altura neste remix. Novamente, a leveza dos instrumentos beneficia a voz de Elvis e nos leva a um estado celestial ao ouvir este Gospel.
- 7 . Bosom of Abraham [10/06/71]: De alguma forma, não fui muito com a cara deste remix em especial. A voz de Elvis parece dar uma "mergulhada" desnecessária às vezes e o tom de "ensaio" não funcionou muito bem para meus ouvidos. Mas no todo ainda é uma versão bem estruturada.
- 8. How Great Thou Art [25/05/66]: Canção-título do premiado disco de 1967, ganhou um arranjo que quase nos lembra das grandes versões ao vivo. O toque diferenciado do piano, o órgão se contrapondo nas partes certas e o coro de vozes nos fazem lembras, novamente, dos famosos cultos nas igrejas negras ou até mesmo dos revivals produzidos por nomes como Rex Humbard, pastor preferido de Elvis.
- 9. I, John [09/06/71]: Continuando o feel de revival, temos uma canção que Elvis adorava cantarolar com os amigos. Esta versão é boa, mas falha um pouco em substituir os backing vocals masculinos da gravação original por somente vozes femininas; não por serem apenas mulheres, mas por terem assim excluído as respostas que John Moscheo dava às frase de Elvis com sua voz extremamente grave (à época, JD ainda não estava com Elvis; ele entraria para a trupe no fim de 1971).
- 10. You'll Never Walk Alone [11/09/67]: Um clássico de 1945 que prega a esperança acima de todos os contratempos, ganhou novos contrastes na versão de Elvis no single de 1968. Mais o que perfeito, todos os instrumentos e backing vocals do remix estão de acordo e harmônicos com a voz e proposta original de Elvis.
- 11. He Touched Me [18/05/71]: Canção-título do terceiro e último disco Gospel de Elvis, lançado em 1972, soa melhor aos meus ouvidos do que o Master original; não por culpa do cantor ou de seus músicos, mas por causa da mania obsessiva da RCA de fazer overdubs exagerados nas canções.
- 12. In the Garden [27/05/66]: Com um piano suave no início, quase temos a sensação de estarmos ouvindo Elvis em um dos seus momentos de descontração em casa com amigos e familiares ou em algum hotel com seus músicos. Se fecharmos os olhos, somos levados aos mais altos picos de serenidade.
- 13. He Is My Everything [09/06/71]: Versão Gospel do clássico Country "There Goes My Everything", gravado para o LP "Elvis Country", de 1970, veio a público no disco "He Touched Me". Apesar do toque de Country moderno, facilmente se pode ver Elvis gravando uma versão com quase todos os instrumentos desta.
- 14. Amazing Grace [15/03/71]: Fechando o disco, outro belo exemplo do que uma boa mixagem pode fazer. Na versão original do LP "He Touched Me", a voz de Elvis está quase totalmente emudecida pelos excessivos overdubs, enquanto aqui podemos ouvi-la com clareza e profundidade. A parte cantada somente pelo coro é uma adição bem vinda, assim como o excelente trabalho do órgão.
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