Memphis Sessions
Selo:
FTD [FTD 013] [74321 89293 2]
Formato:
CD
Número de faixas:
20
Duração:
76:00
Tipo de álbum:
Sessão de gravação
Vinculado a:
Discografia FTD
Ano:
2001
Gravação:
13 de janeiro a 22 de fevereiro de 1969
Lançamento:
7 de outubro de 2001
Singles:
---
Memphis Sessions é o décimo terceiro trabalho da gravadora Follow That Dream (FTD). Ele contém 20 takes até então inéditos gravados em janeiro e fevereiro de 1969 nas lendárias sessões no American Sound Studio de Memphis, que geraram dois LPs e diversos singles de extremo sucesso. O CD está atualmente fora de catálogo na gravadora.
Quando Elvis retornou aos palcos, no especial de 1968, tudo em sua vida estava indo de bem a melhor. Ele havia se casado, tinha uma filha linda, suas gravações mais recentes estavam bem colocadas nas paradas e seus filmes tinham roteiros melhores do que praticamente todos os anteriores. Isso criou uma onda de otimismo a seu redor que levou o Coronel a considerar que era hora de deixar seu "cofre" retornar oficial e exclusivamente ao meio que lhe consagrou nos anos 1950.
Antes disso, Elvis se lançou em um número de sessões de gravação no início de 1969 no American Sound Studio, em Memphis, que definiram de uma vez por todas a sua imagem e seu novo ritmo, mais puxado ao Country.
Quando Elvis retornou aos palcos, no especial de 1968, tudo em sua vida estava indo de bem a melhor. Ele havia se casado, tinha uma filha linda, suas gravações mais recentes estavam bem colocadas nas paradas e seus filmes tinham roteiros melhores do que praticamente todos os anteriores. Isso criou uma onda de otimismo a seu redor que levou o Coronel a considerar que era hora de deixar seu "cofre" retornar oficial e exclusivamente ao meio que lhe consagrou nos anos 1950.
Antes disso, Elvis se lançou em um número de sessões de gravação no início de 1969 no American Sound Studio, em Memphis, que definiram de uma vez por todas a sua imagem e seu novo ritmo, mais puxado ao Country.
Quando o single "In the Ghetto" chegou às lojas em 15 de abril daquele ano, o sucesso estrondoso fez ver que o Rei do Rock estava no caminho certo. O LP "From Elvis in Memphis" chegou 45 dias depois ao mercado e alcançou o nº 1 das paradas sem esforço, consolidando ainda mais a ideia de que a mudança de Elvis tinha sido muito bem vinda.
O sucesso arrebatador se seguiu com singles como "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy" e "Kentucky Rain", além do disco duplo "From Memphis to Vegas / From Vegas to Memphis", que trazia no LP "Back in Memphis" praticamente todas as gravações restantes do American Sound Studio, com algumas poucas sendo guardadas para lançamentos que ocorreriam até meados de 1970.
O sucesso arrebatador se seguiu com singles como "Suspicious Minds", "Don't Cry Daddy" e "Kentucky Rain", além do disco duplo "From Memphis to Vegas / From Vegas to Memphis", que trazia no LP "Back in Memphis" praticamente todas as gravações restantes do American Sound Studio, com algumas poucas sendo guardadas para lançamentos que ocorreriam até meados de 1970.
Naquele momento, não havia o que parasse a ascensão do Rei do Rock.
Abaixo segue a resenha do conteúdo disponibilizado no CD.
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- 1. After Loving You (Take 3) [18/02/69]: "Alguém mais precisa ir ao banheiro? Porque eu vou levantar minha bunda do piano," diz Elvis em tom de brincadeira antes de se acomodar em seu banquinho atrás do microfone. Ele realmente havia tocado piano nos dois takes anteriores, mas sentiu que sua voz não estava fluindo como deveria e passou a incumbência para Glen Hardin.
Abaixo segue a resenha do conteúdo disponibilizado no CD.
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- 1. After Loving You (Take 3) [18/02/69]: "Alguém mais precisa ir ao banheiro? Porque eu vou levantar minha bunda do piano," diz Elvis em tom de brincadeira antes de se acomodar em seu banquinho atrás do microfone. Ele realmente havia tocado piano nos dois takes anteriores, mas sentiu que sua voz não estava fluindo como deveria e passou a incumbência para Glen Hardin.
Depois de um false start, Elvis se lança em uma versão bastante sólida que é atrapalhada apenas por algumas risadas que ele dá, provavelmente por causa de alguma brincadeira, próximo ao fim do take que é muito parecido com o Master (Take 4).
- 2. Stranger in My Own Hometown (Take 1 - Undubbed Master) [17/02/69]: Mais um entre tantos exemplos de que Elvis podia alcançar a perfeição sem esforço quando queria, esta canção foi gravada em apenas um take. O que temos aqui é a versão de estúdio antes de se tornar Master, sem cortes e sem overdubs, inédita em lançamento oficial.
- 3. In the Ghetto (Take 11) [20/02/69]: Outra marca de Elvis era trabalhar cada canção até alcançar a perfeição ou pelo menos chegar perto do que ele considerava perfeito.
- 2. Stranger in My Own Hometown (Take 1 - Undubbed Master) [17/02/69]: Mais um entre tantos exemplos de que Elvis podia alcançar a perfeição sem esforço quando queria, esta canção foi gravada em apenas um take. O que temos aqui é a versão de estúdio antes de se tornar Master, sem cortes e sem overdubs, inédita em lançamento oficial.
- 3. In the Ghetto (Take 11) [20/02/69]: Outra marca de Elvis era trabalhar cada canção até alcançar a perfeição ou pelo menos chegar perto do que ele considerava perfeito.
"In the Ghetto" tem incríveis 22 takes até chegar ao Master e aqui ouvimos Elvis na metade de seu trabalho, tentando aperfeiçoar seu vocal. Por sua mensagem e boa recepção, a canção fez parte do repertório ao vivo de Elvis de 1969 a 1971, às vezes em um medley com "Walk a Mile in My Shoes" ou "Don't Cry Daddy".
- 4. Suspicious Minds (Rehearsal + Take 6) [23/01/69]: O hit do ano é trabalhado com afinco por Elvis, que testa junto a sua banda a melhor harmonia entre sua voz e os instrumentos.
- 4. Suspicious Minds (Rehearsal + Take 6) [23/01/69]: O hit do ano é trabalhado com afinco por Elvis, que testa junto a sua banda a melhor harmonia entre sua voz e os instrumentos.
Dois false starts comprovam a preocupação com a excelência e lançam os músicos em um incrível take 6 que já tem toques do que seria o Master (Take 8), somente superado pelas versões ao vivo de 1969 a 1975.
- 5. Any Day Now (Take 2) [21/02/69]: Depois de discussões técnicas, Elvis faz uma versão com vocal bastante diferente do que ouvimos no Master (Take 6), talvez ainda procurando as notas certas. Neste take o órgão de Bobby Emmons está mais presente e a bateria realmente comanda a rendição.
- 6. Only the Strong Survive (Take 22) [20/02/69]: Após 21 takes sem conseguir atingir o que queria, Elvis faz mais um e seu trabalho é incrível. Com a ajuda de apenas quatro instrumentos, ele preenche sozinho qualquer ponto instável e demonstra uma enorme técnica vocal. Mesmo assim, o Master só viria no Take 29.
- 7. Wearin' That Loved On Look (Takes 3 & 10) [14/01/69]: Nota-se logo de começo uma presença muito maior do órgão e do piano, mas Elvis desafina e cai na gargalhada nos primeiros segundos. Em meio à descontração, ele canta trechos de "A Little Less Conversation".
- 5. Any Day Now (Take 2) [21/02/69]: Depois de discussões técnicas, Elvis faz uma versão com vocal bastante diferente do que ouvimos no Master (Take 6), talvez ainda procurando as notas certas. Neste take o órgão de Bobby Emmons está mais presente e a bateria realmente comanda a rendição.
- 6. Only the Strong Survive (Take 22) [20/02/69]: Após 21 takes sem conseguir atingir o que queria, Elvis faz mais um e seu trabalho é incrível. Com a ajuda de apenas quatro instrumentos, ele preenche sozinho qualquer ponto instável e demonstra uma enorme técnica vocal. Mesmo assim, o Master só viria no Take 29.
- 7. Wearin' That Loved On Look (Takes 3 & 10) [14/01/69]: Nota-se logo de começo uma presença muito maior do órgão e do piano, mas Elvis desafina e cai na gargalhada nos primeiros segundos. Em meio à descontração, ele canta trechos de "A Little Less Conversation".
De fato, o primeiro take sério é o que se segue, de número 10, pois do primeiro ao nono houveram apenas false starts. Embora Elvis desafine em alguns momentos, o instrumental ficou talvez até melhor do que se ouve no Master (Take 15).
- 8. Do You Know Who I Am? (Take 1) [19/02/69]: Um primeiro take bastante suave, tem toques de romantismo que poderiam ter sido mantidos sem prejuízos no Master (Take 7).
- 8. Do You Know Who I Am? (Take 1) [19/02/69]: Um primeiro take bastante suave, tem toques de romantismo que poderiam ter sido mantidos sem prejuízos no Master (Take 7).
Novamente, uma leve desafinada de Elvis coloca o take entre os inutilizáveis (é importante lembrar que fevereiro ainda é inverno nos EUA, o que pode ter prejudicado sua voz um pouco).
- 9. And the Grass Won't Pay No Mind (Take 6 - Undubbed Master) [18/02/69]: Embora a FTD tenha editado um pouco das conversas antes do false start, este ainda é um take inédito na forma undubbed em lançamento oficial.
- 10. You'll Think of Me (Take 14) [14/01/69]: Uma take sólido, traz Elvis experimentando notas e approaches diferentes durante a rendição. A citara está muito mais presente do que no Master (Take 23).
- 11. Power of My Love (Take 6) [18/02/69]: A harmonia dos instrumentos enquanto Elvis se prepara soa como o prenúncio de um grande take de alguma canção Gospel, e talvez por isso mesmo ele cantarole um trecho de "Amen". Alguns instrumentos aparecem mais do que no Master (Take 7), mas nada de muito diferente, apenas fantástico.
- 12. This is the Story (Takes 1 & 2 - Undubbed Master) [13/01/69]: Por algum motivo técnico, toda a faixa vocal do take 2 foi apagada e Elvis teve de colocar sua voz em uma sessão de overdubs no dia 21 de janeiro. O resultado foi excelente e a versão, ainda sem os overdubs instrumentais, soa muito como a única rendição ao vivo da canção, em 26 de agosto de 1969.
- 13. True Love Travels On a Gravel Road (Takes 6 & 7) [17/02/69]: Uma das músicas mais bonitas do LP "From Elvis in Memphis", tem toques instrumentais bem mais melódicos do que o Master (Take 11), mesmo nos dois false starts iniciais e com Elvis brincando entre eles.
- 9. And the Grass Won't Pay No Mind (Take 6 - Undubbed Master) [18/02/69]: Embora a FTD tenha editado um pouco das conversas antes do false start, este ainda é um take inédito na forma undubbed em lançamento oficial.
- 10. You'll Think of Me (Take 14) [14/01/69]: Uma take sólido, traz Elvis experimentando notas e approaches diferentes durante a rendição. A citara está muito mais presente do que no Master (Take 23).
- 11. Power of My Love (Take 6) [18/02/69]: A harmonia dos instrumentos enquanto Elvis se prepara soa como o prenúncio de um grande take de alguma canção Gospel, e talvez por isso mesmo ele cantarole um trecho de "Amen". Alguns instrumentos aparecem mais do que no Master (Take 7), mas nada de muito diferente, apenas fantástico.
- 12. This is the Story (Takes 1 & 2 - Undubbed Master) [13/01/69]: Por algum motivo técnico, toda a faixa vocal do take 2 foi apagada e Elvis teve de colocar sua voz em uma sessão de overdubs no dia 21 de janeiro. O resultado foi excelente e a versão, ainda sem os overdubs instrumentais, soa muito como a única rendição ao vivo da canção, em 26 de agosto de 1969.
- 13. True Love Travels On a Gravel Road (Takes 6 & 7) [17/02/69]: Uma das músicas mais bonitas do LP "From Elvis in Memphis", tem toques instrumentais bem mais melódicos do que o Master (Take 11), mesmo nos dois false starts iniciais e com Elvis brincando entre eles.
Elvis também tenta um approach vocal diferente e mais aproximado ao que ouviríamos na única versão ao vivo da canção, em 26 de janeiro de 1970.
- 14. Long Black Limousine (Take 6) [13/01/69]: Primeira canção da primeira noite de retorno aos estúdios e às gravações sérias, é impulsionada pela bateria de Gene Chrisman. Os baixos de Tommy Cogbill e Mike Leech duelam maravilhosamente e o take é interpretado tão brilhantemente quanto o Master (Take 9), com Elvis dando um "wow!" de felicidade no final.
- 15. Kentucky Rain (Take 9) [19/02/69]: Depois de completar 7 takes e não ficar satisfeito, Elvis decidiu dar uma pausa para sua banda antes de tentar terminar a confecção da canção. É no retorno que a mágica acontece com mais três incríveis takes para chegar ao Master (Take 10), sendo este nono um dos mais perfeitos.
- 14. Long Black Limousine (Take 6) [13/01/69]: Primeira canção da primeira noite de retorno aos estúdios e às gravações sérias, é impulsionada pela bateria de Gene Chrisman. Os baixos de Tommy Cogbill e Mike Leech duelam maravilhosamente e o take é interpretado tão brilhantemente quanto o Master (Take 9), com Elvis dando um "wow!" de felicidade no final.
- 15. Kentucky Rain (Take 9) [19/02/69]: Depois de completar 7 takes e não ficar satisfeito, Elvis decidiu dar uma pausa para sua banda antes de tentar terminar a confecção da canção. É no retorno que a mágica acontece com mais três incríveis takes para chegar ao Master (Take 10), sendo este nono um dos mais perfeitos.
Sucesso imediato desde seu lançamento em single no dia 29 de janeiro de 1970, foi apresentada ao vivo regularmente entre 26 de janeiro e 1 de março do mesmo ano.
- 16. Without Love (Takes 3 & 4) [23/01/69]: O sucesso de Tom Jones ganha profundidade na voz de Elvis após um pequeno false start. O Master viria no Take 5, mas um Master Alternativo já havia sido alcançado no Take 1.
- 17. Hey Jude (Takes 5 & 1) [21/01/69]: Sucesso dos Beatles, foi cantada por Elvis apenas como ensaio por não haver a intenção de lançamento da mesma.
- 16. Without Love (Takes 3 & 4) [23/01/69]: O sucesso de Tom Jones ganha profundidade na voz de Elvis após um pequeno false start. O Master viria no Take 5, mas um Master Alternativo já havia sido alcançado no Take 1.
- 17. Hey Jude (Takes 5 & 1) [21/01/69]: Sucesso dos Beatles, foi cantada por Elvis apenas como ensaio por não haver a intenção de lançamento da mesma.
Aqui, a FTD faz um splice dos takes para mostrar alguns dos melhores momentos deste ensaio, ao invés de apenas disponibilizar o Master (Take 7), lançado no LP "Elvis Now" de 1972, que ficaria para a edição da gravadora de tal disco.
A canção, em medley com "Yesterday", outro sucesso do grupo britânico, seria apresentada ao vivo durante quase toda a temporada de agosto de 1969.
- 18. If I'm a Fool (For Loving You) (Take 3) [21/02/69]: Uma versão sólida, traz Elvis ainda se acertando com os vocais, mas já no caminho para o que se ouviria no Master (Take 9).
- 18. If I'm a Fool (For Loving You) (Take 3) [21/02/69]: Uma versão sólida, traz Elvis ainda se acertando com os vocais, mas já no caminho para o que se ouviria no Master (Take 9).
Lançada oficialmente no LP de budget "Let's Be Friends", em abril de 1970, esta é uma das canções que menos sofreram overdubs em seu Master.
- 19. From a Jack to a King (Takes 1, 2 & 3) [22/01/69]: Depois de dois false starts, Elvis se lança em uma versão debochada em que faz uma voz bastante engraçada e até erra algumas partes da letra. A técnica de relaxamento parece ter funcionado, pois o Master viria logo depois (Take 5).
- 20. I'm Movin' On (Takes 1 & 2 - Undubbed Master) [14/01/69]: A canção mais Country de todo o disco "From Elvis in Memphis" é outra que tem seu Master obtido de cara, no Take 2, logo após um false start.
- 19. From a Jack to a King (Takes 1, 2 & 3) [22/01/69]: Depois de dois false starts, Elvis se lança em uma versão debochada em que faz uma voz bastante engraçada e até erra algumas partes da letra. A técnica de relaxamento parece ter funcionado, pois o Master viria logo depois (Take 5).
- 20. I'm Movin' On (Takes 1 & 2 - Undubbed Master) [14/01/69]: A canção mais Country de todo o disco "From Elvis in Memphis" é outra que tem seu Master obtido de cara, no Take 2, logo após um false start.
Algumas porções do vocal de Elvis seriam substituídas por partes de um take vocal gravado em seguida para o compósito do Master.
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